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IA na escrita acadêmica

  • Como escrever pré projeto de mestrado com IA para editais 2025 e 2026

    Como escrever pré projeto de mestrado com IA para editais 2025 e 2026

    A preparação do pré‑projeto é lenta e consome tempo; hoje há risco de plágio e exigências de transparência nos editais 2025/2026 que podem levar ao indeferimento. Este texto apresenta um fluxo prático, ético e verificável para usar IA como assistente de redação, com templates de prompt, checagem de fontes e modelo de declaração para anexo. A proposta ajuda a acelerar rascunhos mantendo responsabilidade acadêmica e conformidade institucional.

    Perguntas que vou responder


    Perguntas que respondo

    • Posso usar IA no pré projeto?
    • Como estruturar prompts para cada seção?
    • Como verificar fontes e evitar plágio?
    • Como documentar uso de IA e preparar um anexo?
    • Como adequar o texto ao edital e ao orientador?
    • Quais são os principais riscos e limites?

    Posso usar IA no pré‑projeto?

    Conceito em 1 minuto

    Usar IA significa delegar tarefas de geração textual e síntese bibliográfica para economizar tempo, mantendo o controle intelectual: a ferramenta gera esboços que você valida em conteúdo, método e originalidade.

    O que as diretrizes mostram [F1]

    Diretrizes institucionais recomendam transparência sobre contribuições da IA, registro de prompts e revisão humana antes da submissão. Aplicar IA sem documentação aumenta riscos de questionamento por comissões.

    Checklist rápido (faça antes de enviar)

    • Mapear exigências do edital e limites de autoria.
    • Registrar todos os prompts e versões em arquivo datado.
    • Verificar todas as citações nas fontes primárias.
    • Submeter versão revisada ao orientador para atestado de originalidade.

    Se o edital proíbe qualquer uso de ferramentas automatizadas, não use IA; negocie com a secretaria do PPG ou produza o documento sem auxílio automatizado.

    Mesa vista de cima com caderno de templates de prompt, laptop e caneta, organizada para redação por seção
    Ilustra como organizar templates e subtarefas para gerar textos alinhados a cada seção do pré‑projeto.

    Como estruturar prompts para cada seção do pré‑projeto?

    O que faz um prompt eficaz

    Um prompt eficaz é curto, contextualizado e orienta saída por seção: problema, objetivos, justificativa, referencial, método, cronograma. Frases claras e exemplos de estilo ajudam o modelo a produzir textos alinhados ao edital.

    Exemplo autoral na prática

    Prompt: “Escreva 2 alternativas de problema de pesquisa em 2 parágrafos sobre inclusão digital em escolas públicas brasileiras, focando impacto em leitura crítica; inclua 3 lacunas de pesquisa justificando mestrado.” Resultado: dois parágrafos prontos que eu refinei, citei fontes primárias e fundi em uma versão final.

    Escreva 2 alternativas de problema de pesquisa em 2 parágrafos sobre inclusão digital em escolas públicas brasileiras, focando impacto em leitura crítica; inclua 3 lacunas de pesquisa justificando mestrado.

    Template de prompts prático

    1. Contexto breve (1 frase) e público alvo.
    2. Tarefa específica (ex.: gerar problema, objetivos gerais/ específicos).
    3. Extensão desejada (nº de parágrafos ou palavras).
    4. Estilo e tom (acadêmico, conciso).
    5. Pedir referências indicativas e instrução para não inventar citações.

    Prompts longos e ambíguos geram respostas inconsistentes; quando isso ocorrer, divida a tarefa em subtarefas e peça: “liste”, depois “expanda”.

    Como verificar fontes e evitar plágio?

    Por que checar primárias

    Síntese automática pode omitir nuances, atribuir referências incorretas ou inventar citações. A checagem em primárias protege originalidade e precisão metodológica.

    Estação de biblioteca universitária com computador acessando bases e prateleiras ao fundo
    Mostra recursos e serviços institucionais que auxiliam na verificação de fontes e no acesso a bases primárias.

    Ferramentas e suporte institucional [F4]

    Serviços de bibliotecas e unidades de pesquisa oferecem acesso a bases e orientações para verificação; ferramentas de detecção de similaridade ajudam a identificar trechos problemáticos antes da submissão.

    Passo a passo aplicável

    1. Para cada citação gerada, localize DOI ou referência primária e leia o trecho original.
    2. Use gerenciador de referências para inserir citações reais (ABNT/APA conforme edital).
    3. Rode verificação anti plágio; corrija ou reescreva trechos que dependam demais da saída automatizada.

    Em áreas novas com pouca literatura, prefira descrever lacunas baseadas em revisão dirigida, não em sumário automático; sinalize a escassez de evidência no texto.

    Como documentar uso de IA e preparar um anexo?

    O que registrar obrigatoriamente

    • Versão do modelo usado, data e hora.
    • Prompts completos e respostas salvas.
    • Alterações manuais realizadas e nome do(s) autor(es) que validaram o texto.

    O que editais e programas têm exigido [F3]

    Algumas universidades pedem declaração sobre uso de ferramentas digitais e anexos que expliquem a contribuição da IA; anexar histórico de prompts pode evitar objeções durante avaliação documental.

    Mãos assinando um modelo de declaração impresso sobre mesa de escritório, com pasta e caneta ao lado
    Exibe o processo de preencher e assinar a declaração de uso de IA para anexar ao projeto.

    Modelo de declaração e anexos (template)

    Declaro que partes do texto foram geradas com assistência de ferramenta de IA. Prompts, respostas e versões foram registrados e estão disponíveis mediante solicitação. Todas as citações foram verificadas em fontes primárias e o orientador validou o conteúdo intelectual.

    Se o orientador ou o edital exigir prova documental mínima, prepare captures de tela ou exporte o histórico do serviço; se isso violar políticas do provedor, combine registros locais (.txt) com a declaração.

    Como adequar o texto ao edital e ao orientador?

    Como interpretar critérios do edital em 1 minuto

    Mapeie pontos obrigatórios: extensão, formatação, se anexos são aceitos, e critérios de avaliação. Transforme cada item em checklist antes de aplicar IA para redação.

    Exemplo de ajuste prático [F5]

    Em editais que pedem objetivos mensuráveis e cronograma detalhado, gere rascunhos com IA e converta entregáveis em marcos quantificáveis, alinhando atividades a meses/semestres conforme exigido.

    Checklist de conformidade antes de submeter

    • Conferir limite de páginas e formatação.
    • Garantir que objetivos, método e cronograma estejam explícitos.
    • Incluir declaração de uso de IA no anexo.
    • Receber ok escrito do orientador.

    Nem todo orientador aceitará esboços automatizados; nesse caso produza a versão inicial manualmente ou apresente as saídas da IA apenas como material de apoio.

    Quais são os riscos, limites e como mitigá los?

    Manuscrito com anotações em vermelho e trechos destacados em amarelo, cena de revisão crítica
    Ilustra a revisão crítica para identificar citações inventadas, vieses e riscos de plágio.

    Principais riscos

    Risco de citações inventadas, vieses na síntese, perda de autoria intelectual e questionamentos éticos pela banca. Falhas nesses pontos podem resultar em indeferimento do projeto.

    O que recomendam especialistas e diretrizes [F2]

    Relatos e guias ressaltam a necessidade de transparência, responsabilidade dos autores e revisão humana, além de treinamento sobre uso adequado da IA em ambientes acadêmicos.

    Como mitigar riscos na prática

    • Versionamento obrigatório: salve cada rascunho com data e logs de prompts.
    • Verificação humana: validação pelo orientador e leitura crítica das sínteses.
    • Transparência: anexar declaração e evidências de checagem de fontes.

    Quando a hipótese depende de análise qualitativa sensível, evite automatizar interpretação de dados; trate IA como rascunho e confie na expertise humana.

    Como validamos

    Validamos este fluxo cruzando diretrizes institucionais e recomendações de especialistas, consultando documentos oficiais e práticas de bibliotecas universitárias [F1][F4][F3]. Testes práticos foram feitos em exemplos reais de rascunhos e revisões com orientadores, ajustando templates de prompt e modelos de declaração.

    Conclusão rápida e chamada à ação

    Resumo: use IA como assistente, registre tudo, verifique primárias e valide com seu orientador antes de submeter. Ação prática: crie uma pasta de versão com logs de prompts e compartilhe a versão 0.1 com seu orientador nesta semana. Recurso institucional: consulte as diretrizes de IA do PPG e a biblioteca da sua universidade para apoio.

    FAQ

    Preciso declarar que usei IA no anexo?

    Tese: Sim — declarar evita questionamentos e atende editais que exigem transparência. Próximo passo: salve prompts e versões e inclua a declaração no anexo antes de submeter.

    A IA pode escrever a revisão bibliográfica inteira?

    Tese: A IA pode gerar rascunhos e sumarizações, mas não substitui a verificação em fontes primárias. Próximo passo: confirme cada citação lendo o artigo original e substitua as citações indicativas por referências primárias verificadas.

    Como mostro ao orientador que o trabalho é meu?

    Tese: Entregue rascunhos com comentários e destaque suas decisões intelectuais para demonstrar autoria. Próximo passo: inclua a declaração de uso de IA e documentos de versionamento ao enviar a versão ao orientador.

    E se o modelo inventar uma referência?

    Tese: Remova a referência inventada imediatamente e busque evidência primária. Próximo passo: substitua a afirmação por evidência real ou exclua-a e registre a correção no histórico de versões.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • O guia definitivo para usar IA na escrita acadêmica em 30 dias

    O guia definitivo para usar IA na escrita acadêmica em 30 dias

    Está preocupada em usar ferramentas de inteligência artificial sem comprometer a integridade do seu trabalho, especialmente ao tentar ingressar no mestrado? O risco é que omissões ou declarações insuficientes causem questionamentos formais, perda de bolsas ou prorrogação de defesa. Este guia mostra, em 30 dias, o que declarar, como documentar e quais práticas adotar para manter transparência e responsabilidade, com modelos que podem ser aplicados em 7–14 dias.

    Resumo em 1 minuto: recomendações de agências e editoras apontam para transparência e responsabilidade humana [F2], [F4].

    Ao usar IA em escrita acadêmica, declare sempre a ferramenta, versão e função, não acredite autoria à IA, e registre prompts e edições para permitir auditoria; priorize IA para revisão de linguagem e sintetização, e consulte políticas da sua instituição e da revista antes de submeter [F2], [F4].

    Perguntas que vou responder


    Quando a IA deve ser declarada em um trabalho acadêmico?

    Conceito em 1 minuto

    Declarar significa informar claramente onde, como e por que a IA foi usada, incluindo o papel funcional da ferramenta — por exemplo, edição de linguagem, resumo de literatura ou geração de rascunhos — para preservar rastreabilidade e responsabilidade humana.

    O que as políticas nacionais e editoriais orientam [F4] [F5]

    Relatórios de agências brasileiras e editoras internacionais exigem declaração de uso e descrição do papel da IA na metodologia ou nos agradecimentos [F2], e orientações editoriais pedem transparência sobre versões e prompts quando relevante para resultados [F4], [F5].

    Passo a passo para declarar uso

    • Passo 1: Em metodologia ou agradecimentos, nomeie a ferramenta e a versão.
    • Passo 2: Descreva a função exata, por exemplo: “edição de linguagem” ou “sistematização de referências“.
    • Passo 3: Anexe ou indique repositório com prompts e logs, quando aplicável.

    Checklist rápido: inclua nome da ferramenta, versão, data de uso e função. Limite: se a ferramenta apenas corrigiu ortografia automática em um editor, registro extenso pode ser dispensado; porém, registre pelo menos a função para evitar dúvidas.

    Checklist em prancheta ao lado de laptop e anotações, mãos apontando para responsabilidades de autoria.
    Ilustra um checklist prático para decidir atribuição e responsabilidades na escrita.

    Como diferenciar IA como ferramenta de autoria?

    Conceito em 1 minuto

    Autoria implica responsabilidade intelectual sobre concepção, análise e interpretação; ferramenta executa tarefas como sugerir frases, organizar conteúdo ou buscar referências, e a responsabilidade final permanece com os autores humanos.

    O que dizem COPE e grandes editoras [F6] [F4]

    Organizações de ética e editoras afirmam que IAs não devem ser creditadas como autoras; o uso deve ser declarado e qualquer contribuição intelectual deve permanecer sob responsabilidade de pesquisadores humanos [F6], [F4].

    Checklist para atribuição e responsabilidade

    • Determine se a contribuição afetou hipótese, design, análise ou interpretação.
    • Se a resposta for sim, a autoria humana deve refletir responsabilidade e participação.
    • Não inclua IA na lista de autores; descreva seu papel em método ou agradecimentos.

    Contraexemplo: usar IA para gerar todo o texto de resultados e apresentar como próprio; nesse caso, não é ferramenta auxiliar e deve ser evitado. Se estiver em dúvida, consulte o orientador e o comitê de integridade.

    Como documentar prompts, versões e processo para reprodutibilidade?

    O que registrar em menos de um minuto

    Registre prompts originais, respostas da IA relevantes, configurações e a versão do modelo; guarde também alterações humanas subsequentes e datas de cada interação para rastreabilidade.

    Documentos institucionais e pasta com diretrizes sobre uso de IA sobre mesa de escritório universitário.
    Mostra materiais e diretrizes institucionais que suportam políticas e práticas sobre IA.

    Exemplo de diretriz institucional e prática [F1]

    Algumas universidades já recomendam repositórios de logs e templates para inclusão em anexos de tese, permitindo auditoria e reprodutibilidade parcial do processo de escrita [F1].

    Template de registro rápido (use como anexo)

    • Ferramenta:
    • Versão/modelo:
    • Data e hora:
    • Prompt original:
    • Resposta gerada (trecho relevante):
    • Edites humanos (resumo das mudanças):
    • Finalidade no trabalho: edição de linguagem / síntese / rascunho / outro

    Limite prático: em tarefas triviais de autocompletar, registre a função e a ferramenta em vez de cada prompt. Para trechos substantivos, arquive tudo.

    Quais riscos de ética e integridade devo evitar?

    Conceito rápido dos riscos

    Riscos principais incluem plágio assistido, perda de rastreabilidade metodológica, viés algorítmico e possível exposição de dados sensíveis ao usar modelos comerciais.

    O que os relatórios destacam [F2] [F3]

    Documentos de fomento e iniciativas acadêmicas brasileiras apontam risco reputacional e sugerem políticas claras para declaração e avaliação do uso da IA nas pesquisas [F2], enquanto comunidades científicas destacam problemas de originalidade e vieses em saídas geradas [F3].

    Pessoa revisando rascunho impresso com caneta, laptop mostrando versão editada para mitigar riscos.
    Ilustra revisão humana e correção de trechos gerados por IA como medida de mitigação.

    Mitigação e exemplo autoral

    • Passo 1: Submeta texto a verificadores de originalidade antes de enviar.
    • Passo 2: Faça revisão crítica humana para checar interpretação de dados.
    • Passo 3: Evite inserir dados confidenciais em ferramentas públicas; use ambientes controlados.

    Exemplo autoral: ao orientar uma dissertação, foi mantido arquivo com prompts e versões; isso permitiu detectar e corrigir uma passagem que repetia uma formulação de uma fonte não citada antes da submissão. Limite: registros não substituem revisão crítica; a tecnologia pode ocultar vieses sutis.

    Como alinhar com ABNT e normas de referência ao usar conteúdo gerado por IA?

    Conceito em 1 minuto

    ABNT ainda não publicou norma definitiva sobre citação de conteúdo gerado por IA; portanto, o princípio é a transparência: trate saídas da IA como fontes informativas e documente origem e papel.

    O que orientadores e guias práticos recomendam [F10] [F1]

    Guias e propostas técnicas mostram modelos de frase para notas e entradas de referência que explicam que o conteúdo foi gerado por IA e qual foi seu papel no texto [F10], enquanto universidades indicam formatos de declaração em anexos ou metodologia [F1].

    Passo a passo para citar e documentar segundo boas práticas

    • Indique na seção de metodologia ou em nota de rodapé que partes foram geradas por IA, incluindo ferramenta e versão.
    • Se um trecho gerado for usado como fonte, registre a passagem e trate como documento auxiliar no anexo.
    • Consulte a política da revista antes de submissão e ajuste a nota conforme exigido.

    Contraexemplo e alternativa: se a revista exige formatos específicos que ainda não existem pela ABNT, siga a orientação da editora e mantenha documentação interna completa; atualize a nota conforme normas futuras.

    O que a instituição deve fazer para governança e apoio?

    Administradores universitários reunidos em mesa revisando rascunho de política sobre IA, documentos e laptops.
    Mostra a discussão institucional para criar políticas, capacitação e repositórios de registros.

    Conceito em 1 minuto

    Governança institucional engloba políticas claras, treinamentos para orientadores e serviços de apoio, além de fluxos de avaliação para garantir integridade e reprodutibilidade.

    Exemplos de iniciativas e políticas nacionais [F1] [F2] [F8]

    Algumas universidades já publicaram diretrizes locais e compilações institucionais; relatórios de fomento sugerem capacitação e normatização para avaliação de projetos que usam IA [F1], [F2], [F8].

    Mapa em 5 passos para implementar na sua universidade

    1. Diagnosticar usos atuais de IA entre estudantes e orientadores.
    2. Criar política institucional mínima sobre declaração e registro.
    3. Capacitar orientadores e bibliotecas para apoiar documentação.
    4. Disponibilizar repositório seguro para logs e anexos.
    5. Integrar fluxo ao comitê de integridade e às regras de defesa.

    Limitação: políticas rígidas demais podem inibir pesquisa legítima; prefira regras que exijam transparência e formação, não proibição automática.

    Como validamos

    Foram revisados documentos de agências de fomento, orientações de editoras e compilações institucionais, priorizando fontes oficiais e editoriais relevantes para garantir alinhamento com padrões emergentes [F2], [F4], [F6].

    Conclusão, resumo e próximos passos

    Resumo: declare o uso da IA, não atribua autoria à ferramenta, registre prompts e versões e documente funções em metodologia ou anexos. Ação prática: hoje, crie um anexo com o template de registro e inclua a declaração na versão final do capítulo metodológico; consulte a coordenação do seu programa para alinhar a declaração à política local.

    FAQ

    Preciso declarar se usei IA só para revisar português?

    Tese: Sim — revisão de linguagem também requer declaração porque afeta a apresentação e a rastreabilidade do trabalho. Declare a função, ferramenta e versão, mesmo para revisão, e mantenha um parágrafo curto na metodologia ou nos agradecimentos. Próximo passo: acrescente essa declaração no anexo metodológico antes da submissão.

    Posso colocar a IA como coautora?

    Tese: Não — organizações e editoras proíbem a atribuição de autoria a IAs, pois responsabilidade intelectual deve ser humana. Não inclua IAs na lista de autores; descreva seu papel em método ou agradecimentos e mantenha responsabilidade humana clara. Próximo passo: revise a lista de autores e ajuste contribuições conforme critérios de autoria da revista.

    Onde salvo meus prompts e logs?

    Tese: Guarde-os em repositório seguro e acessível para auditoria, preferencialmente institucional. Salve metadados e datas, e inclua anexo na tese ou repositório indicado pela coordenação. Próximo passo: solicite ao setor de TI da sua instituição acesso ao repositório recomendado e arquive os primeiros logs.

    E se a ABNT ainda não tem norma específica?

    Tese: Adote o princípio da transparência e siga orientações editoriais até norma formal ser publicada. Mantenha documentação interna completa e esteja pronto para ajustar a nota conforme exigências editoriais. Próximo passo: padronize uma frase de declaração para uso em seus trabalhos enquanto a norma não estiver definida.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • Como usar IA na escrita acadêmica em 3 meses sem perder integridade

    Como usar IA na escrita acadêmica em 3 meses sem perder integridade

    Em 40–60 palavras: A IA pode reduzir tempo em rascunhos e melhorar a legibilidade quando usada como assistente, não como autor. Declare o uso, valide fatos, salve versões sem IA e peça ao orientador revisão crítica. Políticas institucionais e formação obrigatória são essenciais para proteger sua integridade acadêmica.

    A escrita acadêmica com apoio de inteligência artificial traz promessa e conflito: produtividade maior, resumos automáticos e auxílio na clareza, mas também dúvidas sobre autoria, vieses e políticas institucionais. Aqui você aprenderá passos práticos para usar IA com responsabilidade, amparada por evidências e recomendações recentes, incluindo debates em periódicos como NEJM AI [F3] e revisões sistemáticas [F1]. Nas seções a seguir explico conceitos rápidos, mostro dados e exemplos e deixo checklists e templates que você pode aplicar já.

    Perguntas que vou responder


    Vale a pena usar IA na proposta e no artigo de mestrado?

    Conceito em 1 minuto

    IA aplicada à escrita acadêmica inclui modelos de linguagem que geram texto, sugerem estrutura, resumem e normalizam referências. Ela acelera rascunhos, mas não substitui contribuição intelectual, método ou o julgamento crítico do pesquisador.

    O que os dados e análises mostram [F1]

    Estudos indicam ganhos mensuráveis em tempo de revisão e clareza, além de maior acessibilidade para estudantes com menos experiência em redação. Ao mesmo tempo, há relatos de riscos éticos ligados à não declaração de uso e potencial plágio assistido [F1] [F2].

    Prancheta com checklist e caneta sobre mesa, indicando critérios rápidos para decidir usar IA
    Checklist visual para orientar decisões práticas sobre quando empregar IA em tarefas acadêmicas.

    Checklist rápido para decidir usar IA

    1. Identifique a tarefa: rascunho, revisão de linguagem ou sumarização.
    2. Verifique política do programa e periódico.
    3. Use IA apenas para texto de suporte; sempre acrescente sua análise intelectual.
    4. Guarde versões antes e depois da ferramenta.

    Usar IA para gerar a discussão interpretativa de dados quantitativos pode mascarar suposições teóricas. Se seu estudo exige interpretação conceitual profunda, priorize escrita própria e use IA apenas para clareza e revisão.

    Como declarar o uso de IA em submissões e defesas?

    O que escrever em 1 minuto

    Declarar uso significa informar onde a IA contribuiu: rascunho inicial, revisão linguística ou análise exploratória. Transparência é essencial para reputação e para o comitê avaliar contribuição intelectual real.

    Exemplo autoral de declaração utilizável (modelo)

    “O candidato utilizou ferramentas de inteligência artificial para auxílio na revisão de linguagem e na geração de um rascunho inicial do resumo. Todas as escolhas metodológicas, análises e interpretações são de responsabilidade do candidato. Ferramentas utilizadas: nome da ferramenta, versão e data de uso.”

    Passo a passo para inserir declaração na tese e artigo

    1. Inclua seção curta em Metodologia ou Agradecimentos indicando a ferramenta, versão e finalidade.
    2. No resumo/submissão, marque que houve auxílio e que a autoria intelectual é humana.
    3. Informe orientador e banca antes da defesa.

    Alguns periódicos exigem formulários específicos de declaração. Se o periódico proibir qualquer conteúdo gerado por IA, não use a ferramenta para a parte submetida; converta o uso em notas de trabalho e documentação interna.

    Mãos sobre teclado e documentos de privacidade ao lado do laptop, indicando avaliação de segurança de ferramentas
    Mostra a revisão de políticas e documentos para avaliar privacidade e retenção de dados de ferramentas.

    Quais ferramentas escolher e como avaliar segurança?

    Conceito em 1 minuto

    Ferramentas variam: modelos públicos, soluções pagas com logs e auditoria, e plugins de referência. Critérios: privacidade dos dados, capacidade de exportar logs e política de retenção.

    O que relatórios e guias institucionais apontam [F7] [F9]

    Relatórios nacionais recomendam políticas institucionais, capacitação e avaliação de fornecedores quanto à proteção de dados. Universidades brasileiras já debatem regras para uso em trabalhos e bancas [F7] [F9].

    1. Política de privacidade e retenção de dados: pode a empresa armazenar entradas?
    2. Exportabilidade: é possível conservar prompts e outputs para auditoria?
    3. Controle de versão: a ferramenta permite marcar versão usada no trabalho?
    4. Ferramentas recomendadas para prototipagem e revisão: escolha soluções com logs e contratos que permitam uso acadêmico seguro.

    Não use ferramentas que armazenem dados sensíveis do participante sem consentimento. Para dados sensíveis, prefira processamento local ou ferramentas com garantia contratual de não-retenção.

    Como aprender prompt design, verificação de fatos e detecção de viés?

    Conceito em 1 minuto

    Prompt design é a habilidade de escrever instruções claras para a IA. Verificação de fatos envolve checar saídas contra fontes primárias. Detecção de viés exige perspectiva crítica sobre quais vozes e dados o modelo foi treinado.

    Pequeno grupo em oficina colaborativa com laptops, representando capacitação e recomendações editoriais
    Ilustra workshops e treinamentos recomendados para integrar verificação de fatos e design de prompts.

    O que estudos educacionais e editoriais recomendam [F3] [F4]

    Artigos em revistas médicas e notas editoriais sugerem integrar módulos práticos em metodologias científicas e usar exercícios de comparação entre saída de IA e textos revisados por especialistas [F3] [F4].

    Exercício prático em 4 passos

    1. Escolha um parágrafo seu e peça à IA para reescrever mantendo o significado.
    2. Liste afirmações factuais que aparecem; verifique cada uma em fonte primária.
    3. Compare vieses: quem está citado, que perspectivas faltam?
    4. Reescreva o parágrafo incorporando correções e anote as mudanças.

    Exercícios rápidos não substituem formação estruturada. Se seu programa oferecer curso de metodologia, integre estes exercícios ao currículo e peça certificação ao final.

    Quais erros comuns estudantes cometem e como evitá-los?

    Erro em 1 minuto

    Os principais erros são não declarar uso, confiar cegamente em saídas sem checagem e esquecer de preservar versões originais para auditoria.

    Dados sobre falhas e impacto reputacional [F2]

    Literatura aponta incidentes de plágio assistido e problemas éticos quando o uso não é transparente, com impactos negativos na carreira e na avaliação institucional [F2].

    Quadro branco com checklist e notas adesivas, mãos apontando para passos práticos para evitar erros
    Mostra um guia visual com passos e prioridades para prevenir falhas éticas e processuais no uso de IA.

    Guia prático para evitar os erros

    1. Regra das três salvaguardas: declarar, verificar, documentar.
    2. Use sistema de versionamento (ex.: salvar .docx com data e comentários).
    3. Discuta uso com orientador em reuniões formais e registre no plano de trabalho.

    Em ambientes com normativa inexistente, agir sozinho pode não proteger você completamente. Pressione por diretriz institucional provisória e busque apoio coletivo de estudantes e docentes.

    Como validamos

    Nossa síntese combina revisões científicas, editoriais jornalísticos e documentos institucionais citados na pesquisa, com foco em análises aplicáveis ao contexto brasileiro. Priorizamos fontes de revisão e notas editoriais de periódicos de referência e relatórios de agências nacionais para equilibrar evidência e prática [F1] [F3] [F7].

    Conclusão, resumo e CTA

    Resumo: a IA pode acelerar produção e ampliar acesso, desde que usada com responsabilidade, transparência e formação. Ação prática imediata: elabore com orientador e coordenação do seu programa uma diretriz provisória em 3 meses que inclua declaração obrigatória, módulo formativo e processos de auditoria. Recurso institucional sugerido: consulte materiais e programas de capacitação de agências como CAPES/eduCAPES.

    FAQ

    Posso usar IA para escrever a metodologia da minha tese?

    Tese: IA não substitui a concepção intelectual dos métodos; ela é ferramenta para clareza e edição. Próximo passo: declare qualquer uso na seção de Métodos e peça validação metodológica ao orientador.

    Como registro o uso de IA na submissão de artigo?

    Tese: Inclua uma declaração clara na seção de Métodos ou Agradecimentos com ferramenta, versão, finalidade e data. Próximo passo: copie o modelo de declaração fornecido e adapte-o ao periódico antes da submissão.

    Ferramentas gratuitas são seguras para dados de pesquisa?

    Tese: Ferramentas gratuitas tendem a não ser recomendadas para dados sensíveis sem garantias contratuais. Próximo passo: consulte a política institucional e prefira soluções com cláusula de não retenção ou processamento local para dados sensíveis.

    A universidade pode proibir o uso de IA?

    Tese: Sim, instituições podem restringir formas específicas de uso e isso deve ser respeitado. Próximo passo: adapte práticas, documente alternativas e solicite orientação formal à coordenação ou ao comitê ético.

    Autoria

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025

  • 1 erro que você comete ao usar IA no pré-projeto e como evitá-lo

    1 erro que você comete ao usar IA no pré-projeto e como evitá-lo

    Você está finalizando a graduação ou já encerrada, pronta para começar um mestrado, e sente que a IA pode ser um atalho precioso; aceitar saídas de modelos generativos como conteúdo final contamina todo o pré‑projeto e aumenta o risco de retrabalho e perda de credibilidade. Este texto mostra por que esse hábito é perigoso e entrega passos aplicáveis e verificáveis para evitar alucinações, citações fabricadas e retrabalho, com medidas que você pode aplicar já na fase de rascunho.

    A proposta aqui é prática: explico por que o problema ocorre, como evidências técnicas e diretrizes institucionais tratam o tema e, sobretudo, entrego uma regra prática de 3 passos aplicada em checklists e um método em 7 passos para reduzir riscos em 7–14 dias de trabalho inicial.

    Trate a IA como assistente criativo, não como fonte final: verifique toda afirmação e cada referência em bases primárias antes de incorporar ao pré-projeto; documente prompts e consulte seu orientador para validação e integridade do texto.

    Perguntas que vou responder


    Por que confiar cegamente na IA prejudica seu pré-projeto?

    Quadro branco com diagrama de processo e post‑its ilustrando fluxo prático de trabalho
    Representa o fluxo prático para integrar IA como assistente e garantir checagem.

    Conceito em 1 minuto

    A perda de rigor começa quando textos, citações e estruturas sugeridas por IA são aceitos sem checagem; o risco é duplo: informações fabricadas e redução da sua contribuição conceitual inicial, o que compromete metodologia e revisão de literatura.

    O que os estudos mostram

    Pesquisas técnicas mostram que modelos gerativos podem produzir alucinações, ou seja, combinações plausíveis de palavras que não correspondem a fontes reais [F4]. Análises em contexto acadêmico destacam casos de citações inexistentes e inconsistências factuais que exigem supervisão humana [F6].

    Checklist rápido para identificar perigo

    Prancheta com checklist, caneta e cadernos sobre mesa, vista superior para revisão passo a passo
    Checklist visual para identificar riscos e checar citações sugeridas por IA.
    • Peça: toda citação proposta pela IA deve ter DOI ou link verificável antes de aceitar.
    • Verifique: busque o texto original em bases indexadas (SciELO, BVS, PubMed) antes de incorporar.
    • Documente: salve o prompt e a versão da ferramenta no arquivo do pré‑projeto.

    Em tarefas de criatividade conceitual, como pensar hipóteses iniciais ou sugerir títulos, a IA ajuda; no entanto, quando se trata de fatos verificáveis, métodos e citações, não confie sem checar; se não houver acesso a bases, adie a inclusão até obter fontes primárias.


    Onde isso acontece no Brasil e o que as instituições recomendam?

    Conceito em 1 minuto

    O ambiente relevante inclui programas de pós‑graduação, pró‑reitorias, bibliotecas e comissões de integridade; universidades já publicam diretrizes que exigem transparência no uso de IAG e procedimentos de verificação.

    O que as diretrizes brasileiras dizem

    Guias institucionais brasileiros orientam declarar uso de IAG, registrar prompts e não aceitar conteúdos gerados como substitutos de fontes primárias [F1] [F3]. Revistas e órgãos ligados à informação científica debatem políticas e recomendações para uso responsável [F2].

    Passos práticos para seguir a política institucional

    • Consulte o guia da sua pró‑reitoria ao preparar o pré-projeto.
    • Na versão inicial, inclua seção curta “Uso de IAG” com prompts e versão da ferramenta.
    • Peça suporte da biblioteca para estratégias de checagem em bases indexadas.

    Se a sua instituição não tiver diretriz formal publicada, não é desculpa para uso acrítico; adote as práticas que universidades já recomendam e combine com seu orientador um procedimento local até que haja norma oficial.


    Mãos apontando para documentos e notas em mesa durante reunião acadêmica, discussão colaborativa
    Mostra a divisão de papéis na revisão e validação de conteúdo gerado por IA.

    Quem precisa agir: papéis e responsabilidades

    Conceito em 1 minuto

    Responsabilidade final do conteúdo é do estudante/autor; orientador supervisiona e valida; bibliotecas e comissões ajudam com verificação e políticas.

    Exemplo real na prática

    Um estudante incorporou sumários gerados por IA, que continham citações inventadas; a biblioteca local detectou erros e orientou checagem sistemática, o orientador pediu correções e o trabalho precisou ser refeito parcialmente — esse tipo de retrabalho é evitável com protocolo simples [F3].

    Lista prática de responsabilidades

    • Estudante: verificar fontes, documentar prompts e manter rastro de versões.
    • Orientador: revisar metodologias propostas e exigir evidências de fontes primárias.
    • Biblioteca: treinar pesquisa em bases e apoiar RAG ou checagem manual.

    Em projetos cooperativos com vários autores, a responsabilidade compartilhada pode confundir; defina, desde o início, quem valida cada seção e quem assina a responsabilidade intelectual.


    Como evitar o erro nº 1: método prático em 7 passos

    Conceito em 1 minuto

    Transforme o uso da IA em processo: ideação assistida, verificação obrigatória, documentação e validação por pares; isso reduz risco e mantém sua autoria.

    O que técnicas como RAG fazem e por que ajudam

    Estratégias como Retrieval Augmented Generation retornam respostas ancoradas em documentos reais, reduzindo alucinações quando bem implementadas; instituições recomendam limitar a IA a tarefas de edição linguística ou brainstorming, não a factualização sem checagem [F1].

    Passo a passo aplicável (7 passos)

    1. Use IA para brainstorm de títulos, perguntas e linhas de argumento.
    2. Sempre peça à IA para listar as fontes que embasam cada afirmação.
    3. Verifique cada fonte: localize DOI ou texto na base indexada.
    4. Registre o prompt, a data e a versão da ferramenta no arquivo do projeto.
    5. Aplique RAG se disponível, ou peça ajuda da biblioteca para buscas dirigidas.
    6. Submeta rascunho ao orientador com evidências das checagens.
    7. Inclua uma seção “Transparência sobre uso de IAG” no pré‑projeto.

    Se seu projeto depender de dados sensíveis ou análises que exigem validação ética, não use IA para gerar métodos finais; use‑a apenas para rascunho e discuta alternativas com a comissão de ética.


    Erros comuns ao usar IA no pré-projeto e alternativa prática

    Conceito em 1 minuto

    Erros típicos incluem aceitar citações sem verificar, copiar parágrafos gerados sem reescrever e confiar em sumários de autores sem ler as fontes; o resultado é risco de plágio indireto e perda de originalidade.

    Exemplo autoral: como eu evitaria um sumário fabricado

    Laptop com artigo científico aberto, trechos destacados e caderno com anotações ao lado
    Exemplifica a prática de verificar fontes originais antes de usar resumos gerados por IA.

    Suponha que a IA forneça um parágrafo atribuído a um autor X com citação e ano. Em vez de inserir, procure o artigo original, leia o contexto e escreva um resumo próprio com citação correta e DOI; isso preserva sua voz e evita erros.

    Modelos alternativos e template rápido

    • Modelo A: Brainstorm com IA → verificação de fontes → revisão pelo orientador.
    • Modelo B: Edição linguística por IA (sem inserir novas citações) → checagem manual.

    Quando a base de dados não tem acesso aberto ao texto completo, registre a limitação, peça acesso via biblioteca e sinalize a incerteza na seção de métodos.


    Como validamos

    Validamos propondo práticas alinhadas com diretrizes institucionais e com evidências técnicas sobre limites de modelos generativos; as recomendações combinam resultados de pesquisa técnica sobre alucinações [F4], análises contextualizadas em publicação científica [F6] e diretrizes brasileiras para uso responsável de IAG [F1] [F3].

    As ações sugeridas foram testadas em ambientes de orientação e ajustadas para a realidade de programas de pós‑graduação.


    Conclusão rápida e chamada à ação

    O erro nº 1 é confiar acrítica e definitivamente nas saídas da IA no seu pré‑projeto. A ação imediata: verifique cada afirmação e referência em bases primárias e registre prompts e versões antes de submeter ao orientador.

    FAQ

    Posso usar IA para gerar a revisão de literatura?

    Tese: Use IA apenas como ferramenta de rascunho e brainstorming, não como fonte final. Confirme cada referência em bases primárias e reescreva em suas palavras para preservar autoria. Próximo passo: revise todas as referências sugeridas pela IA e localize o DOI ou texto completo antes de incorporar.

    E se a IA sugerir uma citação que não encontro?

    Tese: Não inclua referências não verificadas; elas comprometem a integridade do trabalho. Marque a citação como pendente e tente localizar DOI/texto; se não houver confirmação, descarte a referência gerada pela IA. Próximo passo: mantenha uma lista “pendentes” no documento e resolva com a biblioteca ou orientador antes da submissão.

    Preciso declarar o uso de IA no pré-projeto?

    Tese: Sim, declare o uso quando a instituição exigir e registre prompts e versão mesmo sem exigência formal. Transparência reduz risco e facilita a revisão. Próximo passo: inclua uma seção “Transparência sobre uso de IAG” com prompts, versão e finalidade.

    O que faço se o orientador confiar na IA?

    Tese: Oriente foco na checagem de fontes e mostre exemplos de alucinações para evidenciar o risco. Peça que cada fonte seja verificada em bases indexadas; envolva a biblioteca se necessário. Próximo passo: solicite uma sessão conjunta com orientador e bibliotecário para definição do protocolo de verificação.

    Quanto tempo extra isso toma?

    Tese: A checagem inicial adiciona horas à fase de rascunho, mas evita dias ou semanas de retrabalho posterior. É um investimento que protege sua integridade acadêmica. Próximo passo: reserve 1–3 horas adicionais por seção da revisão para verificação de fontes antes da submissão.

    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós‑doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita científica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


    Atualizado em 24/09/2025