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IA na escrita acadêmica

  • 3 maneiras simples de começar seu artigo científico sem medo

    3 maneiras simples de começar seu artigo científico sem medo

    Começar um artigo gera ansiedade: a busca pela frase perfeita paralisa, o rascunho nunca sai e prazos apertam, com risco de prorrogação ou perda de bolsa. Aqui você vai aprender três técnicas práticas para transformar medo em processo iterativo: escrita livre, outline estruturado e escrita não-linear com micro-metas. Evidências mostram ganhos na fluidez e confiança quando a escrita é treinada como rotina [F5].

    Neste texto explico cada técnica, mostro dados e exemplos aplicáveis ao contexto brasileiro e deixo checklists e templates curtos para você usar hoje, incluindo limites e quando buscar apoio institucional. Ideal para mestrandas, doutorandas e recém-formadas que querem começar sem perfeccionismo.

    Faça hoje uma sessão de 20 minutos de escrita livre sobre a mensagem-chave, rascunhe um outline de 15 minutos com 3 pontos por seção e defina três micro-metas para os próximos cinco dias; isso rompe a inércia e gera material revisável.

    Quais são as três técnicas e quando usar cada uma?

    Mãos escrevendo em caderno ao lado de cronômetro e laptop, sessão de escrita livre

    Ilustra uma sessão curta de escrita livre para destravar ideias.

    O que é em 1 minuto

    Descrevo rapidamente as três técnicas: 1) escrita livre: rascunho sem edição para gerar frases; 2) outline estruturado: mapa das seções e mensagens principais; 3) escrita não-linear com micro-metas: trabalhar por blocos e metas pequenas, começando por Métodos ou Resultados quando for possível.

    O que os dados mostram [F5]

    Estudos pedagógicos sobre prática de escrita indicam melhora na fluidez e redução de bloqueio quando exercitamos sessões curtas e sem autocensura [F5]. Em ambientes institucionais, protocolos de oficina aumentam entregas e qualidade formal [F1].

    Checklist rápido e quando isso não funciona

    • Quando usar hoje: se você tem dados prontos, comece por Métodos/Resultados.
    • Se não tem dados, priorize outline e escrita livre.
    • Limite: se há crise de saúde mental severa, essas técnicas podem não bastar; procure suporte do programa e ajuste metas com o orientador.

    Como aplicar a escrita livre para destravar o rascunho?

    O que é em 1 minuto

    Escrita livre é reservar 15–30 minutos para escrever sem editar, focando na pergunta central ou no que os resultados sugerem. Não apague nada; destaque frases úteis depois.

    O que os dados mostram [F5]

    Pesquisas mostram que freewriting aumenta produção bruta e reduz ansiedade inicial [F5]. Em programas com oficinas de escrita, participantes relatam maior confiança para submeter rascunhos ao orientador [F1].

    Passo a passo prático (exemplo autoral)

    1. Defina foco: a mensagem principal em uma frase.
    2. Configure 20 minutos no cronômetro.
    3. Escreva sem apagar; marque trechos úteis com um asterisco.
    4. Transforme 3 frases marcadas em bullets que viram parágrafos.

    Quando não serve: se precisa já de texto final por motivos administrativos, prefira outline estruturado e revisão com apoio institucional.


    Como montar um outline eficiente antes de redigir?

    O que é em 1 minuto

    Outline estruturado é um esqueleto com título provisório, mensagem principal e 3–5 bullets por seção (Introdução, Métodos, Resultados, Discussão), incluindo figuras/tabelas essenciais.

    Outline estruturado em prancheta com post-its e laptop, preparação do esqueleto do artigo

    Mostra um outline simples e ferramentas para mapear seções antes de redigir.

    O que os guias práticos sugerem [F6] [F1]

    Guias de redação científica orientam justamente começar por uma estrutura clara: descreva métodos e resultados primeiro quando já existem dados, isso acelera a redação da introdução e discussão [F6]. Instituições oferecem modelos de outline em cursos e portais de apoio [F1].

    Template rápido para começar (use já)

    • Título provisório: sua mensagem em 10 palavras.
    • Mensagem principal: 1 frase.
    • Introdução: 3 bullets (lacuna, contribuição, hipótese).
    • Métodos: métodos: 3 bullets (população, medidas, análise).
    • Resultados: resultados: 3 bullets (figura 1, tabela 1, achado principal).
    • Discussão: 3 bullets (interpretação, limitações, implicações).

    Limite: outlines muito detalhados podem travar a criatividade; se isso acontecer, volte a uma versão mais simples e faça uma sessão de escrita livre.


    Como usar escrita não-linear e micro-metas sem perder coerência?

    O que é em 1 minuto

    Escrita não-linear significa escrever por partes, começando pelo que é mais concreto, e usar micro-metas: 300–500 palavras ou uma figura por sessão, com Pomodoro ou blocos de 60–90 minutos.

    O que os textos da área técnica e Ferramentas mostram [F4] [F3]

    Relatos práticos e artigos sobre bloqueio criativo recomendam dividir tarefas e usar prompts ou IA como co-piloto para variações e listas de tópicos [F3] [F4]. A IA pode acelerar rascunhos, com cautela sobre autoria e verificação.

    Plano de 5 dias que você pode aplicar agora

    • Dia 1: 20 min freewriting da mensagem; outline de 15 min.
    • Dia 2: Métodos, meta: 1 figura.
    • Dia 3: Resultados, meta: 300 palavras.
    • Dia 4: Discussão, foco em 2 interpretações.
    • Dia 5: Revisão com checklist de formatação.

    Contraexemplo: se seu orientador exige texto completo antes de revisar, negocie micro-entregas e peça feedback apenas em resultados e figuras.


    Grupo reunido em mesa com laptops e anotações, planejamento de apoio institucional

    Apresenta colaboração entre autoras, orientadores e núcleos de apoio para organizar oficinas.

    Quem deve participar e como obter apoio institucional?

    O que é em 1 minuto

    Autores, orientadores, grupos de pares e núcleos de apoio são parte do ecossistema. Cada ator tem papel: autor produz rascunhos, orientador valida direção, núcleo oferece oficinas.

    O que as instituições recomendam [F1] [F2]

    Centros de apoio e programas de pós-graduação costumam oferecer oficinas de escrita e materiais de orientação; iniciativas governamentais e pró-reitorias apoiam capacitação e revisões formais [F1] [F2].

    Passos práticos para conseguir apoio na sua instituição

    • Procure o Núcleo de Apoio à Pesquisa ou biblioteca e peça modelos de outline.
    • Proponha um grupo de escrita entre pares, com sessões semanais de 60 minutos.
    • Agende micro-feedbacks com seu orientador: combine revisões rápidas de 15 minutos.

    Limite: nem todo programa tem recursos; em falta, organize grupos de pares e use recursos gratuitos online e prompts de IA com cautela.

    Erros comuns e quando essas técnicas não funcionam

    O que é em 1 minuto

    Erros comuns: buscar perfeição desde o primeiro rascunho, não definir metas concretas e depender demais de uma única técnica. Técnicas falham se aplicadas isoladamente e sem feedback.

    O que os estudos e relatos práticos indicam [F5] [F3]

    Perfeccionismo aumenta retrabalho e tensão entre orientador e orientanda. Estratégias que combinam rotina, formação e feedback institucional tendem a reduzir erros formais e melhorar submissões [F5] [F3].

    Checklist em prancheta sobre mesa com caneta e óculos, verificação final antes do envio

    Exemplo visual de checklist prático para revisar rascunhos antes do orientador.

    Checklist de verificação antes de enviar ao orientador

    • Tenho uma mensagem principal clara?
    • Métodos e Resultados estão descritos como bullets?
    • Fiz pelo menos uma sessão de escrita livre para destravar o texto?
    • Defini micro-metas e registrei progresso?

    Se mesmo assim não avança, peça uma sessão conjunta com orientador para redefinir prioridades em vez de insistir em reescrever sozinho.


    Como validamos

    Validei as recomendações cruzando evidências de estudos sobre prática de escrita e freewriting, guias institucionais e recursos práticos sobre produtividade e uso responsável de IA [F5] [F1] [F4]. Integrei exemplos de guias de redação e passos testados em oficinas universitárias para criar templates aplicáveis hoje.

    Conclusão rápida e chamada para ação

    Resumo: aplique escrita livre (20 min), outline estruturado (15 min) e micro-metas (300–500 palavras ou 1 figura) para transformar o medo em material editável. Ação prática: hoje, faça a sessão de 20 minutos e envie os bullets resultantes ao seu orientador. Recurso institucional sugerido: consulte as oficinas ou guias do seu núcleo de pós-graduação e os materiais de capacitação da CAPES.

    FAQ

    Posso usar IA para escrever o parágrafo introdutório?

    Tese: IA funciona bem como co-piloto quando usada para gerar variações e desbloquear frases. Sempre revise por precisão e originalidade; entregue versões marcadas ao orientador.

    Quanto tempo levará para ver progresso?

    Tese: progresso é mensurável com cadência diária curta. Com sessões diárias de 20–30 minutos e micro-metas, muitas alunas percebem avanço em 1–2 semanas; ajuste ritmo a prazos e demandas do programa.

    E se meu orientador não gostar do formato do rascunho?

    Tese: negociar formato reduz retrabalho e conflito. Negocie entregas pequenas e um checklist de espera; combine metas curtas e peça feedback pontual nas partes essenciais.

    Essas técnicas servem para revisão final?

    Tese: são mais eficazes para destravar e estruturar do que para revisão final. Para revisão final, use checklists formais de submissão e revisões por pares institucionais como etapa final.

    Como manter rotina sem culpa nos dias sem rendimento?

    Tese: metas pequenas preservam consistência. Reduza metas: 10 minutos de escrita livre conta; o importante é consistência e registro do progresso.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


  • Como escrever com IA em 5 passos e evitar plágio na academia

    Como escrever com IA em 5 passos e evitar plágio na academia

    Escrever com ferramentas de IA facilita muito, mas traz medo: similaridade elevada, omissão de fontes e risco disciplinar. Sem práticas claras você pode enfrentar atrasos, questionamentos na banca ou sanções; aqui estão passos práticos, modelos de declaração e checagens rápidas para declarar, documentar e revisar o uso de IA e preservar autoria.

    Sim, é possível ganhar produtividade e evitar plágio ao escrever com IA: planeje o papel da ferramenta, documente prompts e versões, declare o uso no preâmbulo, revise manualmente e use verificadores de similaridade como complemento à leitura crítica do orientador.

    Perguntas que vou responder


    O que conta como uso aceitável de IA em trabalhos acadêmicos?

    Conceito em 1 minuto

    Uso aceitável é quando a IA atua como suporte editorial: esboços, reformulações, correção gramatical e formatação. Autoria intelectual, interpretação dos dados e conclusões devem ser suas. Se o texto final depende da IA sem intervenção crítica, pode ser caracterizado como má conduta.

    O que as pesquisas e notas institucionais mostram [F1][F4]

    Estudos alertam que a IA aumenta produtividade, mas também similaridade textual e risco de omissão de fontes [F1]. Documentos de órgãos e universidades recomendam transparência e declaração do uso dentro do trabalho, justamente para proteger integridade acadêmica [F4].

    Checklist rápido para decidir quando declarar IA

    • Gerei um esboço ou apenas revisei estilo? Declare em ambos os casos.
    • Usei a IA para analisar dados ou só para formatar? Declare o apoio analítico.
    • Mantive versões e registros dos prompts? Se não, comece a guardar agora.

    Se sua banca exige produção inteiramente original do ponto de vista metodológico, nenhuma declaração fará aceitar conteúdo gerado automaticamente; nesse caso, não use IA para produzir as partes centrais do argumento.

    Como declarar e documentar o uso de IA

    Mãos digitando num laptop com notas e registros de versões, ilustrando documentação de uso de IA
    Mostra como registrar versões e prompts para declarar o uso de IA no trabalho acadêmico.

    O que precisa constar na declaração

    Declare claramente qual ferramenta foi usada, para quais tarefas (esboço, revisão, formatação), e que a versão final foi revisada e aprovada pelos autores. Indique a data e anexe logs de prompts quando possível.

    Exemplo prático de declaração (modelo autoral)

    Eu, autora, declarei o uso de assistente de escrita baseado em IA (ex.: ChatGPT) para gerar esboço inicial e revisão de estilo. Todas as seções com conteúdo analítico foram escritas e validadas por mim. Logs de prompts e versões estão arquivados com o orientador.

    Passo a passo: como salvar e anexar evidências

    1. Salve cada versão do documento com data e hora.
    2. Exporte e armazene os prompts utilizados, bem como as respostas geradas.
    3. Inclua nota no preâmbulo ou metodologia e anexe arquivo de logs à submissão.

    Se a plataforma de IA não permite exportar histórico de prompts, registre screenshots e resuma, com data, as interações; ainda é melhor do que nada.

    Fluxo prático em 5 passos para produzir com IA evitando plágio

    O fluxo resumido

    Planejar, gerar esboço controlado, revisar e referenciar, submeter a verificação de similaridade, validar com orientador. Cada etapa exige documentação.

    Baixe a checklist de revisão e aplique em 72h.

    Evidências sobre ganho de produtividade e riscos [F1][F3]

    Mesa com laptop e gráficos, artigos impressos e anotações que representam estudos sobre produtividade e riscos
    Visualiza estudos e relatórios que comparam ganhos de produtividade e limitações de detectores.

    Estudos mostram ganhos claros de velocidade em tarefas editoriais, mas detectores automáticos não são infalíveis em apontar dependência de IA ou plágio indireto [F1][F3]. Use as ferramentas para economia de tempo, não como atestado de originalidade.

    Faça junto: checklist em 5 passos para aplicar já

    1. Planeje: defina o que a IA fará (esboço, revisão, formatação).
    2. Gere: peça à IA um sumário e subtópicos; não aceite o texto final.
    3. Reescreva e acrescente voz própria, referências e argumentação original.
    4. Verifique similaridade e corrija trechos que coincidam com fontes.
    5. Declare uso no preâmbulo e entregue logs ao orientador.

    Exemplo autoral curto: acompanhei uma estudante que usou IA para montar sumário; ela reescreveu cada sessão com evidências próprias, declarou no preâmbulo e teve a banca aprovar sem ressalvas. Pequenos cuidados fizeram toda diferença.

    Em trabalhos que exigem dados originais ou entrevistas, IA não substitui coleta e análise; use-a apenas para organizar e revisar o texto.

    Como usar verificadores de similaridade e detectar problemas

    Como funcionam e quais são os limites

    Ferramentas de similaridade comparam trechos com bases indexadas. Elas sinalizam coincidências, mas não determinam autoria ou intenção. Resultados falsos positivos e negativos são comuns, especialmente com texto parafraseado por LLMs.

    O que pesquisas apontam sobre detectores [F3] e ferramentas comerciais [F8]

    Relatórios mostram que detectores podem falhar em identificar textos reescritos por LLMs e, às vezes, classificam incorretamente textos legítimos como problemáticos [F3]. Ferramentas comerciais ajudam na triagem, mas não substituem leitura crítica [F8].

    Passo a passo: combinar detector, leitura humana e orientador

    Pessoas em torno de laptop examinando checklist e relatório, ilustrando revisão humana e orientação
    Mostra revisão conjunta: leitura crítica do orientador combinada com relatórios automáticos.
    1. Rode verificação de similaridade e gere relatório.
    2. Analise trechos sinalizados: verifique se são citações sem referência, fórmulas comuns ou similaridade legítima.
    3. Corrija, reescreva e documente alterações.
    4. Discuta com orientador os trechos críticos antes da submissão.

    Confiar apenas no detector como prova de originalidade pode levar a decisões erradas; use sempre como input para análise humana.

    Ferramentas e normas ABNT: automatizando formatacao sem erro

    O que a IA pode automatizar com segurança

    Formatar citações, listas de referências, margens e espaçamento são tarefas de baixa criatividade que a IA e gerenciadores de referência fazem bem. Ainda assim, verifique todos os campos bibliográficos, especialmente para normas nacionais.

    Diretrizes institucionais sobre normalização e uso de IA [F5]

    Universidades brasileiras publicam orientações detalhadas sobre formatação e uso responsável de IA em trabalhos, combinando checklists de normalização com exigência de declaração de uso [F5]. Consulte a secretaria de sua pós-graduação.

    Checklist rápido para formatação ABNT com auxílio de IA

    • Use gerenciador de referências compatível com ABNT.
    • Gere a referência com a IA, mas confirme dados originais nas fontes.
    • Aplique estilo no documento e verifique cabeçalhos, citações diretas e recuos.

    Nunca assuma que a IA gerou uma referência correta; erros em autores, páginas e edições são comuns. Verifique sempre na fonte primária.

    O papel do orientador e da instituição

    Quem faz o quê na supervisão

    Mãos trocando documento sobre mesa com laptop e caderno, simbolizando responsabilidades entre aluno e orientador
    Ilustra a divisão de responsabilidades entre estudante e orientador na supervisão do trabalho.

    O estudante é responsável pelo conteúdo final; o orientador supervisiona, valida originalidade e orienta sobre declaração de uso; a instituição define políticas e aplica procedimentos de verificação.

    Diretrizes e responsabilidades institucionais [F7][F5]

    Guias internacionais e nacionais recomendam que instituições exijam transparência, forneçam treinamento e clarifiquem sanções por má conduta [F7][F5]. A atuação coordenada reduz conflitos na banca.

    Passos práticos para a conversa com o orientador

    1. Marque uma reunião curta e mostre exatamente como pretende usar IA.
    2. Apresente modelo de declaração e plano de versionamento.
    3. Combine pontos de verificação antes da submissão final.

    Se o orientador proibir uso de IA por motivos éticos no projeto, respeite a decisão e concentre-se em técnicas tradicionais de redação; alternativa: peça autorização por escrito para uso restrito.

    Como validamos

    A orientação aqui é baseada em artigos acadêmicos sobre uso de IA em redação e integridade [F1], relatórios sobre limitações de detectores [F3], e em diretrizes institucionais brasileiras que tratam de transparência e documentação [F4][F5]. Consolidei recomendações práticas a partir desses documentos e da experiência com alunos em orientações de escrita.

    Conclusão e ação imediata

    Automatize tarefas de baixa criatividade com IA, declare sempre o auxílio, documente prompts e versões, revise manualmente e use verificadores como apoio. Ação prática agora: converse com seu orientador e inclua no preâmbulo do trabalho uma declaração de uso de IA.

    FAQ

    Preciso declarar o uso da IA em todo TCC?

    Declare sempre o escopo do uso: esboço, revisão, formatação ou análise; isso evita dúvidas na banca e protege sua autoria. Próximo passo: anexe logs quando possível e inclua a declaração no preâmbulo.

    Detectores garantem que não há plágio?

    Não; detectores ajudam a localizar coincidências, mas têm falhas e não substituem a análise humana. Próximo passo: combine o relatório automático com leitura crítica e justificativa do autor.

    Posso usar IA para analisar meus dados quantitativos?

    Use IA apenas como auxiliar na limpeza ou visualização; interpretações e decisões metodológicas devem ser suas. Próximo passo: documente qualquer suporte recebido e valide resultados com o orientador.

    Como guardar prompts e versões de forma confiável?

    Exporte históricos, salve PDFs com data, use repositórios institucionais ou sistemas de versionamento; screenshots são recurso quando histórico não é exportável. Próximo passo: centralize arquivos em um repositório com backup e data.

    Meu orientador não sabe sobre IA, o que faço?

    Traga um resumo curto das regras que pretende seguir, o modelo de declaração e proponha checkpoints. Próximo passo: ofereça material de leitura das diretrizes da instituição e uma proposta de pontos de verificação.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • Como usar IA na escrita científica sem plágio e com confiança

    Como usar IA na escrita científica sem plágio e com confiança

    Você está prestes a entrar no mestrado e sente que a IA pode ser uma ajuda — mas teme consequências para sua integridade acadêmica; isso pode levar a rejeição, questionamento de autoria ou problemas de avaliação. Este texto explica práticas para declarar o uso, revisar o que a IA gera e evitar plágio, e oferece um roteiro prático com exemplos e modelos para que você entregue trabalho confiável e verificável em 72 horas a 12–18 meses de tramitação acadêmica.

    Prova: diretrizes recentes de universidades e consórcios no Brasil definem uso permitido com supervisão humana [F2] [F1]. Preview: perguntas-chave, passo a passo prático, exemplos e modelos de declaração.

    A IA pode acelerar rascunhos, reformular frases e sugerir estruturas, desde que você documente o prompt, verifique referências e declare o uso. Use a ferramenta como assistente, não como autora, mantenha revisão humana e registre versões para evidenciar responsabilidade intelectual.

    Perguntas que vou responder


    Vale a pena usar IA no pré-projeto e no manuscrito?

    Conceito em 1 minuto

    IA generativa ajuda em tarefas de redação: rascunho, reformulação, revisão gramatical e sumarização. Existem níveis de uso: edição frase a frase, geração de blocos textuais e automação de metadados; cada nível exige revisão humana distinta [F2].

    O que as políticas e guias mostram [F2]

    Diretrizes institucionais brasileiras autorizam uso como ferramenta, desde que não seja listada como autora e o uso seja declarado. Isso reduz risco reputacional, mas realça a necessidade de validação humana [F1] [F2].

    Checklist rápido para decidir usar IA

    • Identifique tarefa: reformulação, esboço, revisão ou metadados.
    • Avalie risco: contém citações, dados originais ou análise crítica?
    • Se houver citações/dados, planeje verificação manual e registro de versões.

    Quando isso não funciona: não delegue a IA a redação da seção de resultados ou à interpretação teórica. Em substituição, use IA apenas para rascunhar frases e depois reelabore pessoalmente.

    Como evitar plágio e problemas de citação?

    Pesquisador conferindo artigos impressos, caderno e anotações para verificar referências e evitar plágio.

    Mostra a verificação manual de fontes e a checagem de citações como etapa essencial do processo.

    Entenda o risco em 1 minuto

    Plágio pode ser intencional ou não intencional. IAs podem reproduzir frases comuns ou combinar trechos existentes; detectar similaridade é responsabilidade do autor.

    O que os guias e experiências práticas mostram [F6] [F4]

    Relatórios institucionais recomendam documentação do prompt, versão da ferramenta e histórico de edição. Ferramentas de detecção ajudam, mas não substituem verificação de referência manual [F6] [F4].

    Passo a passo para checar originalidade

    1. Documente prompt e versão da ferramenta em um arquivo de logs.
    2. Use uma ferramenta de similaridade institucional.
    3. Verifique cada referência citada pela IA, recupere a fonte original e confirme páginas ou DOI.

    Quando isso não funciona: se a IA trouxer citações sem fonte verificável, descarte-as e recupere a referência original manualmente.

    Como declarar o uso de IA na submissão e na tese?

    O que declarar em 1 minuto

    Declare o papel da IA na seção de metodologia, agradecimentos ou nota de autoria, conforme a política do periódico ou da instituição.

    Exemplos de políticas e modelos [F1] [F2]

    Documentos institucionais e checklist sobre políticas de uso de IA dispostos sobre uma mesa.

    Representa modelos e políticas institucionais que orientam a declaração e o uso responsável da IA.

    Universidades e revistas brasileiras já publicaram modelos de declaração e orientações sobre submissão. Esses documentos indicam onde inserir a declaração e que detalhes são esperados [F1] [F2].

    Modelo prático de declaração (use como base)

    Texto-tipo para metodologia: “Ferramenta de IA (nome, versão) foi utilizada para reformulação de trechos e geração de rascunhos; todas as versões foram revisadas e validadas por [seu nome].”

    Quando isso não funciona: se a revista tem política específica que exige linguagem diferente, adapte o texto seguindo o guia dela e registre comprovação da adequação.

    Qual o papel do orientador e da banca?

    Papel em 1 minuto

    Orientadores orientam limites de delegação, revisam conteúdo crítico e garantem que o estudante compreenda e valide todo o material gerado.

    O que práticas institucionais recomendam [F2] [F6]

    Recomenda-se que departamentos definam regras locais sobre o que pode ser delegado à IA, ofereçam treinamentos e mantenham infraestrutura para registro de uso [F2] [F6].

    Roteiro de conversa com seu orientador

    • Leve um rascunho com anotações: indique o que foi gerado por IA e o que foi editado.
    • Pergunte sobre limites para capítulos e prepropostas.
    • Combine registro de versões e checkpoints de revisão.

    Quando isso não funciona: se o orientador se opõe ao uso de IA, negocie pequenas permissões controladas, por exemplo, revisão gramatical apenas, e mostre logs de uso.

    Quais ferramentas e rotina prática adotar?

    Estação de trabalho com laptop, caderno e anotações mostrando fluxo de trabalho e registro de versões.

    Sugere uma rotina prática: documentar prompts, salvar versões e combinar checagem de similaridade.

    Ferramenta e fluxo em 1 minuto

    Combine um editor com histórico (por exemplo, versão local), gerador de texto e detector de similaridade institucional. Nunca aceite referências sugeridas sem checar fonte.

    O que testes e guias indicam [F4] [F6]

    Ferramentas de detecção identificam similaridade, mas recomendações de capacitação institucional são essenciais para reduzir riscos operacionais [F4] [F6].

    Tabela rápida de rotina em 5 passos

    1. Crie rascunho inicial com prompts documentados.
    2. Rode checagem de similaridade.
    3. Verifique referências manualmente.
    4. Revise conteúdo crítico com orientador.
    5. Registre versão final e inclua declaração.

    Quando isso não funciona: se não houver acesso a ferramentas institucionais, use versões locais e salvamento incremental, e peça à biblioteca apoio para verificação.

    Em que situações a IA não é recomendada?

    Limite em 1 minuto

    Evite IA em decisões metodológicas finais, análise de dados sem validação estatística e redação de interpretações originais.

    O que as evidências indicam [F3]

    Mãos apontando para gráficos em papéis e tela, simbolizando análise crítica de evidências sobre IA.

    Ilustra a avaliação crítica das limitações e evidências atuais sobre o impacto da IA na pesquisa.

    A literatura recente mostra predominância de diretrizes e escassez de estudos longitudinais sobre impactos da IAG na qualidade científica, por isso prudência é recomendada.

    Regras práticas para saber quando parar

    • Não use IA para gerar hipóteses centrais.
    • Não confie em referências sem checar.
    • Use IA para polir linguagem, não para construir argumentos originais.

    Quando isso não funciona: se seu estudo exige originalidade conceitual, priorize escrita e revisão humana e trate a IA apenas como apoio estilístico.

    Exemplo autoral: reescrever um resumo para pré-projeto

    Condição: estudante com 48 horas até submeter pré-proposta. Ação: pediu ao sistema uma versão mais clara do objetivo, documentou prompt e revisão. Resultado: texto reescrito em 20 minutos, todas as referências checadas manualmente e declaração incluída na submissão. Aprendizado: economia de tempo sem perda de responsabilidade.

    Como validamos

    Consultamos diretrizes e cartilhas institucionais brasileiras e exemplos de políticas editoriais para construir recomendações práticas [F2] [F1] [F6]. Também consideramos reportagens e análises de especialistas que discutem limitações de evidência empírica recente [F3] [F4]. Em campo, a validação veio de comparação entre modelos de declaração sugeridos por universidades e práticas recomendadas em manuais.

    Conclusão rápida e chamada à ação

    Resumo: use IA como assistente; documente prompts, verifique referências manualmente e declare o uso conforme a política da sua instituição. Ação prática: antes de submeter qualquer texto, rode a checagem de similaridade institucional e registre um log com prompt, versão da ferramenta e alterações.

    Recurso institucional recomendado: consulte a cartilha da sua pró‑reitoria ou biblioteca.

    FAQ

    Preciso declarar o uso de IA na minha proposta de mestrado?

    Sim; declare o papel da ferramenta e mantenha logs para evitar mal‑entendidos na avaliação. Inclua a declaração na metodologia como prova de supervisão humana.

    A checagem antiplágio detecta texto gerado por IA?

    Não necessariamente; ferramentas de similaridade detectam sobreposição com textos existentes, não autoria. Próximo passo: sempre verifique manualmente citações e fontes e gere registro de verificação.

    Posso usar IA para escrever o capítulo de discussão?

    Não é recomendável; discussões exigem interpretação original. Use IA apenas para esboços e, em seguida, reescreva com sua voz crítica antes da submissão.

    O que anotar no log de uso da IA?

    Documente prompt, data, versão da ferramenta e as alterações que você fez no texto gerado para evidenciar supervisão humana. Próximo passo: mantenha esse log junto com a versão final do documento.

    E se meu orientador proibir IA?

    Negocie um uso limitado e transparente, por exemplo revisão gramatical apenas, e mostre registros de uso para construir confiança. Se necessário, proponha um teste controlado com logs para demonstrar segurança.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.

    Atualizado em 24/09/2025


  • Como usar IA na escrita acadêmica sem perder autoria

    Como usar IA na escrita acadêmica sem perder autoria

    Muitas candidatas sentem pressão por prazos curtos e risco de atraso ou problemas de integridade; isso pode comprometer bolsa ou submissões. Este texto mostra passos práticos, checklists e exemplos que permitem usar IAG como auxílio produtivo sem perder autoria nem responsabilidade intelectual, com ações que pode aplicar já nas próximas sessões (em 7–14 dias).

    Muitas candidatas a mestrado sentem-se pressionadas: prazo curto, produção de texto e a sensação de que a IA fará tudo por você. Este texto mostra como usar ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (IAG) como auxílio produtivo, preservando sua autoria e responsabilidade intelectual.

    Por que confiar: orientações institucionais e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial recomendam registro e transparência no uso de IAG, reduzindo riscos como alucinações e problemas de integridade [F1][F2]. A seguir, você terá passos práticos, checklists e exemplos reais para começar hoje.

    Usar IA de forma correta pode acelerar rascunhos, clarear argumentos e organizar literatura sem substituir seu julgamento.

    Defina um propósito claro, registre versões e prompts, verifique todas as afirmações em fontes primárias e declare o uso no manuscrito; mantenha sempre a revisão final humana e a autoria intelectual sua.

    Perguntas que vamos responder


    Vale a pena usar IA no mestrado?

    Conceito em 1 minuto

    IA generativa oferece sugestões de texto, sumarização e revisão de estilo. O ganho real é em tarefas repetitivas e organizacionais, liberando tempo para pensar hipóteses, analisar dados e discutir resultados, ou seja, para o trabalho intelectual que define sua autoria.

    O que os dados e guias mostram [F1]

    Guias universitários e políticas nacionais apontam benefícios de produtividade, mas alertam para riscos de alucinação e vieses; por isso recomendam registro, verificação e declaração do uso [F1][F2]. Ferramentas são apoio, não substituto.

    Checklist rápido para decidir

    • Defina objetivo concreto: clarear argumento, revisar estilo, resumir 5 artigos.
    • Escolha output limitado: por exemplo, gerar bullet points, não uma seção inteira sem revisão.
    • Estabeleça responsabilidade: você revisa, corrige e aprova tudo.

    Quando não funciona: se seu problema for interpretação conceitual profunda, não use IA para decidir teoria ou método; consulte o orientador e priorize leitura crítica.

    Quais ferramentas e versões devo escolher?

    Laptop e tablet com janelas de ferramentas abertas e anotações sobre a mesa, vista aérea
    Representa a comparação e registro de ferramentas e versões para garantir reprodutibilidade.

    Conceito em 1 minuto

    Ferramentas variam em capacidade e em risco de alucinação. Versão e data do modelo importam para reprodutibilidade e auditoria: registre-os sempre.

    O que os guias recomendam [F1][F3]

    Universidades e centros de pós-graduação sugerem preferir plataformas com políticas claras de privacidade e possibilidade de exportar histórico de prompts, além de registrar versão/data do modelo para cada uso [F1][F3].

    Passo a passo para escolher

    • Liste necessidades: tradução, sumarização, revisão de linguagem, busca de literatura.
    • Priorize ferramentas com registro de sessão e controle de dados.
    • Teste com um mesmo prompt, compare respostas e registre a versão usada.

    Limite prático: ferramentas gratuitas podem não oferecer controle de versão e histórico exportável. Neste caso, registre prints, copie prompts e respostas e guarde localmente com data.

    Como garantir autoria, evitar plágio e manter integridade?

    Conceito em 1 minuto

    Autoria intelectual significa concepção, análise e redação final por você. Use IA somente como assistência e declare seu papel; checagens de originalidade continuam obrigatórias.

    O que as políticas institucionais exigem [F1][F2]

    Guias e o PBIA exigem transparência sobre o uso de IAG, incluindo indicação de quais partes do texto foram assistidas e registro de prompts/versões. Isso protege você de acusações de má conduta e torna seu processo auditável [F1][F2].

    Checklist prático de integridade

    • Documente: qual objetivo, prompts usados, versão/data do modelo.
    • Verifique fatos: confirme cada afirmação com fonte primária antes de incluir.
    • Cheque originalidade: passe o texto por detector de plágio e por revisão humana.

    Cenário onde falha: se a IAG gerar citações inventadas, não publique sem checar; substitua por referências primárias ou omita a afirmação até confirmar.

    Passo a passo prático para integrar IA na redação

    Conceito em 1 minuto

    Trabalhe em ciclos curtos: pedir um esboço, revisar com foco crítico, corrigir fontes, reescrever manualmente e documentar tudo.

    Exemplo real e autoral

    Como orientadora, pedi a uma aluna que gerasse um resumo de 200 palavras sobre 6 artigos e me trouxesse a lista de citações. Ela usou IA para o rascunho inicial; eu e ela verificamos cada citação nas fontes originais, reescrevemos trechos e incluímos nota de uso no método. Resultado: rascunho mais rápido e aprendizado aprofundado para a aluna.

    Mãos assinalando citações em documento impresso, com lista de referências ao lado, close-up
    Mostra a verificação manual de citações e a revisão humana necessária para preservar autoria.

    Passo a passo aplicável hoje

    Checklist em prancheta ao lado de laptop e notas adesivas, em mesa organizada, visão de cima
    Ilustra o fluxo prático para sessões com IA: definir objetivo, registrar prompts e revisar resultados.
    • Defina objetivo por sessão, por exemplo: “resumir 3 artigos sobre método X”.
    • Use prompt explícito: peça justificativas e indique que nenhuma referência deve ser inventada.
    • Verifique cada referência nas bases e corrija afirmações factuais.
    • Reescreva pelo menos 30% do texto sugerido pela IA com sua voz.
    • Registre prompts e versões em um arquivo de log.

    Limite: não delegue interpretação dos seus dados à IA. A definição de hipóteses e a discussão interpretativa são exclusivamente sua responsabilidade.

    Como documentar e declarar o uso de IAG?

    Conceito em 1 minuto

    Documentação significa transparência: onde, como e com que objetivo você usou IAG. Declare na metodologia, nos agradecimentos ou em repositórios quando as políticas dos periódicos exigirem.

    O que as diretrizes recomendam [F1][F3][F5]

    Guias acadêmicos e recomendações internacionais sugerem registrar prompts, versão/data do modelo e explicar o papel da IAG no processo de pesquisa; UNESCO também oferece orientações para educação e pesquisa [F1][F3][F5].

    Template rápido para declaração no manuscrito

    Na metodologia: “Algumas fases da revisão de literatura e edição de estilo usaram IAG (modelo X, versão Y, data). Todas as afirmações foram verificadas por autora.”

    No repositório: anexe um arquivo com prompts e histórico de versões.

    Quando não declarar: nunca. O maior risco é omissão; se houver incerteza, declare e explique o nível de participação da IAG.

    Quais erros comuns devo evitar?

    Mesa bagunçada com papéis amassados, laptop e anotações dispersas, simbolizando falhas de revisão
    Lembra práticas a evitar na escrita com IA: submeter sem verificar e aceitar referências não checadas.

    Conceito em 1 minuto

    Erros recorrentes: usar IA como atalho para escrever seções inteiras sem revisão, aceitar referências geradas sem checar e não registrar o processo.

    O que os estudos e guias apontam [F2][F4]

    Relatos e diretrizes nacionais enfatizam que a falta de verificação e de transparência leva a casos de má conduta e prejuízo reputacional; práticas institucionais já pedem registros e auditoria [F2][F4].

    Checklist de prevenção

    • Nunca submeta texto não verificado.
    • Nunca aceite referências sem checar nas fontes primárias.
    • Mantenha controle de versões e backups.

    Cenário de exceção: em rascunhos pessoais muito iniciais você pode explorar respostas livres, mas arquive essas interações e marque claramente que são rascunhos experimentais.

    Como validamos

    Nossa orientação integra guias institucionais e documentos nacionais: analisamos o guia de uso ético de IAG de universidades, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial e diretrizes de órgãos internacionais, buscando práticas replicáveis em ambiente brasileiro [F1][F2][F3][F5]. Priorizei fontes institucionais e recomendações aplicáveis a programas de mestrado.

    Conclusão e próximos passos

    Use IA como ferramenta para ganhar tempo e qualidade, mantendo sua autoria e responsabilidade intelectual. Ação imediata: consulte o guia da sua instituição e registre hoje mesmo um modelo de log com prompts e versão do modelo. Recurso institucional útil: procure o núcleo de apoio à pesquisa ou a biblioteca da sua universidade para orientações e templates locais.

    FAQ

    Preciso declarar IA no resumo do artigo?

    Sim: declare o uso quando ele impactar metodologia ou texto. Declare onde o uso de IAG teve impacto na metodologia ou no texto e seja específico na seção de métodos ou nos agradecimentos. Inclua essa declaração na seção de métodos ou nos agradecimentos conforme as normas do periódico.

    Posso usar IA para traduzir um artigo?

    Sim: IA pode gerar um rascunho de tradução com ganho de tempo. Use para rascunho de tradução, mas revise terminologia técnica e confirme equivalências com glossários disciplinares. Próximo passo: revise termos técnicos com um glossário da sua área antes de finalizar.

    Como registro prompts sem expor dados sensíveis?

    Registre versão e data do modelo sem incluir dados pessoais. Anote a versão do modelo, a data e o texto do prompt, mas remova trechos que contenham dados pessoais ou confidenciais antes de armazenar. Ação prática: armazene apenas prompts sanitizados em repositório protegido.

    Ferramentas gratuitas são seguras?

    Podem ser úteis, mas exigem cautela. Verifique política de dados e histórico de versões; se não houver controle, faça o registro manual e evite conteúdo sensível. Próximo passo: avalie a política de privacidade antes de subir dados de pesquisa.

    E se a IA inventar uma citação?

    Não use sem checar: citações inventadas comprometem integridade. Não use sem checar. Substitua pela fonte primária ou remova a afirmação até confirmar. Ação imediata: confirme cada citação nas bases originais antes de incluir no manuscrito.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • Como gerar perguntas de pesquisa em minutos sem perder rigor

    Como gerar perguntas de pesquisa em minutos sem perder rigor

    Você está perdida entre PDFs, prazos e a pressão de ter uma pergunta original para o mestrado, correndo risco de atrasar a defesa ou perder bolsa se não avançar. Este guia prático mostra um fluxo testado para gerar 8–12 perguntas acionáveis e verificáveis em menos de 30 minutos, com templates de prompt, checklist de validação e limites éticos claros.

    Prova rápida: diretrizes e relatórios recentes indicam protocolos de transparência e validação para IAs na pesquisa, portanto o uso é viável desde que documentado [F1][F6]. Abaixo: fluxo em minutos, templates de prompt, checklist de validação e limites para evitar perguntas espúrias.

    Usando 10 artigos representativos e um prompt organizado, você consegue gerar 8–12 perguntas classificadas por originalidade e viabilidade em menos de 30 minutos. Escolha SciSpace para perguntas ancoradas em citações e ChatGPT para variação linguística, e valide cada item com 2–3 referências antes de incluí‑lo no projeto [F6][F1].

    Perguntas que vou responder


    Vale a pena usar IA para gerar perguntas de pesquisa?

    Conceito em 1 minuto

    IA treinada em artigos significa modelos que indexam PDFs, metadados e citações para mapear redes de referência e lacunas. O objetivo aqui não é substituir o pesquisador, mas acelerar a triagem e sugerir pontos de partida para hipóteses e variáveis.

    O que os dados mostram [F1]

    Relatórios institucionais mostram que fluxos bem documentados reduzem risco reputacional e aumentam produtividade, desde que haja validação humana posterior [F1]. Estudos de uso prático apontam ganho de tempo na fase exploratória, com necessidade de checagem por bibliotecários e orientadores [F6].

    Checklist rápido: decidir quando usar

    1. Use quando precisar de muitas ideias iniciais.
    2. Evite quando a originalidade total for mandatória sem precedentes.
    3. Sempre registre o corpus e versões do modelo.

    Contraexemplo: se sua área exige revisão manual de todas as citações primárias, prefira buscas manuais e sínteses tradicionais.

    Mãos organizando PDFs e anotações sobre a mesa, montagem ágil de um corpus de pesquisa
    Mostra a seleção rápida de artigos e a organização do corpus para alimentar a IA no processo exploratório.

    Como preparar um corpus em poucos minutos?

    Conceito em 1 minuto

    Corpus é o conjunto de textos que alimentará a IA. Para um mestrado, 10 artigos bem escolhidos são suficientes para gerar perguntas iniciais; amplie para 20–30 se a subárea for muito fragmentada.

    O que os dados mostram [F6]

    Ferramentas agentic que leem PDFs e cruzam citações tendem a encontrar lacunas baseadas em redes de referência; LLMs com contexto preferem padrões linguísticos e podem sugerir variações conceituais [F6]. No Brasil, orientações institucionais pedem cuidado com dados sensíveis e LGPD [F1].

    Passo a passo aplicável

    1. Seleção rápida: escolha 10 artigos centrais (revisões + 2–3 artigos recentes de alta relevância).
    2. Formato: PDFs e BIBs com metadados.
    3. Curadoria: peça ajuda ao(a) bibliotecário(a) para garantir cobertura.

    Contraexemplo: corpora heterogêneos demais geram perguntas vagas; se isso ocorrer, restrinja por revista ou intervalo temporal.

    Caderno com template de prompt ao lado de laptop e post-its, preparação do prompt para gerar perguntas
    Ilustra a criação do template de prompt e a organização de critérios para classificação de originalidade e viabilidade.

    Qual ferramenta escolher: SciSpace ou ChatGPT?

    Conceito em 1 minuto

    SciSpace Agent opera com leitura de PDFs e mapas de citações, bom para questões ancoradas em evidência. ChatGPT é útil para brainstorming e reformulação linguística, mas depende do contexto fornecido.

    O que os dados mostram [F6][F4]

    Relatos práticos e estudos comparativos indicam que agentes agentic produzem perguntas com referências citadas, enquanto LLMs excelam em criatividade e variação de escopo, exigindo validação de fontes [F6][F4].

    Checklist rápido de escolha

    1. Preciso de perguntas com citações diretas: escolha SciSpace.
    2. Preciso de muitas variações linguísticas: escolha ChatGPT com contexto.
    3. Híbrido recomendado: gerar em ChatGPT, ancorar em SciSpace.

    Contraexemplo: usar apenas um LLM sem contexto costuma gerar ‘hallucinations’; se ocorrer, volte ao SciSpace ou à busca manual por citações.

    Como montar o prompt que funciona e classificar os resultados?

    Conceito em 1 minuto

    Prompt template deve conter objetivo, público, recorte temporal, nível de especificidade e pedido de classificação por originalidade/viabilidade. Clareza no papel do leitor ajuda muito.

    O que os dados mostram [F5]

    Templates padronizados aumentam a consistência dos resultados e são recomendados em guias de uso de IAs em educação, especialmente quando acompanhados de critérios de avaliação para originalidade e viabilidade [F5].

    Template e passo a passo aplicável

    "Sou mestranda em [subárea]. Objetivo: gerar 10 perguntas de pesquisa originais sobre [tema], recorte 2018–2024, níveis: exploratória/confirmatória/metodológica; classifique por originalidade (alta/média/baixa) e viabilidade (alta/média/baixa). Forneça 2 referências que suportem cada pergunta."

    Teste: gere 8–12 perguntas, depois valide as referências. Contraexemplo: prompts vagos geram perguntas genéricas; se isso acontecer, adicione exemplos de perguntas que você considera boas.

    Checklist e documentos sobre a mesa, simbolizando validação e documentação para propostas e ética
    Representa o registro do corpus, prompt e verificações necessárias para garantir conformidade ética e documental.

    Como validar e documentar para propostas e ética?

    Conceito em 1 minuto

    Validação é procurar evidência direta para cada pergunta: artigo-ano-autoria que justifique a lacuna. Documentação consiste em registrar corpus, prompt, versão do modelo e critérios de seleção.

    O que os dados mostram [F1][F2]

    Diretrizes nacionais recomendam registro de procedimentos, declaração de uso de IA em anexos de proposta e checagem de vieses reproduzidos pelo corpus. Agências e universidades pedem transparência sobre algoritmos e versões [F1][F2].

    Passo a passo aplicável

    1. Para cada pergunta, anote 2–3 artigos que a suportem (autor, ano, periódico).
    2. Registre prompt, corpus e versão do modelo em anexo.
    3. Peça revisão do orientador(a) e do(a) bibliotecário(a).

    Contraexemplo: não submeter essa documentação pode comprometer aprovação; caso haja restrição institucional, siga a política local e inclua justificativa.

    Quais erros comuns e quando não usar a IA?

    Conceito em 1 minuto

    Erros incluem: confiar cegamente nas perguntas, aceitar referências inventadas e uso de corpus enviesado. Há cenários em que a IA não é indicada, por exemplo pesquisas de campo com dados sensíveis sem anonimização.

    O que os dados mostram [F1][F6]

    Relatórios mostram incidentes de geração de referências inexistentes e viéses corpóreos; por isso validação humana e documentação são mandatos éticos em muitas instituições [F1][F6].

    Checklist de prevenção e alternativa

    1. Sempre verifique cada referência.
    2. Compare perguntas geradas com revisão manual rápida.
    3. Se houver dados sensíveis, consulte o comitê de ética antes de incluir PDFs no corpus.

    Alternativa: se a área exige primazia documental, conduza revisão manual guiada por um(a) bibliotecário(a).

    Mãos escrevendo plano de pesquisa com fluxogramas e anotações, transformando pergunta em objetivo operacional
    Demonstra a conversão de uma pergunta sugerida pela IA em um objetivo de mestrado operacionalizável.

    Exemplo autoral: transformar pergunta em objetivo de mestrado

    Condição inicial: IA sugeriu “Como variações metodológicas em análise qualitativa alteram a interpretação da saturação teórica em estudos sobre práticas docentes?” Transformação: objetivo concreto para proposta, operacionalização e variável dependente.

    1. Definir população e amostra.
    2. Escolher método qualitativo específico.
    3. Operacionalizar saturação como número de entrevistas até tema recorrente; propor instrumentação e análise.

    Isso virou um objetivo claro para uma candidata a mestrado que conheço.

    Como validamos

    Comparámos as recomendações do fluxo com documentos institucionais e guias de uso de IA no Brasil, e testámos o prompt-template com um corpus de 10 artigos em exemplo prático. Além disso, consultámos relatórios que tratam de transparência e riscos para confirmar exigências de documentação e validação [F1][F6].

    Conclusão e próximo passo

    Resumo: com corpus bem escolhido, ferramenta adequada, prompt estruturado e checagem imediata, você pode gerar perguntas de pesquisa úteis em minutos, sem sacrificar rigor. Ação prática: teste o fluxo com 10 artigos da sua subárea, use o prompt-template acima e valide três perguntas manualmente antes de anexar ao projeto.

    FAQ

    Quantos artigos devo usar como corpus?

    Tese: Para um início, 8–12 artigos são suficientes. Próximo passo: selecione 8–12 artigos equilibrando revisões recentes e estudos empíricos centrais.

    Posso usar só ChatGPT para todo o processo?

    Tese: Pode, para brainstorm, mas combine com ferramentas que ancorem citações. Próximo passo: gere ideias em ChatGPT e verifique em SciSpace ou base acadêmica.

    E se a IA sugerir uma referência que não existe?

    Tese: Verifique imediatamente em bases acadêmicas antes de confiar na referência. Próximo passo: verifique imediatamente no Scopus, Google Scholar ou SciSpace e descarte referências falsas.

    Como registrar o uso da IA na minha proposta?

    Tese: Inclua um anexo com corpus, prompt, versão do modelo e critérios de seleção. Próximo passo: prepare o anexo com evidência do corpus e a versão do modelo usada.

    A IA pode prejudicar minha originalidade?

    Tese: Só se você aceitar perguntas sem validar. Próximo passo: transforme 2–3 perguntas em objetivos operacionais e faça busca manual por similaridade.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • Como usar IA para acelerar aprovação de artigos sem perder integridade

    Como usar IA para acelerar aprovação de artigos sem perder integridade

    Você está terminando a graduação ou já formou e quer entrar no mestrado; a pressão por publicar é real, o tempo é curto e as regras editoriais estão mudando. Problema: como ganhar velocidade sem arriscar ética, veracidade e chance de rejeição por práticas inadequadas.

    Propósito: neste texto você vai aprender passos práticos para aplicar IA na escrita acadêmica de forma responsável, desde escolhas de ferramenta até declaração editorial. Prova: as diretrizes recentes recomendam transparência, registro e supervisão humana, práticas que reduzem retrabalhos e aceleram submissões [F1] [F2]. Preview: perguntas frequentes, ferramentas, documentação, verificação, privacidade, checklist prático e um exemplo autoral.

    Usar IA pode reduzir horas de edição, pesquisa e formatação se você tratar a ferramenta como assistente, documentar prompts e validar manualmente todas as saídas; siga políticas institucionais e declare o uso no manuscrito para preservar integridade e evitar retrabalho editorial [F1] [F2].

    Perguntas que vou responder


    Vale a pena usar IA em artigos acadêmicos?

    Explicação em 1 minuto

    IA para escrita acadêmica ajuda em tarefas repetitivas: rascunhos iniciais, revisão linguística, sumarização de literatura, geração de figuras e automação de scripts analíticos. Ela reduz tempo gasto em trabalho mecânico, liberando você para a parte intelectual do manuscrito.

    O que os estudos mostram [F2]

    Pesquisas indicam ganho de produtividade e melhor apresentação quando IA é usada como assistente, mas destacam riscos de geração de conteúdo impreciso e necessidade de supervisão humana [F2] [F1]. Instituições brasileiras também estão publicando orientações para uso responsável [F4] [F5].

    Passos práticos para decidir se vale a pena

    1. Liste tarefas do seu manuscrito que são mecânicas.
    2. Priorize automações de edição, triagem de literatura e scripts repetíveis.
    3. Teste em um capítulo ou seção pequena e meça tempo economizado.

    Quando não funciona: se o objetivo for produzir argumentos conceituais originais sem revisão intensa, IA ajuda pouco; nesses casos, concentre esforço em discussão intelectual e use IA apenas para formatar e revisar.


    Mesa com laptop, caderno e artigos impressos, indicando seleção de ferramentas e workflow

    Quais ferramentas usar e quando?

    Conceito rápido e categorias úteis

    Existe uma distinção operacional: modelos de linguagem para rascunhos e prompts, ferramentas de qualidade linguística e formatação, e pipelines de extração/triagem para revisão de literatura. Cada categoria tem papéis distintos na produção do manuscrito [F2].

    Exemplo prático de combinação eficaz [F2]

    Use LLMs para gerar esboço de seções, ferramentas de linguagem para polir estilo e gramática, e pipelines de extração para mapear literatura relevante. Artigos que combinaram essas etapas relataram submissões mais rápidas e menos revisões editoriais [F2].

    O que orientações e políticas recomendam [F1] [F4]

    Documento impresso com trechos destacados, caneta e óculos sobre mesa, simbolizando políticas e orientações

    Priorize transparência, registro de versões e supervisão humana: documente versões, provedores e prompts para auditoria. No Brasil, orientações institucionais reforçam a necessidade de declaração e contratos específicos para tratamento de dados [F4] [F5].

    Como escolher e integrar ferramentas

    • Mapeie tarefas e associe categoria de ferramenta.
    • Priorize ferramentas com histórico de uso acadêmico e possibilidade de controle local.
    • Documente versões, provedores e prompts.

    Quando não funciona: ferramentas generalistas sem controle de dados podem gerar informações erradas; se trabalha com dados sensíveis, prefira soluções locais ou licenciadas pela sua IES [F5].


    Como documentar e declarar no manuscrito

    O que incluir em duas linhas no artigo

    Declare no método ou nos agradecimentos quais ferramentas foram usadas, versão, fornecedor e papel exato, por exemplo: “Modelos de linguagem X (versão Y) foram usados apenas para revisão de linguagem; todos os conteúdos foram verificados pelos autores.” Isso reduz dúvidas editoriais [F1].

    O que orientações e políticas recomendam [F1] [F4]

    Editoras e comitês recomendam transparência e manutenção de registros (prompts e versões). No Brasil, cartilhas e diretrizes institucionais reforçam a necessidade de declaração e treinamento institucional [F4] [F5].

    Template prático para incluir no manuscrito

    • Ferramenta, versão e fornecedor.
    • Papel exato (ex.: edição de linguagem, resumo de literatura, geração de figuras).
    • Afirmação de revisão humana e verificação de dados.

    Quando não funciona: se o uso de IA foi extenso e sem supervisão, declarar não repara automaticamente problemas de integridade; antes da submissão, corrija conteúdo gerado e anexe registros para auditoria.


    Como evitar hallucinations, plágio e erros numéricos

    Entenda o problema em 1 minuto

    Hallucinations são afirmações fabricadas por modelos. Plágio pode ocorrer se trechos gerados replicarem textos existentes. Erros numéricos aparecem quando modelos fabricam estatísticas ou cálculos; tudo isso compromete integridade editorial.

    O que a literatura recomenda [F1] [F2]

    Diretrizes enfatizam verificação humana, fact checking de todas as saídas e uso de detectores de plágio e checagem de referências. Ferramentas de reprodutibilidade e anexos com scripts reduzem dúvida editorial [F1] [F2].

    Checklist em prancheta ao lado de laptop com dados, mão marcando itens, antes da submissão

    Passo a passo de verificação antes da submissão

    1. Verifique cada afirmação factível com fonte primária.
    2. Rode detector de plágio em rascunhos.
    3. Recalcule tabelas e estatísticas com seus scripts, anexando-os como material suplementar.

    Quando não funciona: em revisões rápidas com pouca checagem, erros passam para a versão final; solução: agende uma rodada dedicada de verificação por coautores antes de submeter.


    Privacidade, dados pessoais e conformidade com LGPD

    O que você precisa saber em 60 segundos

    Não envie dados sensíveis a serviços sem contrato ou cláusula de uso de dados. Ferramentas hospedadas em terceiros podem reter entradas, o que exige cautela sob LGPD.

    Posição institucional e recomendações brasileiras [F5] [F4]

    Universidades no Brasil têm orientações para uso local ou licenciado, e recomendam contratos específicos para tratamento de dados em nuvem. Centros como IBICT e institutos de pesquisa estão publicando políticas e cartilhas [F4] [F5].

    Checklist prático de proteção de dados

    • Classifique seus dados como sensíveis ou não.
    • Evite upload de dados sensíveis a LLMs públicos.
    • Peça à sua IES opções de ferramentas licenciadas ou execução local.

    Quando não funciona: se você já enviou dados identificáveis sem autorização, informe a comissão de integridade e siga procedimento institucional para mitigar risco.


    Checklist pré‑submissão que acelera aprovação

    O que este checklist resolve em poucas linhas

    Mãos entregando manuscrito sobre mesa com cronômetro e papéis organizados, mostrando aceleração do processo

    Organizar documentação, transparência e verificações diminui pedidos de revisão por parte do editor e revisores, reduzindo ciclos de retrabalho e tempo até a aceitação.

    Exemplo autoral: como meu grupo acelerou uma submissão

    Em nosso laboratório, usamos IA para rascunho e revisão linguística; registramos prompts, rodamos detectores, anexamos scripts no repositório e incluímos nota de métodos. O resultado: menos pedidos de revisão de formato e retorno mais rápido do editor.

    Checklist rápido para anexar à submissão

    • Declaração de uso de IA no manuscrito (ferramentas, versão, papel).
    • Registro de prompts e versões: arquivo suplementar.
    • Scripts reprodutíveis e dados não sensíveis no repositório.
    • Relatório de verificação: plágio, fact checking, checagem de números.
    • Aprovação/parecer interno da comissão de integridade ou orientador.

    Quando não funciona: se o periódico exige política diferente, alinhe-se às instruções do editor; políticas variam entre periódicos internacionais e nacionais.


    Como validamos

    A recomendação aqui foi construída a partir da literatura e das diretrizes citadas na pesquisa, incluindo estudos sobre produtividade e riscos [F2], orientações editoriais sobre transparência [F1], e documentos institucionais brasileiros sobre políticas de IA na redação científica [F4] [F5]. Integramos essas fontes com práticas de laboratório e um exemplo real autoral para indicar passos aplicáveis.

    Conclusão e próxima ação

    Resumo: é possível acelerar a aprovação sem perder integridade ao tratar IA como ferramenta auxiliar, documentar uso, validar todas as saídas, proteger dados e seguir checklists institucionais. Ação prática imediata: atualize o manuscrito com uma declaração curta de uso de IA, gere um arquivo com prompts e scripts e peça um parecer interno antes de submeter. Recurso institucional recomendado: consulte as diretrizes da sua universidade ou a cartilha do IBICT para padronizar declarações e contratos de dados [F4] [F5].

    FAQ

    Preciso declarar o uso de IA em todo periódico?

    Sim: declarar o uso sempre que IA contribuiu para conteúdo do manuscrito reduz riscos editoriais. Próximo passo: inclua uma frase curta no método ou nos agradecimentos antes de submeter.

    Posso usar IA para gerar resultados estatísticos?

    Não sem verificação: evite confiar em cálculos gerados por IA sem validação. Próximo passo: rode os cálculos em seu próprio código e anexe scripts reprodutíveis ao material suplementar.

    Como guardar prompts e versões de forma prática?

    Use repositório seguro: armazene prompts e metadados em um repositório privado da IES ou em arquivo zip com registro temporal. Próximo passo: anexe um sumário dos arquivos ao material suplementar.

    Ferramentas gratuitas são perigosas para dados sensíveis?

    Sim: evite enviar dados sensíveis a serviços públicos sem contrato. Próximo passo: prefira execução local, soluções licenciadas pela IES ou anonimização robusta antes do upload.

    Detector de IA garante que não terei problemas com o periódico?

    Não: detectores são auxiliares e não substituem documentação e revisão humana. Próximo passo: combine detector com registro de prompts e revisão por coautores antes da submissão.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • 7 passos para usar IA na escrita acadêmica sem perder profundidade

    7 passos para usar IA na escrita acadêmica sem perder profundidade

    Você teme que a IA produza textos bem escritos, porém vazios, e que isso comprometa sua aprovação no mestrado; esse risco inclui perda de credibilidade e rejeição em bancas quando a contribuição teórica não fica clara. Aqui você encontra práticas concretas e um fluxo prático em 5 passos para usar IA como apoio sem abrir mão da profundidade, com registro simples e verificação orientada, aplicáveis em 7–14 dias de revisão intensa.

    Perguntas que vou responder


    Por que o uso de IA pode levar à superficialidade

    Conceito em 1 minuto: o problema central

    IA generativa pode produzir textos coesos e bem redigidos, porém sem síntese crítica real; superficialidade aqui significa texto formalmente correto, mas pobre em argumento, revisão bibliográfica fragmentada e produção por ajuste mínimo do conteúdo gerado pela máquina.

    O que os estudos mostram sobre riscos e padrões [F1] [F3]

    Pesquisas destacam que modelos de linguagem tendem a replicar vieses e padrões de superfície, sem criar contribuição teórica autêntica, e que práticas sem transparência elevam riscos reputacionais em contextos acadêmicos [F1] [F3]. No Brasil, debates institucionais reforçam a necessidade de formação e regras claras [F6].

    Checklist em prancheta sobre mesa com caneta, cadernos e marca-textos, vista de cima.
    Ilustra um checklist prático para identificar trechos superficiais e orientar revisão imediata.

    Checklist rápido para identificar superficialidade (faz agora)

    1. Leia o parágrafo procurando argumento novo, não apenas reescrita de fontes.
    2. Verifique se há síntese crítica entre autores ou apenas enumeração de citações.
    3. Marque frases que soam genéricas e peça para explicar a etapa metodológica associada.
    4. Se a IA gerou mais de 30% do texto de uma seção sem revisão conceitual, reescreva você mesma.

    O que fazer quando isso não funciona: se seu projeto exige escrita rápida por prazo curto, usar IA para ganhar tempo funciona, mas não para substituir construção de hipótese; nesse caso, priorize sessões intensas de revisão com orientador e registre claramente as partes geradas pela IA.

    Fluxo de trabalho prático para preservar profundidade

    Conceito em 1 minuto: processo com papéis claros

    Organize etapas onde você gera ideias, a IA ajuda com forma e feedback, e você reconstrói o argumento e a síntese; separe geração de conteúdo de edição e de curadoria.

    Exemplo real na prática e evidência de eficácia [F3]

    Em turmas que oriento, adotei este fluxo: rascunho humano → IA para feedback de coesão → reescrita conceitual pelo aluno → submissão ao orientador. Observamos melhora na clareza sem perda de originalidade, e maior aproveitamento em bancas quando o aluno registrou prompts e mudanças [F3].

    Mapa mental em 5 passos para aplicar (faça junto)

    1. Intenção: escreva em 2 frases a contribuição investigativa.
    2. Rascunho inicial: produza seu texto sem IA por pelo menos uma sessão.
    3. IA como editor: peça revisão de fluxo, coesão e sugestões de título de subseções.
    4. Revisão crítica: reescreva trechos que não acrescentam argumento, conecte citações.
    5. Validação: envie ao orientador com log de prompts e versões.

    Esse fluxo exige tempo; se você está sob pressão extrema, reduza o uso de IA à edição final e negocie com seu orientador prazos realistas para revisões profundas.

    Mãos anotando em caderno ao lado de laptop, registro de uso em destaque.
    Sugere um registro simples de sessões e prompts para documentar o uso de IA.

    Como documentar e declarar o uso de IA sem complicar sua vida

    Conceito em 1 minuto: registro como prova de agência

    Registrar ferramenta, versão, prompts e alterações protege sua autoria, facilita a revisão pelo orientador e demonstra transparência em submissões e defesas.

    O que orientações e diretrizes sugerem [F4] [F7]

    Guias emergentes sugerem incluir uma declaração de uso de IA na submissão e manter logs que mostrem decisões autorais. Redes acadêmicas e editoras pedem documentação que distinga sugestões da IA da contribuição intelectual humana [F4] [F7].

    Template de registro simples (faça agora)

    • Ferramenta e versão: exemplo, ChatModel X, v.2.1.
    • Data e hora da sessão.
    • Prompt original usado.
    • Trecho gerado pela IA (copiar) e versão final editada por você.
    • Justificativa do uso: objetivo e por que foi adequado.

    Registros muito detalhados podem dar trabalho; mantenha um formato mínimo obrigatório e combine com seu orientador o nível de detalhe exigido pela sua banca ou programa.

    Papel do orientador, do programa e da instituição

    Duas pessoas apontando para manuscrito impresso sobre mesa, discussão orientadora e validação.
    Ilustra a colaboração entre orientador e aluno na validação da autoria e profundidade do trabalho.

    Conceito em 1 minuto: responsabilidades distintas

    Estudantes mantêm autoria intelectual, orientadores monitoram contribuição e profundidade, e programas definem critérios e oferecem formação sobre uso responsável de IA.

    O que está mudando nas universidades brasileiras [F6] [F5]

    Relatos indicam que pró-reitorias e comissões discutem regras e que documentos de fomento e educação recomendam capacitação e políticas institucionais para uso de IA em trabalhos acadêmicos [F6] [F5].

    Checklist institucional para seu programa (faça pressão construtiva)

    • Exigir declaração de uso em submissões e em atas de defesa.
    • Oferecer oficinas sobre prompts, verificação de fontes e ética.
    • Definir níveis aceitáveis de intervenção da IA por tipo de trabalho.
    • Criar modelo de orientação para registro de uso entre aluno e orientador.

    Em programas sem suporte institucional, seja mais conservadora: priorize documentação pessoal e discuta expectativas com o orientador desde o projeto.

    Erros comuns que levam à perda de profundidade e como consertar

    Conceito em 1 minuto: os deslizes que vejo com frequência

    Erros típicos: confiar na IA para gerar seções inteiras, aceitar referências sem checagem e não revisitar o arcabouço teórico após edição automatizada.

    Artigos acadêmicos empilhados e lupa sobre texto, sugerindo verificação rigorosa de referências.
    Remete à checagem crítica de referências e sinais de baixa qualidade nas citações geradas pela IA.

    O que a literatura recomenda e sinais para ficar atenta [F8]

    Estudos indicam que o uso indiscriminado de IA aumenta citações pobres e informações sem revisão, o que reduz a robustez metodológica e teórica do trabalho [F8].

    Correções rápidas, passo a passo (faça já)

    1. Cheque cada referência sugerida pela IA; confirme título, autor e ano na base original.
    2. Reforce a síntese: para cada seção escreva uma frase que resuma a contribuição daquela seção para a pergunta de pesquisa.
    3. Substitua três frases geradas pela IA por três frases que expressem sua voz e raciocínio.

    Exemplo autoral: numa dissertação orientada recentemente, identifiquei uma seção com 70% de texto editado pela IA; pedi à autora que reescrevesse a conclusão de seção em voz ativa com ligações explícitas à hipótese, e a banca destacou a melhora substancial na argumentação.

    Se você não tem acesso a bases para checagem formal naquele momento, adie citações e marque como “verificar” em seu rascunho para não submeter informações não checadas.

    Como validamos

    Usamos a literatura e documentos indicados na pesquisa fornecida, experiências de orientação da equipe e práticas emergentes em universidades brasileiras para construir recomendações aplicáveis [F1] [F3] [F6]. Priorizamos medidas que aumentem agência do autor, transparência e conformidade com diretrizes institucionais, e testamos os fluxos em turmas orientadas pela equipe.

    Conclusão, resumo e chamada à ação

    Resumo: trate a IA como ferramenta de processo, não como autor; mantenha a intenção investigativa sua, use IA para edição e feedback, registre prompts e versões, e valide com o orientador antes da submissão.

    Ação prática agora: crie um arquivo chamado “Log de IA” no seu projeto e registre a próxima sessão de uso com data, prompt e saída bruta.

    Recurso institucional: consulte as diretrizes da sua pró-reitoria ou da secretaria do seu programa antes de submeter; converse com a biblioteca ou setor de ética sobre modelos de declaração de uso.

    FAQ

    Posso usar IA para resumir artigos que vou citar?

    Sim: a IA pode ser usada para resumir artigos desde que você confira a precisão das informações. Verifique as fontes originais, sintetize criticamente e reescreva em sua voz, apontando diferenças e limites do resumo automatizado.

    Próximo passo: abra o artigo original e confirme no mínimo três pontos que a IA mencionou.

    Tenho que declarar o uso de IA na minha defesa?

    Sim quando a instituição exige, e em qualquer caso declarar aumenta a transparência do processo. Uma declaração bem estruturada diferencia sugestões automatizadas da contribuição intelectual humana.

    Próximo passo: combine a declaração com o log de uso que você já mantém.

    E se meu orientador não entende de IA?

    Adote postura de explicação objetiva: mostre o fluxo, as evidências de revisão e o log para demonstrar controle autoral. Clarificar papéis evita mal-entendidos e protege sua autoria.

    Próximo passo: proponha uma reunião curta para alinhar expectativas e critérios de revisão.

    A IA pode ajudar na revisão linguística?

    Sim: revisão linguística é uma das aplicações mais seguras, desde que você verifique termos técnicos e mantenha a precisão conceitual. Use a IA para clareza, não para conteúdo inédito.

    Próximo passo: execute uma checagem final de termos técnicos com sua base de referências antes da submissão.

    Posso usar IA para gerar ideias de título ou estrutura?

    Sim: IA pode gerar sugestões úteis, mas não aceite a primeira opção como final; selecione e transforme ideias que conectem diretamente à sua pergunta de pesquisa.

    Próximo passo: gere três opções e escolha a que melhor expressa sua contribuição investigativa.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • Como usar IA na escrita acadêmica sem perder originalidade

    Como usar IA na escrita acadêmica sem perder originalidade

    Você corre o risco de perder autoria ao usar IA de forma pouco transparente, o que pode levar a reprovação ou retrabalho. Há risco concreto de questionamento institucional se funções não forem registradas; este texto apresenta práticas concretas, um modelo de declaração, e uma regra prática de 3 passos para integrar IA em cinco etapas da redação, protegendo sua originalidade e aumentando a chance de aprovação.

    Diagnóstico rápido: informacional, como fazer.

    Muitos mestrandos e recém-formadas sentem-se tentadas a deixar a IA fazer boa parte do texto, e com razão: produtividade chama atenção. O problema é quando a voz, a interpretação e a responsabilidade intelectual são diluídas ou mal declaradas, levando a reprovação ou retrabalho.

    Neste texto você vai aprender práticas concretas para usar ia sem perder autoria, como documentar ferramentas e prompts, e quais passos seguir antes de submeter a dissertação.

    Usar IA pode acelerar revisão e clareamento de texto, mas a aprovação depende de transparência: registre ferramenta, versão e prompts; edite tudo na sua voz; verifique fontes primárias; declare o uso na submissão; e valide com o orientador.

    Perguntas que vou responder


    Vale a pena usar IA no mestrado e na dissertação?

    Caneta vermelha corrigindo manuscrito impresso com lupa e teclado ao lado, vista próxima

    Sinaliza erros comuns e a importância de revisão e verificação antes da submissão.

    Conceito em 1 minuto

    IA na escrita acadêmica significa usar modelos de linguagem e ferramentas de auxílio para rascunhos, revisão linguística, extração de referências e síntese de literatura; a máquina apoia processos, não substitui a autoria intelectual que inclui concepção, análise e interpretação.

    O que as diretrizes e estudos mostram [F1][F2]

    Diretrizes brasileiras destacam ganhos de eficiência em revisão de literatura e clareamento textual, mas alertam para riscos de vieses, afirmações incorretas e problemas de autoria. Declaração de uso e documentação reduzem riscos e favorecem aceitação editorial [F1][F2].

    Checklist rápido para decidir

    • Liste a atividade: revisão, rascunho, edição ou análise auxiliar.
    • Pese benefício vs. risco: economia de tempo contra verificação de fatos.
    • Combine uso com validação humana: peça opinião do orientador antes de submeter.

    Quando isso não funciona, por exemplo quando a pesquisa exige análise crítica original e a IA propõe interpretações prontas: evite usar IA para gerar interpretações finais. Use-a apenas para organizar ideias e depois reescreva na sua voz.

    Mãos preenchendo formulário de declaração com laptop aberto ao lado, sobre a mesa

    Ilustra como documentar e declarar o uso de IA em submissões e bancas.

    Como declarar o uso de IA em submissões e na banca?

    Conceito em 1 minuto

    Declarar significa explicar qual ferramenta foi usada, em que etapa, versão e quais prompts ou parâmetros foram essenciais; a transparência demonstra responsabilidade intelectual e permite que avaliadores entendam a contribuição humana.

    Exemplos e recomendações de guias [F1][F6]

    Guias institucionais e manuais de uso apresentam modelos de declaração para métodos e acknowledgments. Universidades brasileiras oferecem templates que sugerem indicar: ferramenta, versão, data, finalidade e nível de automação [F1][F6].

    Modelo de declaração para incluir na submissão

    • Ferramenta: nome e versão.
    • Função: revisão de linguagem, geração de rascunho, extração de referências.
    • Data e prompts principais (resumo ou arquivo anexo).
    • Responsabilidade: autoras mantêm responsabilidade integral pelo conteúdo.

    Quando isso não funciona: se o periódico proíbe qualquer menção ou exige práticas específicas, siga a exigência do periódico e peça orientação do departamento; não omita informações por conta própria.

    Como garantir que a originalidade e a autoria fiquem com você?

    Conceito em 1 minuto

    Originalidade é a contribuição conceitual, metodológica e interpretativa do pesquisador; autoria exige que decisões intelectuais e responsabilidades finais sejam humanas e documentadas.

    Documentos institucionais sobre ética acadêmica e óculos sobre mesa de madeira

    Refere-se às políticas institucionais que orientam responsabilidades e boas práticas no uso de IA.

    O que os órgãos acadêmicos enfatizam [F5]

    Comitês de ética e princípios institucionais reiteram que autores humanos assumem responsabilidade por veracidade, interpretação e referências, mesmo quando a IA foi usada como ferramenta de apoio [F5].

    Passos práticos para manter autoria:

    • Reescreva interpretações e conclusões em sua voz.
    • Faça anotações de como a IA influenciou cada seção.
    • Inclua no anexo ou arquivo suplementar os prompts e outputs relevantes.

    Quando isso não funciona: se a IA gerou ideias substanciais que você não consegue justificar, rescinda o uso e desenvolva uma explicação humana; se necessário, discuta a situação com o orientador antes de declarar.

    Baixe a checklist de validação e compartilhe com seu orientador em 72h.

    Qual o passo a passo prático para integrar IA sem risco?

    Conceito em 1 minuto

    Trate a IA como uma ferramenta em etapas: planejamento, geração de bruto, edição humana, verificação e documentação; cada etapa tem controles mínimos.

    Checklist em prancheta, caneta e trechos de dissertação sobre mesa, vista de cima

    Apresenta um checklist prático para seguir as etapas de uso da IA em uma dissertação.

    Exemplo real na prática

    Exemplo autoral: numa orientação recente, usei IA para mapear 120 artigos e produzir um esboço; a orientanda validou cada síntese, reescreveu as seções de discussão e anexou os prompts. A banca elogiou a clareza; não houve questionamento sobre autoria.

    Passo a passo aplicável (foco em dissertação)

    1. Planeje: defina funções da ia no protocolo.
    2. Gere: use IA para rascunho inicial ou sumarização, marque outputs.
    3. Edite: reescreva tudo em sua voz, acrescente argumentação própria.
    4. Verifique: confira citações em fontes primárias e rode checagem de originalidade.
    5. Documente: registre ferramenta, versão, prompts e datas; anexe quando necessário.

    Quando isso não funciona: se houver dados originais analisados por IA cujo método não pode ser auditado, pare e escolha métodos transparentes reproduzíveis; prefira ferramentas com logs exportáveis.

    Quais ferramentas usar e como documentar seu processo?

    Conceito em 1 minuto

    Ferramentas vão de modelos de linguagem a geradores de citações; documentar envolve anotar nome, versão, parâmetros, prompts e escopo de uso.

    O que as diretrizes sugerem [F1][F3]

    Manuais e artigos recomendam registro detalhado de prompts, versão da ferramenta e data; também indicam não listar ferramentas como coautoras e sempre validar referências geradas automaticamente [F1][F3].

    Modelo de registro (template rápido)

    • Ferramenta: nome e versão.
    • Finalidade: revisão de literatura, rascunho, verificação linguística, análise auxiliar.
    • Prompts principais: guardar respostas e prompts em arquivo anexo.
    • Verificação: checar X% das referências e salvar evidências de checagem.

    Quando isso não funciona: ferramentas fechadas que não permitem histórico exportável dificultam auditoria; prefira softwares que registrem sessão ou mantenha logs manuais com capturas de tela.

    Quais erros comuns comprometem a aprovação e como evitá-los?

    Conceito em 1 minuto

    Erros típicos incluem: omissão da declaração de uso, confiar cegamente na IA para fatos, não reescrever interpretações e perda de controle sobre referências.

    Evidências de falhas e recomendações [F2][F3]

    Relatos institucionais mostram casos de rejeição por falta de transparência e de retratações por citações incorretas geradas por IA. Revisões cuidadosas e documentação reduzem essas ocorrências [F2][F3].

    Checklist de prevenção antes da submissão

    Quando isso não funciona: se você já submeteu e a instituição questionar a autoria, comunique o orientador e a pró-reitoria imediatamente; prepare documentação do uso e das verificações realizadas.

    Revisamos diretrizes institucionais brasileiras, posts de editoras e artigos acadêmicos compilados por comitês universitários. Cruzamos recomendações práticas com exemplos reais de orientação e com relatos institucionais sobre riscos e aceitações. Onde as normas variam, optamos por práticas conservadoras de transparência e documentação.

    Conclusão, resumo e chamada à ação

    Resumo: sim, você pode usar ia na escrita acadêmica sem perder originalidade se delimitar funções, documentar ferramentas e prompts, reescrever em sua voz, verificar fontes e declarar o uso.

    Ação prática agora: salve um arquivo com nome “Registro-IA-Nome-Data” listando ferramenta, versão, prompts e trechos gerados, e compartilhe com seu orientador.

    FAQ

    Preciso declarar o uso de IA na entrega ao programa?

    Sim: declarar o uso reduz o risco de questionamento posterior. Inclua a declaração e consulte o departamento para seguir as exigências locais.

    Posso usar IA para escrever a introdução inteira?

    Sim, como rascunho inicial, desde que a versão final seja sua: reescreva e acrescente suas ideias e citações primárias antes de submeter. Próximo passo: transforme o rascunho em texto com autoria claramente atribuída a você.

    Como registrar prompts sem expor dados sensíveis?

    Use um resumo essencial do prompt e remova dados pessoais: armazene em arquivo institucional seguro. Ação imediata: salve apenas o trecho necessário e mantenha a versão em repositório protegido.

    Ferramenta X produz citações erradas; e agora?

    Cheque diretamente as fontes primárias e corrija ou remova referências incorretas: não confie na IA para validação bibliográfica sem verificação manual. Próximo passo: valide as referências citadas e atualize o registro de verificação.

    O orientador diz que IA é proibida; como procedo?

    Respeite a orientação local e documente sua decisão: siga a política do orientador ou do colegiado. Se houver discordância, leve o tema ao colegiado ou à pró-reitoria com o guia institucional como suporte.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • Como usar IA com segurança e não arriscar sua aprovação no mestrado

    Como usar IA com segurança e não arriscar sua aprovação no mestrado

    Você enfrenta pressa, pressão por produção e dúvidas sobre até que ponto a inteligência artificial pode ajudar sem comprometer a integridade do seu trabalho; isso aumenta o risco de reprovação em comissões ou periódicos se não houver transparência. Este texto entrega uma regra prática de 3 passos para planejar, executar e documentar o uso de IAG de forma defensável, com checklists e templates que podem ser aplicados em 7–14 dias.

    Usar IA é aceitável se você tratá‑la como assistente, não autor. Planeje e declare o propósito, gere trechos curtos com prompts controlados, edite em sua voz e salve prompts e versões; rode verificador de similaridade e discuta com o orientador antes de submeter para reduzir risco de reprovação.

    Resumo em 1 minuto

    Perguntas que vou responder


    Vale a pena usar IA no mestrado?

    O que é e por que importa em 1 minuto

    Mesa com laptop, checklist e bloco de notas para planejar declaração do uso de IA

    Visualiza o registro prévio do propósito e ferramenta usado, útil para anexos e preâmbulo.

    IA generativa inclui modelos que produzem texto a partir de prompts. Usá‑la pode acelerar rascunhos e revisão de estilo, mas também pode introduzir texto parecido com fontes existentes ou afirmações sem referência; decida se o ganho operacional vale o risco de revisão por comitês ou periódicos.

    O que os dados e guias mostram [F2]

    Diretrizes de programas brasileiros recomendam transparência e registro prévio do uso, e estudos mostram políticas institucionais em evolução; não é uma opção puramente técnica, é uma decisão ética e metodológica [F2].

    Passo a passo aplicável: mapa de decisão rápido

    1. Identifique a finalidade: rascunho, estilo, revisão bibliográfica ou geração de ideias.
    2. Se for geração de conteúdo substantivo, prefira consulta conjunta ao orientador.
    3. Para revisão de linguagem, limite a intervenção e registre o processo.

    Checklist exclusivo: pequena tabela mental de decisão

    • Use IA como: brainstorming ou revisão de estilo
    • Evite IA como: gerador da seção de métodos ou resultados

    Cenário onde não funciona: em capítulos que requerem autoria intelectual original e inédita. O que fazer então: escreva à mão, peça coautoria técnica ao orientador ou use IA apenas para sugestões anotadas.

    Quais são os riscos de plágio e detecção?

    Relatório de similaridade aberto no laptop com mãos apontando trechos destacados

    Ilustra verificação de similaridade antes da submissão, mostrando trechos destacados para revisão.

    O que é e por que importa em 1 minuto

    Risco 1: similaridade textual com fontes indexadas. Risco 2: omissão de autoria quando texto gerado não é claramente declarado. Risco 3: ‘hallucinations’, ou fabricação de referências e fatos.

    O que os estudos mostram [F5]

    Pesquisas sobre IAG registram níveis relevantes de afirmações imprecisas e erros factuais quando modelos sintetizam informações sem fontes confiáveis; isso aumenta a chance de retratação ou reprovação se não houver verificação humana [F5].

    Checklist rápido para reduzir risco de plágio

    1. Gere trechos curtos, nunca capítulos inteiros.
    2. Use prompts que peçam referências e, mesmo assim, confirme cada fonte.
    3. Execute verificação de similaridade antes de submissão.

    Peça exclusivo: exemplo prático autoral

    • Exemplo: ao revisar um parágrafo criado por IA sobre um conceito teórico, identifique três referências primárias e reescreva o parágrafo relacionando‑as diretamente.

    Cenário onde não funciona: quando a banca exige comprovação de autoria intelectual original, sem ferramentas externas. O que fazer: documente claramente e obtenha aval por escrito do orientador; se recusarem, remova o trecho gerado.

    Como planejar e declarar o uso de IA?

    O que é e por que importa em 1 minuto

    Planejar e declarar significa registrar antes do uso o propósito, as ferramentas e o escopo da intervenção. Isso transforma uma prática opaca em procedimento defensável perante comissões e periódicos.

    O que os guias institucionais recomendam [F1] [F2]

    Documentos de universidades federais e recomendações de pós‑graduação pedem que estudantes informem o uso de IAG no preâmbulo do trabalho e anexem logs ou arquivos com prompts [F1] [F2].

    Passo a passo aplicável: template de declaração

    1. No projeto ou ata de orientação, descreva a ferramenta e a finalidade.
    2. No preâmbulo do trabalho, inclua uma seção curta sobre automações e ferramentas usadas.
    3. Anexe arquivo com prompts, versões e notas de edição.

    Template exclusivo: exemplo de frase para preâmbulo

    • “Parte deste texto foi produzida com auxílio de ferramenta X para revisão de estilo; todas as informações foram verificadas e editadas pela autora.”

    Cenário onde não funciona: orientador ou programa proíbe qualquer menção a IAG. O que fazer: siga a regra local e documente internamente a revisão humana detalhada.

    Como executar com controle para evitar erros factuais?

    O que é e por que importa em 1 minuto

    Controle significa cortar, editar e verificar. Não copie passagens da IA sem checar citações, dados e plausibilidade.

    O que as verificações práticas mostram [F5]

    Modelos tendem a usar padrões linguísticos, não validação factual. Revisões independentes e checagem de referências reduzem problemas detectados por avaliações sistemáticas [F5].

    Mãos editando manuscrito impresso com caneta vermelha e marca‑texto, revisão crítica de texto

    Mostra o processo de revisão crítica e edição manual de trechos gerados por IA.

    Passo a passo aplicável: roteiro de revisão crítica

    1. Gere o trecho com prompt claro e peça justificativas para cada afirmação.
    2. Busque as fontes citadas; se não existirem, descarte o trecho.
    3. Reescreva em sua voz e adicione referências primárias.

    Ferramenta exclusiva: roteiro de 5 perguntas para cada trecho gerado

    • Quem diz isso?
    • Onde está a fonte?
    • A afirmação é verificável?
    • Isso altera a argumentação central?
    • Preciso do consentimento do orientador?

    Cenário onde não funciona: geração massiva de texto pouco supervisionado. O que fazer: reescreva manualmente e use IA apenas para sugestão de estilo.

    Como documentar e submeter checagens institucionais?

    O que é e por que importa em 1 minuto

    Guardar evidências ajuda a responder a questionamentos e provar diligência metodológica. Registros são sua principal defesa contra alegações de plágio.

    O que a prática institucional recomenda [F2] [F6]

    Além de declarar no trabalho, recomenda‑se anexar logs, arquivos de prompts e relatórios de verificação de similaridade. Debates nacionais mostram variação entre IES, por isso é importante conhecer a norma local [F2] [F6].

    Checklist prático para documentação e submissão

    1. Salve prompts, tempo e versões em PDF ou arquivo texto.
    2. Gere relatório do verificador de similaridade e guarde cópia.
    3. Envie à banca um anexo com descrição das etapas e comprovantes.

    Peça exclusivo: modelo de anexo com 6 itens

    1. Ferramenta usada e versão
    2. Objetivo do uso
    3. Prompts originais
    4. Versões geradas e data/hora
    5. Alterações feitas pela autora
    6. Resultado do verificador de similaridade

    Cenário onde não funciona: plataforma da IES não aceita anexos extras. O que fazer: envie por e‑mail institucional ao coordenador e documente protocolo de envio.

    O que fazer se a banca questionar o uso de IA?

    Mesa de reunião com documentos, laptop e anexo, preparação para responder à banca

    Representa a entrega de anexos e a apresentação de evidências à banca para esclarecer o uso de IA.

    O que é e por que importa em 1 minuto

    Reações podem variar de preocupação a sanção. Ter registro e aprovação prévia do orientador reduz muito o risco de penalizações.

    O que relatos institucionais indicam [F3]

    Notícias e comunicados mostram que discussões sobre IA na educação superior no Brasil envolvem desenvolvimentos e desafios, com ênfase na necessidade de políticas claras nas IES [F3].

    Passo a passo aplicável: como responder à banca

    1. Mostre o anexo com prompts, versões e relatório de similaridade.
    2. Explique o papel da IA: assistente de redação ou revisão.
    3. Mostre edições feitas por você e referências checadas.

    Peça exclusivo: roteiro de fala para a banca (3 frases)

    • “Usei ferramenta X para revisão de linguagem; todas as fontes foram verificadas e o conteúdo final foi escrito e validado por mim, conforme anexo.”

    Cenário onde não funciona: banca considera uso inaceitável. O que fazer: negociar retrabalho de trechos ou substituição por versão sem auxílio de IA.

    Como validamos

    Reunimos diretrizes oficiais e estudos publicados por universidades brasileiras e literatura técnica sobre riscos de IAG. Cruzamos recomendações institucionais com achados de pesquisas sobre hallucinations e erro factual para montar passos práticos e defensáveis [F1] [F2]. Priorizamos fontes brasileiras para refletir o contexto das IES nacionais.

    Conclusão e ação imediata

    Resumo: usar IA sem estratégia aumenta risco de similaridade textual, erro factual e problemas de autoria. Ação prática imediata: adote o checklist do preâmbulo, anexe prompts e rode verificador de similaridade antes de submeter.

    FAQ

    Preciso declarar até uma simples revisão de estilo?

    Sim: declare o uso de IAG quando a instituição solicitar. Inclua no preâmbulo e anexe comprovantes; é uma proteção para você. Próximo passo: inclua a informação no preâmbulo e anexe comprovantes ao submeter.

    Posso usar IA para revisar referências bibliográficas?

    Sim: use IA para localizar potenciais trabalhos, mas confira cada referência nas fontes originais. Use IA para localizar potenciais trabalhos, depois confirme DOI, autores e páginas. Próximo passo: confirme DOI, autores e páginas antes de incluir a referência.

    E se a minha IES não tiver regras claras?

    Adote boas práticas: planeje, declare, documente e converse com orientador. Proatividade reduz risco e demonstra diligência. Próximo passo: registre o uso e converse com o orientador por e‑mail institucional.

    Detectores de IA são confiáveis?

    Não: detectores têm limitações e podem gerar falsos positivos. Use relatório de similaridade e documentação humana como defesa, não confie apenas em um marcador automático. Próximo passo: use relatórios de similaridade e documentação humana como defesa.

    Posso anexar logs privados de ferramentas comerciais?

    Sim: anexe exportações ou screenshots que mostrem prompts e versões. Se a ferramenta não permitir exportar, capture evidência por meio de registros e notas de orientação. Próximo passo: salve PDFs ou screenshots com metadados e anexe ao trabalho.


    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós‑doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


  • Como usar IA na escrita científica sem arriscar sua aprovação

    Como usar IA na escrita científica sem arriscar sua aprovação

    Você está prestes a submeter um projeto, um artigo ou a proposta de dissertação e pensa em recorrer à IA para ganhar tempo; o risco é que uso indevido pode resultar em plágio, autoria indevida ou erros factuais que comprometam sua aprovação. Este texto explica práticas concretas para usar IA como apoio mantendo sua integridade acadêmica, além de indicar o que usar, como documentar e quais ferramentas checar.

    Usar IA é permitido se for transparente e supervisionado; para aprovação em pós-graduação, trate a IA como ferramenta de assistência, documente versões e prompts, revise factualmente cada trecho gerado e declare o uso na metodologia ou agradecimentos antes da submissão.

    Perguntas que vou responder


    O que é IA na escrita científica e onde ela ajuda

    Conceito em 1 minuto: tipos e limites

    IA para escrita científica inclui modelos de linguagem (LLMs) e ferramentas auxiliares para revisão, resumo, tradução e formatação. Operacionalmente, distinga suporte à redação, busca/síntese e geração original, sendo esta última a mais arriscada para similaridade.

    O que os estudos e guias técnicos mostram

    Pesquisas descrevem ganhos de produtividade e qualidade linguística, mas também alertam para erros factuais e similaridade sem declaração; recomenda-se uso com revisão humana rigorosa e documentação da ferramenta [F1].

    Prancheta com checklist, caneta e post‑its sobre mesa, visão superior focando itens a seguir.

    Checklist prático para decidir quando aplicar IA no processo de redação acadêmica.

    Checklist rápido: quando usar IA e quando não usar

    • Use IA para: esboço inicial, reescrita de frases, formatação e resumo de artigos.
    • Evite IA para: gerar resultados, interpretar dados brutos ou confeccionar argumentos inéditos sem verificação.
    • Regra prática de 3 passos: exija sempre edição substancial sua antes de incluir o texto.
    • Contraexemplo: não submeta parágrafos gerados sem revisão; se o resultado contém interpretações complexas, faça a análise manual ou consulte o orientador.

    Riscos que podem comprometer sua aprovação

    Principais riscos descritos em poucas linhas

    Risco de plágio não declarado, autoria indevida, erros factuais e incompatibilidade com normas institucionais. Esses problemas impactam reputação, avaliação e podem gerar sanções disciplinares [F2].

    Casos e normas no contexto brasileiro

    Universidades brasileiras já discutem regras internas, e políticas nacionais como o PBIA orientam práticas e infraestrutura; programas de pós-graduação têm autonomia para normatizar critérios de transparência [F6] [F4].

    Passo a passo para reduzir cada risco

    1. Consulte o regulamento do seu PG antes de usar IA.
    2. Salve logs: ferramenta, data, versão, prompts.
    3. Revise factualmente e referencie fontes originais.
    4. Declare o uso na metodologia ou agradecimentos.

    Mãos anotando ao lado de laptop com documento aberto e registros impressos sobre a mesa.

    Mostra registro de logs e anotações para documentar e declarar o uso de IA antes da submissão.

    Como documentar e declarar o uso de IA no seu trabalho

    O que deve constar na documentação exigida

    Registre nome da ferramenta, fornecedor, versão, data de acesso e os prompts principais usados. Inclua anexo com exemplos de interação ou resumo das instruções que geraram o trecho.

    Exemplo prático de declaração e referência a anexos

    Exemplo real disponível em repositórios acadêmicos recomenda linha curta na metodologia: “Partes da revisão de linguagem e síntese bibliográfica foram apoiadas por ferramenta X (versão Y), acessada em DD/MM/AAAA; prompts e logs estão no Anexo Z” [F5].

    Template útil: texto pronto para metodologia (copie e adapte)

    Sugestão de frase: “Recursos de IA (ferramenta: nome, versão: X, acesso: DD/MM/AAAA) foram utilizados apenas para revisão de linguagem e formatação. Todas as decisões interpretativas e análises foram realizadas pelo(s) autor(es). Logs e prompts estão disponíveis no Anexo.” Regra prática de 3 passos: inclua este texto antes de submeter e anexe os arquivos; se o periódico exige declaração mais detalhada, adapte para incluir prompts e alterações exatas.

    Mesa com laptop, lupa sobre trecho impresso e caderno, representando verificação de similaridade e fatos.

    Ilustra o fluxo de verificação: detecção de similaridade e checagem factual antes da entrega.

    Ferramentas e práticas de checagem imprescindíveis

    Ferramentas úteis e suas limitações

    Há detectores de similaridade (serviços tipo Turnitin), ferramentas de verificação factual e sistemas de revisão automática. Nenhuma ferramenta é infalível: detectores podem não identificar parafraseamento fino e LLMs podem “alucinar” fatos.

    O que os dados sobre detecção e riscos mostram

    Estudos indicam que a maioria dos incidentes envolvendo IA resulta da falta de declaração e de revisão manual insuficiente. Detecção automatizada é um apoio, não uma garantia; revisão humana continua essencial [F2].

    Fluxo de verificação prático antes da submissão

    1. Execute verificação de similaridade.
    2. Faça checagem factual ponto a ponto: confirme cada afirmação com fonte primária.
    3. Documente alterações feitas após a IA.

    Checklist prático: verificação de similaridade, lista de afirmações factuais checadas, logs de prompts. Contraexemplo: confiar apenas no detector e não revisar referências pode deixar erros não perceptíveis; sempre combine ferramentas com revisão humana.

    Duas pessoas à mesa apontando para documentos e tomando notas, diálogo profissional em progresso.

    Sugere como apresentar o uso de IA ao orientador com transparência e exemplos práticos.

    Como falar com orientador, banca e coordenação sobre IA

    Como abrir a conversa com seu orientador

    Explique por que quer usar IA, mostre a ferramenta e os prompts, e proponha registro das interações. Peça concordância por escrito quando possível. Pergunte sobre regras do programa antes de avançar.

    Exemplo autoral de diálogo curto (modelo)

    Aluno: “Usei a ferramenta X para clarear a linguagem do resumo; salvei os prompts e editei tudo. Posso anexar os logs à proposta?” Orientador: “Mostre as edições e vamos decidir o texto final; declare na metodologia.” Guardar esse tipo de diálogo evita mal-entendidos na banca.

    Checklist de conversa antes de submeter

    • Confirme política do programa.
    • Combine forma de documentação.
    • Defina o que é aceitável (linguagem versus geração de conteúdo).

    Como validamos

    A validação deste guia foi feita por revisão de literatura e de diretrizes institucionais recentes, cruzando recomendações práticas e estudos sobre riscos e detecção. Priorizei documentos nacionais e artigos técnicos para refletir o contexto brasileiro e as recomendações aplicáveis [F1] [F2] [F4].

    Conclusão rápida e chamada à ação

    Resumo: usar IA na escrita científica é viável, desde que haja transparência, revisão crítica e alinhamento com normas locais. Ação prática: antes de submeter, consulte seu regulamento de PG, documente a ferramenta/versão e prepare a declaração para a metodologia.

    FAQ

    Preciso declarar o uso de IA na proposta?

    Sim: a declaração é necessária sempre que a IA contribuiu de forma substantiva em texto, síntese ou formatação; inclua ferramenta, versão e data, e anexe logs quando possível. Próximo passo: adicione a declaração na metodologia antes da submissão.

    Posso usar IA para traduzir meu trabalho?

    Sim: tradução e revisão de linguagem são aceitáveis, desde que você revise e confirme termos técnicos e referências; registre a ferramenta usada. Próximo passo: revise termos técnicos e registre as interações em anexo.

    E se a banca discordar do uso de IA?

    Explique a forma de uso e apresente documentação; se houver discordância, siga a orientação da coordenação. Próximo passo: solicite orientação formal à coordenação ou renegocie o formato de entrega.

    Ferramentas de detecção são confiáveis?

    São úteis, mas incompletas; combine detector com revisão humana e checagem de referências primárias. Próximo passo: execute detector e faça a checagem manual ponto a ponto.

    Posso submeter trechos gerados sem editar?

    Não: submeta apenas textos nos quais você tenha feito edição crítica e assumido responsabilidade pelas ideias. Próximo passo: revise e documente cada edição antes da submissão.


    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.