3 passos para revisar seu artigo e impressionar sua banca

Mesa com laptop, manuscrito impresso e mãos apontando checklist, material de revisão para dissertação.

Resumo rápido: execute três checagens: 1) revisão científica (objetivo, método, argumentos), 2) formatação ABNT (citações NBR 10520; referências NBR 6023/2025) e 3) controle final (antiplágio, ortografia e PDF com metadados). Ao final, gere versões datadas e um checklist assinado pelo orientador para a defesa [F4] [F3] [F6].

Mapa de perguntas (o que você vai resolver)

  • O que revisar primeiro no manuscrito?
  • Como aplicar as regras ABNT sem perder horas?
  • Como checar plágio e similaridade de forma eficiente?
  • Quanto tempo reservar para cada etapa?
  • Quem deve revisar além de você e do orientador?
  • O que levar para a defesa e como apresentar o PDF final?
Manuscrito impresso com anotações, marca-texto e post-its sobre mesa, foco na revisão de conteúdo.

Ilustra a checagem de coerência, hipóteses e método no manuscrito.

O que revisar primeiro no manuscrito?

Teoria (o que é e limites)

Revisão científica consiste em checar coerência, integridade dos argumentos e adequação dos métodos ao objetivo. Limite: esta checagem não corrige formatação; é sobre conteúdo e lógica do estudo.

Evidência

Pesquisas sobre práticas de submissão mostram que erros de coerência e método motivam pedidos de revisão e rejeição em avaliações institucionais [F2]. Guias universitários também orientam ordem de leitura: título, resumo, objetivos, métodos, resultados e discussão [F1].

Aplicação (faça junto)

  1. Título e resumo refletem a pergunta central? (sim/não)
  2. Objetivo e hipótese estão explícitos? (sim/não)
  3. Métodos descritos com reprodutibilidade mínima? (sim/não)
  4. Resultados respondem à pergunta? (sim/não)
  5. Discussão conecta evidências e limitações? (sim/não)
  6. Conclusão responde ao objetivo sem extrapolar? (sim/não)

Mini-framework exclusivo: C.R.E.S.C (Coerência, Reprodutibilidade, Evidência, Sintese, Conclusão). Use essa ordem ao ler: aplique C.R.E.S.C por seção e marque um status (OK/REVISAR).

Exemplo autoral (preenchido):

  • Título/resumo: OK
  • Objetivo/hipótese: REVISAR (hipótese implícita)
  • Métodos: OK
  • Resultados: OK
  • Discussão: REVISAR (falta comparação com estudos locais)

Se seu estudo é exploratório qualitativo profundo, a checagem rígida de hipóteses pode ser inadequada; nesse caso, foque mais em clareza conceitual e em justificativa metodológica em vez de testes estatísticos.

Como aplicar as regras ABNT sem perder horas?

Teoria

Formatação ABNT inclui normas de citações (NBR 10520), referências (NBR 6023/2025) e apresentação (NBR 6022/6023). Limite: NBRs são atualizadas; siga a versão que sua instituição exige [F4] [F3].

Evidência

Manuais de normalização e templates institucionais reduzem retrabalho quando usados desde a primeira versão; bibliotecas universitárias recomendam modelos oficiais como base [F1] [F3].

Aplicação (faça junto)

  1. Baixe o template da sua biblioteca universitária e aplique antes de avançar no texto [interna: template institucional].
  2. Padronize citações enquanto escreve: autor-data ou notas conforme NBR 10520.
  3. Gere referências automaticamente do seu gerenciador (Zotero/Mendeley) e ajuste pontuação para NBR 6023/2025.
  4. Verifique legendas de tabelas/figuras e unidades.

Mini-snippet exclusivo (macro-regra rápida):

  • Fonte: use a indicada pelo template;
  • Margem e espaçamento: aplique do template;
  • Referências: gere e cheque pontuação final.

Não confie 100% na exportação automática de gerenciadores: eles erram pontuação e ordem. Se a sua universidade exige uma versão específica da NBR, priorize o manual local sobre ferramentas automáticas [F1].

Relatório impresso de similaridade com trechos destacados e lupa sobre mesa, simbolizando checagem de plágio.

Mostra a análise de similaridade e a revisão de trechos com alta correspondência.

Como checar plágio e similaridade de forma eficiente?

Teoria

Verificação de similaridade permite detectar correspondência de texto; serve também para corrigir citações indiretas e evitar plágio. Limite: índices de similaridade não substituem análise contextual; trechos citados corretamente aumentam porcentagem sem indicar plágio.

Evidência

Serviços institucionais de similaridade e orientações de bibliotecas são recomendados como etapa final antes do depósito institucional para evitar problemas éticos e atrasos [F1] [F3].

Aplicação (faça junto)

  1. Rode verificação de similaridade institucional ou ferramenta aceitada pela sua universidade.
  2. Analise trechos com alta correspondência: reescreva, cite ou coloque em aspas com fonte.
  3. Garanta que todas as citações no texto apareçam nas referências.
  4. Documente o relatório de similaridade na pasta da defesa.

Mini-framework exclusivo: 3R para similaridade — Revisar, Referenciar, Registrar. Após rodar o relatório, aplicar 3R e arquivar o relatório.

Se você trabalha com revisão bibliográfica ou textos clássicos, a similaridade será naturalmente alta; nesse caso, priorize a documentação das fontes e notas explicativas ao invés de tentar reduzir a similaridade a qualquer custo.

Quanto tempo reservar para cada etapa?

Teoria

Planejamento temporal evita correria na semana da defesa. Limite: prazos variam conforme extensão do trabalho e disponibilidade do orientador.

Evidência

Checklists de submissão e guias de periódicos sugerem reservar fases separadas para revisão científica, formatação e controle final para reduzir retrabalho [F6].

Aplicação (faça junto)

  • Revisão científica: 7–10 dias intensivos (leitura por seção e correção)
  • Formatação ABNT: 2–4 dias (aplicar template e ajustar referências)
  • Controle final e PDF: 1–2 dias (antiplágio, ortografia, gerar PDF e metadados)

Dica de calendário exclusivo: regra 70/20/10 — 70% do tempo na revisão de conteúdo, 20% em formatação, 10% em controle final e ajustes administrativos.

Se o orientador só pode revisar em janelas longas, fragmentar as tarefas em blocos semanais curtos pode funcionar melhor do que as estimativas acima.

Quem deve revisar além de você e do orientador?

Teoria

A revisão ideal envolve autor, orientador, normalização da biblioteca e, quando possível, pares revisores. Limite: nem todos os programas oferecem suporte de normalização ou revisão externa paga.

Evidência

Universidades com serviços de normalização disponibilizam templates e checagens formais que reduzem tempo do autor; bancos de vagas e orientações institucionais indicam esse fluxo [F1] [F3].

Aplicação (faça junto)

  • 1a rodada: autor (auto-revisão C.R.E.S.C);
  • 2a rodada: orientador (validação científica);
  • 3a rodada: setor de normalização/biblioteca (formatação ABNT);
  • 4a rodada: leitor crítico (colega ou serviço de revisão) para linguagem e fluidez.

Peça exclusiva: modelo de ordem de envio — Autor → Orientador (comentários) → Normalização (template) → Leitor crítico → Arquivar versão final.

Em prazos curtos, pule a revisão externa e concentre-se em orientador + checklist formal; depois, inclua um leitor crítico para linguagem.

Versão final impressa, pen drive e laptop sobre mesa, preparados para a defesa.

Representa organização dos arquivos e do PDF final para apresentação e depósito.

O que levar para a defesa e como apresentar o PDF final?

Teoria

A apresentação da defesa exige versão final do PDF com metadados, sumário, numeração e anexos organizados. Limite: depósitos institucionais podem exigir arquivos separados para anexos.

Evidência

Repositórios e comissões pedem conformidade de apresentação e metadados para arquivamento; falhas nisso atrasam depósito [F3] [F1].

Aplicação (faça junto)

  1. Gerar PDF/A se possível;
  2. Inserir metadados (autor, título, programa, orientador);
  3. Verificar sumário e numeração automática;
  4. Conferir figuras e anexos em ordem;
  5. Salvar versão datada e nomeada: AAAA_MM_DD_Nome_VersaoFinal.pdf

Modelo textual exclusivo para a folha de rosto (resumido): Nome / Título / Programa / Orientador / Data — adapte ao template da sua universidade.

Algumas comissões exigem cópia impressa com capa específica; confirme regras locais e prepare impressão conforme o template institucional.

Como validamos

Validamos este roteiro cruzando guias e templates de bibliotecas universitárias e normativas ABNT com checklists de submissão reconhecidos por editoras acadêmicas. Referências incluem manuais da BU/UFSC e BCE/UnB, a NBR 10520 para citações e o checklist de avaliação por pares do SciELO, usados como base prática [F1] [F3] [F4] [F6].

Prancheta com checklist preenchido e cadernos, representando os três passos e próximos passos.

Resume os três passos práticos e incentiva a ação imediata do autor.

Conclusão — resumo e próximo passo

Resumo prático: siga 1) revisão científica (C.R.E.S.C), 2) formatação pelo template institucional (ajuste às NBRs) e 3) controle final com relatório de similaridade e PDF com metadados. Ação imediata: baixe o template da sua biblioteca e rode o checklist C.R.E.S.C hoje — combine com o orientador um prazo para cada etapa.

FAQ

Quanto tempo antes da defesa devo gerar a versão final?

Gere a versão final pelo menos 3 dias antes para checar relatórios de similaridade e imprimir, se necessário. Insight: arquive uma versão datada e combine confirmação com o orientador.

Posso usar exportação automática do gerenciador de referências?

Pode, mas sempre revise pontuação e ordem conforme NBR 6023/2025; muitas instituições exigem ajustes manuais. Passo acionável: verifique duas referências por tipo (livro, artigo) para calibrar a exportação.

O que fazer se o orientador pedir mudanças na véspera?

Priorize alterações que afetam objetivo, métodos ou resultados; documente a versão anterior e a nova com data. Insight: pequenas mudanças de formatação podem aguardar o controle final.

E se minha universidade exigir outra versão das NBRs?

Siga a versão adotada localmente; o template institucional tem precedência sobre guias gerais. Ação: confirme com a secretaria do curso.

Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


Atualizado em 24/09/2025