Categoria: Carreira acadêmica e pós-graduação

  • O guia definitivo para entrar no mestrado público em 6 meses

    O guia definitivo para entrar no mestrado público em 6 meses

    Você está terminando a graduação ou já terminou e quer entrar num mestrado público, mas sente que falta tempo, dinheiro ou foco. Neste guia prático você vai aprender um cronograma realista de 6 meses, como escolher programa e orientador, preparar currículo, carta de intenção e provas, e opções de financiamento.

    Prova: as recomendações trazem orientações de órgãos oficiais e práticas testadas com alunos de pós-graduação; o passo a passo tem templates e exemplos aplicáveis já no primeiro ciclo de seleção.

    Preview: primeiro um mapa de dúvidas; depois etapas mês a mês; roteiro de contato com orientador; checklist de documentos; riscos e alternativas.

    Em 6 meses você pode organizar candidatura ao mestrado público: 1) escolha 3 programas compatíveis; 2) monte projeto-resumo e carta de intenção; 3) atualize currículo Lattes e peça 2 cartas; 4) aplique a bolsas e treine entrevista. Priorize fit do tema e orientador.

    O que você vai encontrar (perguntas comuns)

    • Quanto tempo levará e como organizar 6 meses?
    • Como escolher programa e área de pesquisa?
    • Como financiar mestrado e pedir bolsa?
    • Como preparar currículo Lattes, carta de intenção e cartas de recomendação?
    • Como escolher orientador e aproximar-se dele?
    • Como passar em provas, entrevistas e análise de projeto?
    Mãos organizando calendário e notas adesivas representando cronograma de preparação em 6 meses
    Mostra a organização do cronograma mensal e como dividir tarefas ao longo de 6 meses.

    Quanto tempo leva e como organizar 6 meses

    Um cronograma realista divide a preparação em três fases: pesquisa e escolha (mês 1), produção de documentos e contato (meses 2–4), revisão final e submissão (meses 5–6). Limite: imprevistos acadêmicos ou prazos de edital podem exigir acelerar ou estender o plano.

    Orientações de agências de fomento e de programas indicam prazos mínimos para atualização curricular e submissão de propostas; começar com 3–6 meses aumenta muito suas chances.

    Roteiro prático — 6 semanas por bloco:

    1. Mês 1 — Mapeamento: selecione 5 programas, leia linhas de pesquisa e edições recentes do edital. Framework exclusivo: 3C para escolha — Compatibilidade (tema), Capacidade (estrutura do programa) e Comunidade (grupo/orientador).
    2. Meses 2–4 — Produção: escreva resumo do projeto (1–2 páginas), carta de intenção, atualize Lattes e peça 2 cartas; pratique apresentação de 10 minutos do projeto.
    3. Meses 5–6 — Revisão e submissão: ajuste projeto conforme feedback, revise documentos, envie, prepare para prova oral/escrita.

    Mini-template (exemplo autoral de cronograma de 6 meses):

    • Semana 1–4: leitura de linhas, seleção de 3 programas prioritários.
    • Semana 5–12: rascunho do projeto + primeiro contato com 3 potenciais orientadores.
    • Semana 13–20: cartas de recomendação e versão final do projeto.
    • Semana 21–24: simulação de entrevista e submissão.

    Se o edital fecha em 2 meses, o plano de 6 meses falha. O que fazer: priorize envio do essencial (resumo forte, CV e cartas) e peça prorrogação de prazos pessoais para estudar.


    Como escolher programa e orientador

    Escolha por compatibilidade temática e por histórico do orientador em orientar dissertações. Evite escolher só por nome da universidade; o ajuste entre seu projeto e o orientador é determinante.

    Análises de programas mostram que taxas de conclusão aumentam quando há alinhamento entre projeto e grupo de pesquisa [F1].

    Checklist prático:

    • Leia as linhas de pesquisa no site do programa e trabalhos recentes do grupo.
    • Verifique produção dos possíveis orientadores nos últimos 5 anos.
    • Use o mini-framework 3C (Compatibilidade, Capacidade, Comunidade) para pontuar cada opção (0–5) e compare scores.

    Exemplo autoral: Mariana (ex-aluna) atribuiu 4 a Compatibilidade, 3 a Capacidade e 5 a Comunidade; escolheu o segundo lugar por ambiente de grupo ativo e coorientadores disponíveis, resultando em convite para seleção.

    Buscar apenas orientador famoso sem fit pode levar a rejeição no processo. Se isso acontecer, busque coorientadores ou centros interdisciplinares mais alinhados.


    Documentos e laptop com formulário de bolsa, representando busca por financiamento para mestrado
    Ilustra documentos e aplicações para bolsas, útil para orientar o roteiro de candidatura a financiamento.

    Como financiar o mestrado e pedir bolsa

    Fontes comuns de financiamento no Brasil incluem bolsas de órgãos federais (CNPq, CAPES), bolsas institucionais do próprio programa e auxílios de pesquisa. Entenda critérios de cada bolsa: vínculo institucional, mérito e disponibilidade orçamentária.

    Programas e agências oferecem linhas específicas; consultar CAPES e CNPq evita perda de oportunidades [F1][F2].

    Roteiro rápido:

    • Antes de aplicar, verifique no edital do programa se há bolsas vinculadas. (Atenção: nem todo aprovado recebe bolsa.)
    • Candidate-se simultaneamente a chamadas de bolsas e auxílios (bolsas CAPES, CNPq, FAPs locais).
    • Prepare um resumo de projeto claro (250–500 palavras) para solicitações de bolsa.

    Mini-framework: B.O.L.S.A — Benefício (valor), Origem (agência), Legado (duração), Substituível (há outra fonte?), Acesso (prazo e critérios).

    Depender apenas de uma chamada específica pode deixar você sem financiamento. Plano B: negociar trabalho docente temporário, dividir matrícula com período noturno ou buscar bolsas de empresas/organizações.


    Como preparar currículo Lattes, carta de intenção e cartas de recomendação

    O Currículo Lattes é o padrão no Brasil; cartas de intenção explicam motivação e fit; cartas de recomendação validam competências e potencial científico.

    Comitês de seleção baseiam-se fortemente no Lattes e na clareza do projeto para triagem inicial [F3].

    Modelos e passos:

    • Lattes: atualize formações, produções e atividades de pesquisa; destaque projetos relevantes e métodos dominados.
    • Carta de intenção (1 página): problema, lacuna, objetivo, metodologia resumida, por que este programa; use linguagem direta.
    • Cartas: peça a professores que conheçam seu trabalho com 4 semanas de antecedência; envie ponto de destaque e prazo.

    Template rápido de email para pedir carta (snippet):

    Prof(a). X, fui sua aluna em [disciplina/projeto]. Estou me candidatando ao mestrado em [programa]. Poderia escrever uma carta de recomendação enfatizando [competência específica]? Prazo: DD/MM. Posso enviar CV e rascunho do projeto. Obrigada.

    Não enviar material de apoio ao referenciador reduz a qualidade da carta. Solução: envie CV, pontos a destacar e instruções sobre envio.


    Como se preparar para provas, entrevistas e defesa do projeto

    Seleções combinam prova escrita, leitura crítica e entrevista. A entrevista prioriza clareza do projeto, afinidade com linha e capacidade de trabalhar em grupo.

    Orientadores valorizam candidatos que apresentam entendimento claro do problema e métodos; preparação simulada melhora desempenho em entrevistas [F3].

    Roteiro de prática — 5 passos:

    1. Elabore apresentação de 8–10 minutos do projeto com 3 slides (problema, método, contribuição).
    2. Treine respostas para perguntas comuns: por que esse tema? Quais limitações? Plano de trabalho?
    3. Faça uma simulação com colega ou orientador potencial.
    4. Prepare um resumo conciso (elevator pitch) de 60 segundos.
    5. Revise leituras-chave da área e metodologias citadas.

    Snippet de roteiro para entrevista (perguntas-chave): justificativa, hipótese, método, cronograma, potencial de publicação.

    Decorar respostas genéricas falha quando o painel faz perguntas técnicas. Solução: pratique explicações de conceitos centrais e admita limites honestamente, oferecendo soluções.


    Aluno discutindo projeto com orientador, laptop e anotações em mesa, cena de orientação
    Mostra a interação prática entre candidato e orientador durante ajustes do projeto, útil para replicar o roteiro.

    Exemplo prático (caso real resumido)

    Mariana, formada em Psicologia, usou este plano: mapeou 4 programas (mês 1), rascunhou projeto sobre regulação emocional (meses 2–3), contatou 3 orientadores com email modelo (mês 3), pediu cartas e atualizou Lattes (mês 4), fez simulação oral e submeteu a tempo (meses 5–6). Resultado: aprovada com bolsa institucional.

    Como validamos

    Compilamos orientações oficiais de programas e agências federais, e melhores práticas da literatura internacional sobre candidaturas a pós-graduação. As recomendações foram contrastadas com experiências de alunos e com a prática de orientação acadêmica ao longo de 15 anos.

    Prancheta com checklist e caneta mostrando ações imediatas a executar após leitura
    Call to action que visualiza os passos imediatos sugeridos pelo artigo, como escolher programas e enviar email.

    Conclusão — Resumo e ação imediata

    Ação prática agora: escolha hoje 3 programas prioritários e envie, ainda nesta semana, um email curto a um potencial orientador com o resumo de 200 palavras. Recurso institucional útil: consulte o site do programa escolhido e a página de CAPES para entender bolsas e requisitos.

    FAQ

    Quanto tempo antes do edital devo começar?

    Comece idealmente 3–6 meses antes; com 2 meses dá para concorrer, mas terá que priorizar documentos essenciais. Insight: identifique prazos fixos do edital e trabalhe de trás para frente.

    Preciso publicar para entrar no mestrado?

    Não é obrigatório na maioria dos programas; publicar ajuda, mas projeto claro e cartas fortes valem muito. Passo acionável: peça a orientadores ou ex-professores feedback sobre um rascunho curto do projeto.

    Como abordar um orientador que não responde?

    Reenvie após 7–10 dias com versão resumida do projeto e destaque por que há fit. Se persistir silêncio, passe para o próximo da sua lista.

    E se eu não conseguir bolsa?

    Considere alternativas: bolsas institucionais, trabalho docente, auxílios de pesquisa e divisão de matrícula. Comece a buscar oportunidades locais cedo.


    Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

    Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


  • Planejamento da submissão científica

    Planejamento da submissão científica

    Se seus rascunhos vivem “quase prontos”, este guia mostra como transformar esforço em envio sólido, reduzir idas e vindas e aumentar suas chances de aceite. Neste guia how-to, você vai dominar a submissão de artigo científico em etapas práticas, com checklists, modelos de carta e dicas para responder a revisores sem atrito.

    Considere também revisar sua estrutura de artigo, o critério de escolha da revista, o uso de um gerenciador de referências e um cronograma de escrita — esses pilares aceleram a preparação final.

    O que é submissão de artigo científico

    Submissão de artigo científico é o processo formal de envio do manuscrito e documentos complementares a um periódico, seguindo normas específicas, para avaliação por pares e decisão editorial.

    Como funciona a revisão por pares

    A revisão por pares é o coração do processo editorial. Primeiro, o editor avalia se o tema e o formato se encaixam no escopo do periódico. Se houver aderência, envia o manuscrito a revisores especialistas, que examinam métodos, resultados, interpretação, conclusões, tabelas, figuras e referências. Com base nesses pareceres, o editor decide por aceitação, rejeição (imediata ou após revisão) ou “revisar e reenviar”. O valor dessa etapa é simples: ela garante padrões mínimos de qualidade, oferece feedback crítico e indica ajustes que fortalecem o artigo.

    Como preparar a submissão de artigo científico

    • Ajuste o manuscrito às normas da revista (formatação, limites de palavras, estilo de referências, políticas de dados/figuras).
    • Reescreva o resumo com os resultados finais, sem pressa: editores e revisores percebem inconsistências.
    • Garanta que tabelas, figuras e referências estejam completas e legíveis.
    • Redija uma carta de apresentação que destaque a descoberta central e a relevância para o público do periódico.

    Dica ética: alinhe autoria e contribuições antes do envio e registre a aprovação final de todos os autores. Frase salva-amizades: “A ordem poderá mudar se as contribuições mudarem.”

    Mãos digitam carta de apresentação no laptop com bloco de notas ao lado
    Carta objetiva, cordial e específica aumenta a aderência ao periódico.

    Carta de apresentação: o que dizer e como dizer

    A carta é sua primeira impressão. Ela deve:

    • Solicitar a consideração do manuscrito (cite o título).
    • Resumir em 2–3 frases o problema, o principal achado e a relevância.
    • Explicar por que o artigo interessa ao público da revista (se houver, mencione trabalhos anteriores do periódico de forma genuína).
    • Declarar exclusividade, conflitos de interesse, aprovações éticas e outros itens exigidos.
    • Sugerir 2–3 revisores potenciais sem conflitos de interesse (evite coautores, colaboradores recentes e orientadores).

    Feche com agradecimento e disponibilidade para revisões. Seja objetivo, cordial e específico.

    Mãos no laptop com documentos e checklist ao lado durante submissão on-line
    Revise metadados e anexos antes do envio no sistema.

    Submissão on-line: fluxo e cuidados

    Sistemas de submissão guiam passo a passo e permitem salvar e retomar. Preencha metadados com atenção (autores, afiliações, resumo, palavras-chave), anexe arquivos conforme instruções (manuscrito sem identificadores no arquivo cego, figuras em alta resolução, checklist da revista, carta de apresentação) e revise tudo antes de clicar em “Submit”. Arquive recibos e e-mails. Acompanhe o status no painel; se não houver movimentação em 2–3 meses, escreva ao periódico com gentileza.

    Problemas comuns e como evitar

    Erros recorrentes incluem texto longo e divagante, submissão duplicada, referências incompletas, falta de aprovação final dos autores e baixa originalidade. Originalidade não é só “inédito”: pode significar trazer novos dados, confirmar/refutar/ampliar achados prévios ou melhorar a compreensão de métodos e práticas. A solução é calibrar escopo, enxugar o texto, sustentar afirmações com evidências e deixar claro o seu contributo.

    Decisões editoriais: o que significam e como agir

    • Aceitação: celebre e revise provas com atenção.
    • Revisar e reenviar: sinal de interesse real. Responda ponto a ponto, comedidamente, e destaque mudanças no manuscrito.
    • Rejeição: é mais comum que o aceite. Use os comentários para fortalecer o trabalho e reencaminhe a um periódico mais alinhado.

    Ao responder revisores, agradeça cada comentário, responda individualmente e apoie suas posições com dados e referências. Quando discordar, explique com respeito e evidências; evite respostas genéricas.

    Lidando com rejeição de forma produtiva

    Não personalize a decisão. Reúna coautores, priorize os apontamentos que aumentam clareza e solidez metodológica, e ajuste o enquadramento ao escopo de outra revista. Alternativas incluem condensar a mensagem central em Carta ao Editor. Reforce sua prática participando de clubes de revista e revisões por pares em grupo — a curva de aprendizado acelera a próxima submissão.

    Caderno aberto com etapas numeradas ao lado de laptop e caneta
    Sequência de 11 etapas para enviar com segurança.

    Passo a passo

    1. Verifique o escopo: confirme aderência temática e de formato à revista-alvo.
    2. Aplique as normas: formatação, limites de palavras, estilos de citação, políticas de dados e figuras.
    3. Revise título, resumo e palavras-chave para refletirem os resultados finais.
    4. Audite figuras, tabelas e referências quanto à completude e qualidade.
    5. Alinhe autoria e aprovações: todos os autores revisam e aprovam a versão final.
    6. Redija a carta de apresentação com achado central e pertinência ao periódico.
    7. Prepare documentos obrigatórios: declarações éticas, conflitos de interesse, originalidade, dados complementares.
    8. Sugira revisores sem conflitos e evite nomes com relação recente aos autores.
    9. Preencha metadados no sistema e anexe arquivos nos formatos exigidos.
    10. Faça a conferência final (versão cega, nomenclatura, ordem dos arquivos) e submeta.
    11. Acompanhe o status e, ao receber parecer, responda ponto a ponto dentro do prazo.

    Micro-case

    Com duas sessões de 120 minutos por semana, uma equipe organizou carta, checklist e arquivos de submissão em 14 dias. O primeiro parecer chegou em 9 semanas; responderam em 7 dias com alterações destacadas e uma nota cordial. Na segunda rodada, receberam “aceite com ajustes menores” e finalizaram provas uma semana depois.

    Prancheta com checklist marcado e caneta sobre mesa minimalista
    Itens essenciais para garantir conformidade com a revista.

    Checklist

    • Normas da revista aplicadas ao manuscrito e arquivos.
    • Resumo fiel aos métodos e resultados finais.
    • Carta de apresentação curta, específica e cordial.
    • Figuras/tabelas legíveis; referências completas e no estilo exigido.
    • Autoria alinhada; aprovação final de todos os autores.
    • Documentos obrigatórios anexados (ética, conflitos, originalidade).
    • Revisores sugeridos sem conflitos e justificativa breve.
    • Conferência do sistema: metadados, arquivos, versão cega.
    • Registro do número de submissão e prazos para acompanhamento.
    • Plano claro para responder a revisores.

    Resumo

    A submissão é a etapa que converte seu manuscrito em avaliação científica. Com preparação cuidadosa, carta objetiva e resposta estruturada aos revisores, você reduz retrabalho e aumenta a chance de aceite. Baixe o modelo de esqueleto e duplique a planilha de cronograma — em 15 min você sai com um roteiro publicável.

    FAQ

    Pergunta: Como começar a submissão de artigo científico do zero em um projeto com prazos curtos?

    Resposta: Defina a revista-alvo e aplique suas normas ao manuscrito; em paralelo, redija a carta de apresentação e revise o resumo para refletir resultados finais. Reserve blocos de 120 minutos para preparar documentos obrigatórios e organizar arquivos; feche autoria e aprovações antes de entrar no sistema.

    Pergunta: Quais documentos são obrigatórios na submissão de artigo científico?

    Resposta: Além do manuscrito, prepare carta de apresentação, figuras/tabelas em formato exigido, declarações éticas e de conflitos de interesse, originalidade/exclusividade e, quando solicitado, dados suplementares. Verifique a lista específica da revista na página “Instructions for Authors” antes de submeter.

    Pergunta: Quanto tempo reservar por semana para a preparação da submissão gerar progresso real?

    Resposta: Dois blocos semanais de 120 minutos costumam bastar para montar carta, checklist e arquivos em cerca de duas semanas. Marque marcos concretos por sessão (ex.: “finalizar referências”, “exportar figuras em alta”) e revise tudo em um pass-through final antes do envio.

    Pergunta: Quais critérios decidem a ordem de autoria segundo diretrizes reconhecidas?

    Resposta: Siga critérios de contribuição substancial, revisão crítica e aprovação final como nas diretrizes do ICMJE; conflitos e disputas devem ser tratados com transparência, alinhados às boas práticas da COPE. Documente acordos e lembre-se: a ordem pode mudar se as contribuições mudarem.

    Pergunta: Quando dados, figuras e métodos devem estar fechados para evitar retrabalho na discussão?

    Resposta: Feche métodos e resultados principais antes de reescrever o resumo e a carta; só então gere figuras/tabelas finais nos formatos exigidos. Mudanças após submissão exigirão explicações na resposta aos revisores, então priorize estabilidade nessa etapa.

    Pergunta: Quais sinais indicam risco de rejeição imediata e como corrigir?

    Resposta: Desalinhamento com o escopo, resumo inconsistente e referências falhas são gatilhos frequentes. Corrija enxugando o texto, ajustando o enquadramento ao público da revista e checando a integridade das citações e dos dados apresentados.

    Pergunta: Quando entrar em contato com o periódico sobre o status da revisão por pares?

    Resposta: Se não houver atualização em 2–3 meses, envie mensagem breve e cordial ao editor perguntando pelo andamento. Cite o número do manuscrito e ofereça-se para fornecer materiais adicionais, se necessário.

    Pergunta: O que fazer se a estratégia de resposta aos revisores falhar e vier rejeição?

    Resposta: Use os comentários como roteiro de melhorias, ajuste narrativa e método conforme possível e encaminhe a uma revista mais adequada. Reúna coautores, priorize mudanças de maior impacto e mantenha um cronograma curto para nova submissão.

    Atualizado em 22/09/2025

    Diretrizes consultadas: ICMJE; COPE.

  • Pré-projeto sem violar a ABNT: guia prático e ético (com IA do jeito certo)

    Você quer um pré-projeto sem violar a ABNT e sem esbarrar nas políticas editoriais. Dá para usar IA, sim. Mas com método, fontes reais e transparência. Neste guia, você vai ver estrutura obrigatória, pipeline autoral, checklists e como provar sua autoria mesmo quando alguém cita “detector de IA”.

    O que as normas pedem (e por que isso importa)

    Para pré-projetos e projetos de pesquisa, a referência é a ABNT NBR 15287, que define elementos, formato e apresentação. Para teses, dissertações e trabalhos acadêmicos em geral, use também a ABNT NBR 14724, atualizada em 16/12/2024. Leia o edital do seu programa e alinhe tudo a essas normas.

    Dica: algumas instituições publicam guias locais baseados na ABNT. Siga a versão que o programa exigir.

    2) Use IA com fontes reais (e rastreáveis)

    Ferramentas como o NotebookLM ajudam quando você sobe seus PDFs (artigos, editais, regulamentos) e recebe respostas ancoradas nas suas fontes, com citações e trechos exatos. Assim, você reduz “alucinações” e consegue conferir tudo. Google NotebookLM

    Evite pedir “artigos acadêmicos” às cegas a qualquer LLM. Prefira trabalhar a partir dos PDFs que você selecionou.

    3) Rastreabilidade da autoria

    Escreva no Google Docs e salve versões. Se houver questionamento, você mostra o histórico de edições (quem escreveu o quê e quando). É uma prova forte de autoria.

    4) IA como copiloto, não ghostwriter

    Peça à IA resumos de PDFs, reformulações e checklists com base no edital e nas normas. Depois, revise criticamente e cite corretamente. Use-a para testar hipóteses, gerar exemplos e identificar lacunas, mas o texto final é seu.

    Estrutura obrigatória do pré-projeto sem violar a ABNT

    A NBR 15287 orienta a apresentação de projetos de pesquisa. Adapte os itens ao seu edital.

    1. Título e palavras-chave.
    2. Problema de pesquisa: o que não sabemos? Por quê importa?
    3. Objetivo geral + objetivos específicos (mensuráveis).
    4. Justificativa: relevância científica, social e/ou aplicada.
    5. Referencial teórico inicial: 5–10 autores centrais, critérios de seleção.
    6. Metodologia: abordagem, métodos, procedimentos, corpus/amostra, instrumentos, análise, limitações, ética.
    7. Cronograma (Gantt simples) e recursos necessários.
    8. Resultados esperados e contribuições.
    9. Referências conforme NBR 14724 (formatação geral de trabalhos).

    Regra de ouro: siga o edital. Se o programa pedir seções adicionais (ex.: aderência à linha, orçamento), inclua.

    Como evitar “alucinações” e citações duvidosas

    • Selecione artigos em bases confiáveis e faça upload no seu espaço de trabalho (NotebookLM, por exemplo). As respostas vêm com citação do trecho, o que facilita a validação.
    • Conferir é obrigatório. Não aceite referência sem DOI, sem periódico, ou com link quebrado.
    • Padronize referências na NBR 14724 (edição 2024). Muitos programas atualizam rapidamente seus guias após mudanças na norma.

    Políticas editoriais e uso ético de IA

    IA não é autora. Seja transparente: descreva como você usou as ferramentas (ex.: “resumos de PDFs X e Y; checklist do edital; revisão de clareza”). Várias diretrizes editoriais recomendam divulgação do uso de IA e responsabilidade integral do autor.

    Mas e “detector de IA”?

    Detectores ainda são pouco confiáveis e podem gerar falsos positivos, inclusive contra falantes não nativos. Prefira evidências objetivas: histórico de versões, fontes carregadas, anotações de leitura.

    Exemplo de cronograma (modelo simples em 6 meses)

    MêsEntrega principalEvidência de autoria
    1Mapa do problema e objetivosVersões no Docs + notas de leitura
    2Revisão teórica inicialPDFs no workspace + highlights
    3Desenho metodológicoDiário de decisões + versionamento
    4Piloto/Pré-testeTabela de instrumentos + ajustes
    5Cronograma final e orçamentoPlanilha comentada
    6Revisão ABNT + submissãoChecklist do edital + referências 2024

    Checklist final antes de enviar

    Normas e edital

    • Estrutura cobre NBR 15287; formatação geral na NBR 14724:2024.
    • Itens extras do edital incluídos fielmente.

    Autoria e ética

    • Histórico de versões salvo (Docs).
    • Declaração de uso de IA (como e onde ajudou). publicationethics.org
    • Referências conferidas nos PDFs originais.

    Qualidade

    • Objetivos específicos mensuráveis.
    • Metodologia replicável e viável.
    • Cronograma realista e recursos mapeados.
    • Coesão e clareza (frases curtas, voz ativa).

    FAQ rápido

    Posso usar IA para escrever o texto todo?
    Não é recomendável. Use IA como apoio (resumos, organização, checklist). Você responde pelo conteúdo.

    NotebookLM serve para isso?
    Sim, ele ancora as respostas nas suas fontes e mostra as citações. Ainda assim, verifique tudo.

    Preciso seguir a NBR 14724 mesmo sendo pré-projeto?
    Use a NBR 15287 para o projeto e a NBR 14724 para diretrizes gerais de apresentação e referências. Veja o que o edital pede.

    Detectors de IA valem como prova?
    Não. Há erros frequentes. Prefira evidências como versionamento e fontes.

    Conclusão e próximos passos

    Um pré-projeto sem violar a ABNT nasce de domínio das regras, pipeline autoral e uso ético de IA. Comece pelo edital, suba PDFs confiáveis, escreva em versões e descreva como a IA ajudou. Assim, você ganha clareza, rastreabilidade e confiança para a banca.

    CTA: salve este guia, copie o checklist para o seu Docs e crie hoje seu workspace com PDFs do edital e dos artigos-chave.

    Recursos externos (para consulta)