Tag: scoping_review

Revisão de literatura

  • Como transformar uma ideia vaga em projeto de mestrado em 2 anos

    Como transformar uma ideia vaga em projeto de mestrado em 2 anos

    Você tem uma ideia vaga para mestrado e sente dificuldade em transformá‑la em projeto exequível; isso aumenta o risco de prorrogação do curso ou perda de bolsa. Este texto mostra como delimitar o problema, formular uma pergunta operacional e escolher métodos compatíveis com 24 meses. Em 2–4 semanas você pode ter um pré‑projeto de 1–2 páginas pronto para validação com orientador(a).

    Combina práticas consolidadas de formulação de perguntas e modelos de pré‑projeto usados por PPGs brasileiros [F1] [F3]. Preview: primeiro passos, alinhamento institucional, métodos rápidos, cronograma semestral, erros comuns e checklist final.

    Comece agora: escreva uma versão de 1–2 páginas do pré‑projeto e agende reunião com possível orientador(a) em 2–4 semanas.

    Reduza sua ideia a um objeto de pesquisa: defina população, recorte temporal e variável‑key; formule uma pergunta principal com 1–2 subquestões; escolha desenho com baixa dependência logística (bases secundárias, estudo de caso, survey online compacto) e produza um pré‑projeto de 1–2 páginas alinhado ao modelo do PPG para validação com orientador(a).

    Perguntas que vou responder


    Como começar e delimitar a ideia

    Conceito em 1 minuto: o que é delimitar

    Delimitar significa transformar um interesse amplo em um objeto de pesquisa concreto, definindo: população, recorte temporal, contexto e a variável‑key. A pergunta de pesquisa deve ser clara e operacionalizável, com 1 questão central e 1–2 subquestões que orientem método e análise.

    O que os guias e estudos indicam [F1]

    Literatura sobre formulação de perguntas recomenda começar por uma scoping review curta para mapear lacunas e dados disponíveis; isso reduz retrabalho e direciona escolha metodológica [F1]. Contraexemplo: partir da curiosidade sem verificação de dados disponíveis frequentemente leva a projetos inviáveis; se faltar base de dados, replique a pergunta para um recorte diferente ou mude para estudo qualitativo de caso.

    Passo a passo aplicável: versão 0 do pré‑projeto (entregável)

    1. Escreva 1 página com: problema, pergunta principal, 2 subquestões, justificativa curta (3 parágrafos).
    2. Acrescente recorte: população, local, período e variável‑key.
    3. Indique método viável (bases secundárias, caso, survey online).

    Checklist rápido: 1) pergunta mensurável, 2) base de dados identificada, 3) lista de 5 leituras essenciais.

    Exemplo autoral: Maria, graduanda em serviço social, transformou um interesse amplo sobre “acesso a políticas públicas” em pergunta sobre “como famílias de bairro X acessaram programa Y entre 2018–2022”. Ela usou dados administrativos disponíveis e concluiu em 20 meses.


    Como alinhar ao PPG e ao edital (conformidade prática)

    Mãos apontando checklist e template institucional sobre mesa, representando alinhamento com edital
    Ilustra a verificação de template e checklist para formatar o pré‑projeto conforme o PPG.

    Conceito em 1 minuto: por que alinhar

    Alinhar ao PPG significa encaixar tema, recorte e método na linha de pesquisa do programa e cumprir modelo de pré‑projeto exigido pela secretaria; isso aumenta chances de seleção e bolsa.

    O que os modelos institucionais recomendam [F3] [F4]

    Templates oficiais pedem introdução curta, problema, objetivos, metodologia e cronograma, além de conformidade ética quando há sujeitos. Contraexemplo: submeter um pré‑projeto que não segue o template leva a devolução administrativa; se isso ocorrer, reformatar rapidamente e reapresentar, mantendo o conteúdo intacto.

    Passo a passo aplicável: checklist de alinhamento

    1. Baixe o template do PPG alvo (nomeie o arquivo como “pré‑projeto_NomePPG.pdf”).
    2. Preencha seções na ordem exigida e limite texto conforme instruções.
    3. Confirme requisitos de anexos: declaração de orientador(a) não é sempre obrigatória, mas verifique.

    Checklist rápido: 1) modelo do PPG usado, 2) página de rosto conforme edital, 3) conformidade com limite de páginas.


    Métodos que cabem em 2 anos e com poucos recursos

    Conceito em 1 minuto: escolha pelo risco-logística

    Prefira desenhos com baixa dependência logística e de campo extenso: análise de bases secundárias, estudo de caso único bem justificado, survey online com amostra limitada ou revisão sistemática rápida.

    Computador com planilha, livros e anotações, indicando análise de métodos e fontes práticas
    Enfatiza comparação de métodos e verificação de fontes para escolher desenho viável.

    O que guias práticos mostram [F6] [F8]

    Manuais de pré‑projeto e bibliotecas acadêmicas recomendam projetos que casem escopo e método com disponibilidade de dados e tempo [F6] [F8]. Contraexemplo: grande pesquisa de campo com amostragem nacional dificilmente fecha em 24 meses; se esse for essencial, negocie coorientação e extensão de prazo ou reduza escopo geográfico.

    Como escolher e justificar método em 3 passos

    • Liste fontes de dados acessíveis hoje.
    • Compare tempo estimado de coleta/limpeza/análise com cada desenho.
    • Escolha o método com menor dependência logística e descreva limitações no pré‑projeto.

    Tabela mental em 3 linhas: base secundária = tempo baixo, custo baixo; survey online = tempo médio, custo médio; campo extensivo = tempo alto, custo alto.


    Cronograma semestral e entregáveis para 24 meses

    Conceito em 1 minuto: marcos que garantem defesa

    Organize em marcos semestrais: definição e revisão; coleta; análise; redação e defesa. Cada marco deve ter entregáveis mensais mensuráveis.

    O que práticas de orientação recomendam [F3] [F6]

    Modelos de Gantt semestral e listas de entregáveis ajudam a monitorar progresso e facilitar reuniões trimestrais com orientador(a) [F3] [F6]. Contraexemplo: cronograma vago sem entregáveis mensais aumenta chance de atraso; se já estiver atrasada, renegocie metas com orientador(a) e compacte tarefas de redação.

    Quadro com cronograma em linhas e post‑its, mãos apontando marcos semestrais, contexto de escritório
    Mostra um cronograma visual com marcos e entregáveis para organizar os 24 meses.

    Gantt prático em 6 entregáveis por semestre

    • Semestre 1: versão 0 do pré‑projeto, scoping review, reunião com orientador(a).
    • Semestre 2: submissão à ética (se aplicável), instrumentos, coleta piloto.
    • Semestre 3: coleta principal/execução de análise, rascunhos de capítulo de resultados.
    • Semestre 4: redação final, submissão de tese e defesa.

    Checklist de entregáveis mensais: leituras, fichamentos, upload de datasets, versões de capítulos.


    Burocracia, ética e relações com orientador(a)

    Conceito em 1 minuto: atores e responsabilidades

    Candidato(a) conduz produção; orientador(a) valida viabilidade; secretaria do PPG verifica conformidade; comitê de ética avalia projetos com sujeitos; suporte técnico é fornecido por biblioteca e estatística.

    O que editais e guias institucionais exigem [F4]

    Editais e templates especificam prazo, formato e requisitos de ética. Planejar submissão à ética no semestre 2 evita paralisação na coleta [F4]. Contraexemplo: começar coleta antes da aprovação ética pode resultar em reprovação ética e perda de dados; se for imprescindível, priorize métodos sem sujeitos ou bases já autorizadas.

    Passo a passo para relações funcionais com orientador(a)

    • Marque reunião inicial com proposta de 1–2 páginas.
    • Combine encontros trimestrais e checkpoints mensais por e‑mail.
    • Registre decisões e versões em repositório compartilhado.

    Checklist rápido: 1) agenda de reuniões, 2) registro de versões, 3) confirmação de papeis e prazos com orientador(a).


    Erros comuns que impedem concluir em 24 meses e como evitá‑los

    Mesa desorganizada com papéis dispersos e laptop, ilustrando sobrecarga e escopo excessivo
    Ilustra erros comuns como escopo excessivo e falta de verificação de dados, que atrasam a defesa.

    Conceito em 1 minuto: onde costuma falhar

    Os erros mais frequentes são escopo excessivo, ausência de dados verificados e falta de comunicação com orientador(a). Esses aumentam risco de não defesa em 24 meses.

    O que a prática mostra e um alerta [F1]

    Estudos sobre planejamento de pesquisa mostram que projetos bem delimitados têm maior probabilidade de cumprir prazos [F1]. Contraexemplo: insistir em coletar dados primários complexos em curto prazo; se necessário, pivotar para análise de dados secundários ou estudo de caso.

    Estratégia prática para evitar os erros

    • Faça scoping review em 4–8 semanas para confirmar viabilidade.
    • Reduza número de variáveis principais a uma ou duas.
    • Use entregáveis mensais e revisões trimestrais com orientador(a).

    Mapa de decisão em 3 passos: viável com dados? siga. Sem dados? mude recorte. Sem alternativa? adote desenho qualitativo.


    Como validamos

    A síntese combina evidência sobre formulação de perguntas e boas práticas de elaboração de pré‑projeto [F1], com modelos institucionais e guias práticos usados por PPGs brasileiros [F3] [F4] e recomendações de ferramentas para pré‑projeto [F6] e elaboração de perguntas de pesquisa [F8]. Priorizamos aplicabilidade ao contexto brasileiro e transparência das limitações.

    Conclusão rápida e CTA

    Sim, é viável se você delimitar foco, formular pergunta operacional e escolher método compatível. Ação imediata: escreva uma versão de 1–2 páginas do seu pré‑projeto e agende reunião com potencial orientador(a) nas próximas 2–4 semanas. Consulte o template oficial do PPG alvo ao submeter.

    FAQ

    Preciso de orientador(a) antes de submeter o pré‑projeto?

    Ter um(a) orientador(a) aumenta muito as chances, mas nem todos os PPGs exigem nome no momento da submissão. Próximo passo: agende ao menos uma reunião inicial com um(a) potencial orientador(a) em 2–4 semanas.

    E se meu projeto precisar de coleta extensa de campo?

    Renegocie o escopo para reduzir recorte geográfico ou converta em estudo de caso; se isso for inviável, adie a entrada no PPG ou busque coorientação com recursos de campo. Próximo passo: avalie alternativas em 4–8 semanas e documente a decisão no pré‑projeto.

    Quanto detalhar a metodologia no pré‑projeto?

    Detalhe desenho, fontes de dados, amostragem e plano de análise apenas o suficiente para provar exequibilidade. Próximo passo: inclua estimativa de tempo por atividade e um plano de coleta piloto.

    Como encaixar defesa em 24 meses se surgir atraso?

    Priorize análise e redação, combine prazos intermediários com orientador(a) e solicite prorrogação administrativa só se inevitável. Próximo passo: identifique entregáveis críticos e renegocie metas trimestrais.

    Onde encontro modelos práticos de pré‑projeto?

    Use o template do PPG alvo e exemplos de universidades como referência; salve versões nomeadas e mantenha controle de mudanças. Próximo passo: baixe o template do PPG e nomeie a primeira versão como “pré‑projeto_NomePPG.pdf”.


    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós‑doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


  • 7 passos para revisar o estado da arte sem se perder

    7 passos para revisar o estado da arte sem se perder

    Você está acabando a graduação ou se preparando para o mestrado e sente que precisa dominar o que há de mais recente na sua área. Sem um mapa claro, corre o risco de repetir estudos, perder prazos de submissão ou comprometer candidaturas e bolsas. Este texto apresenta um fluxo prático e repetível em regra prática de 3 passos para mapear, sintetizar e manter atualizado o estado da arte em 4–8 semanas, reduzindo retrabalho e fortalecendo seu projeto.

    Prova: diretrizes metodológicas e guias nacionais e internacionais usados por programas e avaliadores foram considerados na construção deste texto [F4] [F9]. Nas seções seguintes você verá o que buscar, como escrever buscas robustas, como organizar triagem e síntese, e como manter o mapa vivo.

    Perguntas que vou responder

    • O que exatamente é estado da arte e quando devo fazê-lo?
    • Como escolher entre scoping, revisão narrativa e revisão sistemática?
    • Onde buscar e como montar strings eficientes?
    • Como organizar triagem, deduplicação e equipe?
    • Como sintetizar, apresentar lacunas e reportar métodos?
    • Como manter o estado da arte atualizado sem perder controle?

    O que é estado da arte e quando usar

    Conceito em 1 minuto: definição operacional

    Estado da arte é uma síntese orientada do conhecimento mais recente e relevante sobre um tema. Não é listar artigos: trata-se de mapear tendências, lacunas, métodos e consensos para situar sua pesquisa. Operacionalize com escopo, recorte temporal e critérios claros desde o protocolo [F4].

    O que os guias e a prática mostram [F4] [F9]

    Estudos e diretrizes enfatizam transparência e alinhamento entre pergunta, fontes e critérios. Em avaliações como as da CAPES, demonstrar domínio do estado da arte é critério de qualidade e evita omissões que podem comprometer conclusões [F9]. Isso é proteção ética e epistemológica.

    Checklist rápido para decidir agora

    • Defina objetivo e pergunta inicial (ampla ou fechada).
    • Escolha o tipo de revisão conforme objetivo: scoping para mapeamento amplo, narrativa para síntese conceitual, sistemática para perguntas fechadas.
    • Registre datas e limites de inclusão/exclusão.

    Um levantamento curto de 20 artigos não é estado da arte se o tema é amplo e recente. Se o tempo for curto, prefira um scoping enxuto com documentação clara e planeje atualização posterior.


    Como escolher o tipo de revisão para seu projeto

    Mão apontando para fluxograma em papel sobre mesa, destacando escolhas metodológicas

    Ilustra decisão entre scoping, narrativa ou revisão sistemática e ajuda a visualizar caminhos metodológicos.

    Regra prática em 1 minuto

    Pergunte-se: minha pergunta é exploratória ou exige resposta precisa? Para identificar temas e lacunas use scoping; para construir quadro teórico centrado use narrativa; para estimativas ou efeitos use revisão sistemática com protocolo.

    Evidência metodológica e guias recomendados [F6] [F2]

    Redes e guias de scoping (JBI) e estudos sobre métodos mostram que scoping é ideal quando a literatura é heterogênea. Revisões sistemáticas exigem perguntas fechadas e mais recursos. Em contextos de pós-graduação, combinar um mapeamento inicial com síntese narrativa costuma equilibrar rigor e prazo [F6] [F2].

    Tabela de decisão rápida (como escolher)

    1. Objetivo: mapear campo amplo → scoping.
    2. Objetivo: sintetizar teorias/conceitos → revisão narrativa.
    3. Objetivo: responder efeito/diagnóstico → revisão sistemática.
    4. Recursos limitados → scoping + síntese focal.

    Se sua vaga exige evidência de efeito (ex.: intervenção clínica), uma narrativa não basta. Mude para revisão sistemática ou inclua estudos primários para complementar.


    Onde buscar e como montar buscas eficientes

    Conceito em 1 minuto: prioridade das fontes

    Mesa com laptop, periódicos impressos e anotações destacadas, mostrando organização de fontes

    Mostra organização de bases e material para montar buscas eficientes e priorizar fontes relevantes.

    Combine bases internacionais (PubMed, Scopus, Web of Science) com repositórios e coleções brasileiras (SciELO, repositórios institucionais, CAPES) e preprints quando relevante. Use pelo menos três fontes para cobertura básica [F1].

    O que as bases mostram na prática [F1]

    Estudos sobre cobertura de bases mostram sobreposição, mas também falhas se você usar apenas uma fonte. Em contextos brasileiros, repositórios locais e teses podem conter evidências não indexadas nas bases internacionais [F1].

    Modelo de string e passos para testar agora

    • Liste termos principais e sinônimos em português e inglês.
    • Use operadores booleanos e campos (título/abstract).
    • Itere na base com variantes, registre cada versão e salve resultados.
    • Exporte metadados completos para gerenciador de referências.

    Exemplo autoral: numa revisão sobre teleassistência em atenção primária iniciei com 3 termos raiz, traduzi para inglês, testei combinações em PubMed e SciELO, e registrei 6 iterações da string antes de finalizar. Isso evitou perder estudos relevantes.

    Strings excessivamente longas sem testagem geram ruído. Se isso ocorrer, comece com termos essenciais e amplie por iteração controlada.


    Como organizar triagem, deduplicação e equipe

    Conceito em 1 minuto: trabalho em equipe minimiza viés

    A triagem dupla reduz erros. Bibliotecários ajudam a construir strings e gerenciar exportações. Para revisões maiores tenha pelo menos duas pessoas para triagem e um revisor metodológico [F5].

    Ferramentas e práticas testadas [F5]

    Ferramentas como Rayyan facilitam triagem cega e deduplicação. Gerenciadores de referência (Zotero, EndNote) combinados com filtros e pastas aceleram a organização. Em equipes, registre decisões de inclusão/exclusão para audit trail [F5].

    Fluxo de trabalho prático em 6 passos

    Prancheta com checklist e caneta sobre mesa, checklist numerado de passos de trabalho

    Representa o fluxo prático de triagem e extração em etapas organizadas para reduzir viés.

    1. Importar resultados em gerenciador de referências.
    2. Deduplicar com ferramenta e checagem manual.
    3. Triagem título/resumo em dupla, registrar motivos de exclusão.
    4. Triagem texto completo em dupla.
    5. Extração padronizada em planilha.
    6. Revisão final por orientador e revisor metodológico.

    Fazer triagem sozinho é possível em revisões muito pequenas, mas aumenta risco de vieses. Se for inevitável, peça ao orientador uma checagem de 20% das decisões.


    Como sintetizar, apresentar lacunas e reportar o método

    Conceito em 1 minuto: síntese com propósito

    Synthesize para responder à sua pergunta e situar lacunas. Use tabelas de características, mapas conceituais e evidence gap maps para mostrar onde faltam estudos ou quais métodos dominam o campo.

    Exemplos de saída e padrões de relatório [F2] [F3]

    Guias PRISMA-ScR e práticas recentes sugerem fluxogramas, tabelas de extração e transparência quanto a limites e datas de busca. Em relatórios para programas, destaque implicações para seu projeto e para avaliações institucionais [F2] [F3].

    Passos práticos para escrever a seção de estado da arte

    Empilhar resumos de artigos sem síntese reduz valor. Se houver muitos estudos, faça categorias temáticas e ofereça síntese por tema, não por artigo.


    Como manter o estado da arte vivo e atualizável

    Laptop e smartphone com notificações e alertas, mãos segurando o telefone para checagem

    Mostra como alertas e integrações digitais ajudam a manter o mapa de evidências atualizado.

    Conceito em 1 minuto: automação básica salva tempo

    Use alertas, RSS e filtros automáticos no gerenciador de referências para ingestão contínua. Quando o tema muda rápido, adote revisões vivas com atualizações periódicas.

    Ferramentas e recomendações práticas [F6] [F1]

    APIs de bases, Google Scholar Alerts, notificações de preprints e integrações com Zotero/EndNote permitem criar um fluxo de ingestão. Em temas muito dinâmicos, planeje atualizações trimestrais ou uma living review formal [F6] [F1].

    Mini-guia para configurar alertas em 5 passos

    1. Salve a string final em cada base que permite alertas.
    2. Ative notificações por e-mail ou RSS.
    3. Configure filtros automáticos no Zotero/EndNote para marcar novos itens.
    4. Faça triagem mensal dos itens marcados.
    5. Registre atualizações principais no documento mestre.

    Deixar alertas sem rotina de checagem gera acúmulo. Se você não consegue checar mensalmente, programe revisões trimestrais e priorize itens marcados por palavra-chave.


    Como validamos

    Validei os passos combinando recomendações metodológicas e fontes nacionais e internacionais presentes na pesquisa [F4] [F1] [F6], e cruzei com práticas de gerência de revisões e ferramentas de triagem. Usei experiência prática em orientação de alunos e implantação de fluxos de ingestão automatizados; onde as fontes divergem, optei por soluções pragmáticas que conciliam rigor e prazo.

    Conclusão rápida e próximo passo

    Adote um protocolo enxuto (objetivo, fontes, critérios, datas), faça mapeamento inicial amplo e depois sintetize em temas prioritários. Ação prática agora: defina sua pergunta e registre a primeira string de busca em uma planilha; consulte o serviço de biblioteconomia da sua universidade para apoio em strings e alertas.

    FAQ

    Quanto tempo leva para fazer um estado da arte aceitável para mestrado?

    Um scoping enxuto pode ser feito em 4–8 semanas com dedicação regular. Documente tudo desde o primeiro dia para evitar retrabalho.

    Preciso incluir preprints?

    Inclua preprints quando o tema for emergente e especifique o status na tabela de extração. Marque preprints separadamente na extração como próximo passo.

    Posso fazer triagem sozinho se estiver com pressa?

    É possível em revisões pequenas, mas aumenta o risco de vieses. Faça checagem por pares em 20% das decisões para reduzir vieses.

    Como mostrar no projeto que o estado da arte está atualizado?

    Informe datas de busca, bases consultadas e anexe um fluxograma e tabela de extração. Inclua um parágrafo sobre limites e próximas atualizações como próximo passo.

    Living review é obrigatório?

    Não, é recomendado apenas para temas muito voláteis. Como alternativa prática, programe atualizações trimestrais com alertas automatizados.


    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


  • 7 passos para construir um referencial teórico sem estresse

    7 passos para construir um referencial teórico sem estresse

    Você sente que o referencial teórico virou uma pilha de textos desconexos, corre risco de atrasar a entrega ou ver a proposta rejeitada, e precisa de uma solução prática e rápida; aqui está um caminho claro para organizar, justificar e documentar um referencial que sustente sua pergunta e aumente as chances de aprovação em 7–14 dias, com checklists e um plano de ação em 7 passos.

    Para quem? Estudantes de graduação em fim de curso ou recém-formadas que querem entrar no mestrado em universidade pública no Brasil.

    Como sei que funciona: práticas sintetizadas a partir de guias e estudos metodológicos e de experiência de orientação, com passos práticos e checklists fáceis de aplicar. O que vem a seguir: perguntas-chave, métodos de busca e triagem, formas de sintetizar evidências, erros comuns e um plano de ação de 7 passos.

    O referencial teórico é a coluna vertebral da sua pesquisa; defina perguntas claras, escolha o tipo de revisão adequado, documente strings e critérios, sintetize resultados em mapas conceituais e valide com seu orientador para justificar métodos e hipóteses.

    Perguntas que vou responder


    O que é um referencial teórico?

    Conceito em 1 minuto

    O referencial teórico organiza conceitos, teorias e evidências empíricas que sustentam a pergunta de pesquisa, incluindo variações como marco teórico, framework conceitual e tipos de revisão; ele exige operacionalização de termos e critérios de inclusão e exclusão para garantir coerência.

    O que os estudos e guias mostram [F1]

    Estudos descrevem o referencial como estrutura que articula conceitos e orienta métodos; recomenda-se explicitar critérios e estratégias de busca para aumentar transparência e reprodutibilidade [F1]. No Brasil, guias institucionais reforçam a necessidade de documentação clara [F3].

    Checklist rápido para começar

    • Liste 3 conceitos centrais e 3 subperguntas que derivam da sua pergunta principal.
    • Defina termos operacionais e sinônimos para cada conceito.
    • Escolha o tipo de revisão preliminar: mapeamento para entender campo, síntese para responder hipótese.

    Se sua pesquisa é exploratória em área sem publicações indexadas, um referencial muito rígido atrapalha; prefira mapeamento qualitativo e fontes cinzentas e deixe explícito esse limite.

    Por que investir na base teórica aumenta suas chances no mestrado?

    Uma base teórica bem construída posiciona a pesquisa no estado da arte, identifica lacunas genuínas e orienta escolhas metodológicas, itens que avaliadores valorizam em propostas de mestrado.

    O que importa na avaliação

    Itens valorizados incluem posicionamento da pesquisa, identificação de lacunas e justificativa metodológica clara.

    O que os dados mostram [F4]

    Análises sobre revisões e relatos metodológicos indicam que procedimentos transparentes e critérios claros aumentam a aceitação em bancas e periódicos, além de reduzir vieses interpretativos [F4].

    Passos práticos para convencer a banca

    1. Faça um mapa conceitual que mostre como conceitos se relacionam.
    2. Aponte 2 lacunas empíricas e explique como sua pesquisa preenche uma delas.
    3. Inclua uma tabela curta com critérios de inclusão/exclusão usados na triagem.

    Se a banca exige um escopo muito amplo em pouco tempo, priorize clareza sobre abrangência; descreva o recorte temporal e temático e justifique pragmaticamente.

    Como escolher entre revisão narrativa, scoping ou sistemática?

    Pesquisador comparando artigos e checklist com abas coloridas para decidir tipo de revisão

    Ilustra a comparação prática entre estratégias de revisão para escolher o desenho mais adequado.

    Conceito em 1 minuto

    Cada tipo de revisão serve a objetivos diferentes: narrativa sintetiza e discute, scoping mapeia amplitude e lacunas, e sistemática busca síntese rigorosa e reprodutível a partir de protocolo pré-definido.

    O que as recomendações mostram [F5]

    Guias metodológicos recentes mostram que scoping é ideal para mapear campos emergentes e sistemática para responder perguntas bem definidas; registrar protocolo aumenta credibilidade [F5].

    Decisão prática em 3 passos

    • Responda: minha pergunta demanda amplitude ou rigor de síntese? (amplitude → scoping, síntese de efeito → sistemática).
    • Se optar por sistemática ou scoping, registre protocolo em repositório institucional.
    • Se o tempo for curto, escolha uma revisão narrativa estruturada com critérios e fluxo documentados.

    Revisão sistemática exige tempo e acesso a bases; se estiver com prazo muito apertado e sem suporte de biblioteca, prefira scoping ou narrativa estruturada e registre limitações.

    Como planejar buscas, salvar strings e gerenciar referências?

    Conceito em 1 minuto

    Planejamento inclui escolher bases relevantes, construir strings com operadores booleanos, guardar buscas e exportar citações para um gerenciador de referências; deduplicação é etapa crítica.

    O que a prática e guias institucionais recomendam [F3]

    Guias universitários e repositórios brasileiros enfatizam registro de strings, uso de gerenciadores e planilha de triagem para transparência e reproducibilidade [F3]. A biblioteca pode ajudar com deduplicação e acesso.

    Passo a passo aplicável agora

    Mãos digitando no laptop com notas que mostram operadores booleanos e strings de busca

    Mostra a etapa de preparar e salvar strings de busca para replicabilidade do protocolo.

    1. Defina 6 bases priorizadas pela sua área (ex.: Scopus, PubMed, SciELO quando aplicável).
    2. Construa 3 strings principais e salve-as em um documento; anexe filtros usados.
    3. Exporte tudo para um gerenciador de referências e crie uma planilha de triagem com colunas: título, autores, ano, motivo inclusão/exclusão.

    Ferramenta exclusiva: modelo de linha de triagem (colunas sugeridas) para copiar: ID | Fonte | String usada | Título | Ano | Inclusão? (S/N) | Motivo | Notas.

    Se sua área usa literatura muito localizada ou em outras línguas, bases tradicionais podem falhar; inclua repositórios regionais e literatura cinzenta e documente a estratégia.

    Como sintetizar evidências e construir o marco conceitual?

    Sintetizar é organizar evidências para explicar relações entre conceitos, apontar concordâncias e lacunas, e justificar escolhas metodológicas; o resultado pode ser um quadro comparativo, mapa conceitual ou um modelo teórico.

    Conceito em 1 minuto

    Sintetizar serve para articular hipóteses plausíveis e tornar escolhas metodológicas justificáveis perante avaliadores.

    Exemplo real e prático [F5]

    Ao orientar uma tese sobre inclusão educacional, 40 artigos foram agrupados em três categorias de determinantes e um modelo causal simples guiou o instrumento de pesquisa, resultando em 3 escolas piloto e artigo submetido em 15 meses.

    Passo a passo para sintetizar hoje

    • Extraia em uma planilha os principais achados e medidas de cada estudo.
    • Agrupe achados por tema e crie uma tabela comparativa com concordâncias e divergências.
    • Desenhe um mapa conceitual com setas indicando relações plausíveis e lacunas para sua hipótese.

    Síntese quantitativa pode não ser possível com heterogeneidade alta; opte por síntese temática e descreva por que meta-análise não foi aplicável.

    Quais erros comuns e como evitá-los?

    Checklist em mesa com notas adesivas vermelhas destacando erros e pessoa riscando itens

    Destaque para erros frequentes e ações preventivas para tornar a revisão mais transparente.

    Conceito em 1 minuto

    Erros frequentes incluem falta de perguntas norteadoras, ausência de critérios documentados, seleção tendenciosa de fontes e sintetizar por resumo em vez de comparação crítica.

    Observações práticas e evidências [F2][F6]

    Relatos de orientação e estudos sobre práticas de revisão apontam que apoio da biblioteca, uso de protocolo e planilha de triagem reduzem erros; documentação é frequentemente o diferencial na avaliação [F2][F6].

    Checklist de prevenção

    • Redija perguntas norteadoras antes de buscar artigos.
    • Grave todas as strings e filtros aplicados.
    • Faça triagem em dois momentos: título/resumo e texto completo.
    • Peça à biblioteca para revisar sua estratégia de busca.

    Em projetos muito curtos, não há tempo para dupla triagem; documente claramente a limitação e, se possível, peça ao orientador uma revisão amparada em amostragem aleatória.


    Como validamos

    As recomendações foram cruzadas entre guias e estudos metodológicos, práticas institucionais brasileiras e rotinas de biblioteca para garantir aplicabilidade prática; limites e alternativas foram explicados quando a literatura é ambígua.

    Conclusão e próximos passos

    Formule perguntas norteadoras claras, escolha o tipo de revisão que responde melhor à sua pergunta, documente strings e critérios, produza mapas conceituais e valide tudo com seu orientador.

    Ação imediata: crie hoje uma planilha de triagem com as colunas sugeridas e agende uma consulta com a biblioteca da sua instituição.

    Recurso institucional recomendado: consulte o guia de revisão da sua unidade acadêmica e os serviços da biblioteca para suporte na construção do protocolo.

    FAQ

    Quanto tempo leva montar um referencial teórico bem documentado?

    Depende do tipo de revisão; scoping costuma levar semanas, sistemática meses. Planeje tempo para busca, triagem e síntese, e registre prazos com seu orientador.

    Próximo passo: defina prazos parciais para busca, triagem e síntese e compartilhe-os com seu orientador.

    Preciso registrar protocolo para toda revisão?

    Registro é fortemente recomendado para scoping e sistemáticas; para narrativas estruturadas declare métodos e critérios no próprio documento.

    Próximo passo: verifique repositórios institucionais para registro de protocolos antes de iniciar a revisão.

    Como faço se não tenho acesso a bases pagas?

    Use bases abertas, repositórios institucionais, SciELO e literatura cinzenta; busque suporte na biblioteca para acesso via redes acadêmicas.

    Próximo passo: solicite orientação da biblioteca sobre alternativas de acesso e empréstimo entre bibliotecas.

    Posso usar IA para ajudar na triagem?

    Ferramentas de IA ajudam na triagem inicial, mas sempre valide amostras manualmente e documente o uso e limites do método.

    Próximo passo: registre a ferramenta usada e valide 10–20% das decisões manualmente.

    E se a literatura for escassa na minha área?

    Faça scoping ampliado, inclua literatura cinzenta e estudos correlatos; deixe explícito o recorte e as limitações na justificativa.

    Próximo passo: amplie fontes para repositórios regionais e inclua buscas em língua local.


    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025