Como a 5ª chamada CCD da FAPESP pode abrir portas

Mãos assinando acordo sobre mesa com documentos e laptop, formalização de parceria institucional

Você quer mestrado orientado à pesquisa aplicada e corre o risco de ficar fora de projetos financiados, perder acesso a bolsas e infraestrutura; este guia explica em 2–3 minutos de leitura o que a 5ª chamada CCD exige e como montar um consórcio, preparar documentos-chave e ações imediatas para aumentar suas chances em 12–18 meses.

A 5ª chamada CCD da FAPESP financia centros interdisciplinares voltados a problemas públicos, exige parceria com ente público e cofinanciamento; prazo final de submissão: 03-03-2026. Para quem pretende mestrado, procure grupos interessados, ofereça capacidades técnicas e métodos de avaliação, e alinhe seu projeto com a proposta do centro e da instituição proponente.

Perguntas que vou responder


O que é a chamada e quem pode participar?

Conceito em 1 minuto

Mãos revisando rascunho de proposta com caneta vermelha e laptop ao lado

Ilustra revisão cuidadosa para evitar cartas genéricas, orçamentos fracos e governança vaga antes da submissão.

A chamada financia a criação de centros de ciência interdisciplinares destinados a produzir evidência aplicada e inovação, com aporte estadual substancial e modelo de cofinanciamento entre FAPESP e instituições parceiras. A submissão segue regras e sistemas indicados no edital e no portal CCD [F2] [F1].

O que os documentos oficiais mostram [F2]

Relatórios e comunicados da FAPESP detalham obrigatoriedade de parceria com ente público, responsabilidades institucionais e exigência de contrapartidas. O aporte previsto torna o edital relevante para iniciativas que buscam escala e parcerias intersetoriais [F1] [F2].

Checklist rápido para decidir participação

  • Verifique elegibilidade da sua instituição e presença de parceiro público.
  • Confirme disponibilidade de contrapartida financeira e apoio da PRPI ou equivalente.
  • Liste grupos e núcleos que podem compor o consórcio (Núcleo de Inovação, secretarias).

Contraexemplo e alternativa: se sua instituição não tem parceiro público pronto, não force uma carta fraca; primeiro construa parceria piloto com secretaria municipal e volte na próxima chamada.

Por que isso importa para quem quer mestrado?

Estudante apresentando resultados a gestores públicos, com laptop e anotações visíveis

Ilustra como envolvimento em centros CCD aproxima estudantes de gestores e oportunidades práticas.

Conceito em 1 minuto

Participar de um centro CCD significa acesso a projetos aplicados, bolsas, infraestrutura e redes com gestores públicos, o que aumenta chances de impacto profissional e empregabilidade após o mestrado.

O que a experiência mostra [F6]

Estudos sobre centros aplicados indicam maior translacionalidade e integração com políticas públicas, mas também demandam gestão de conflitos e indicadores claros de impacto [F6].

Passo a passo para usar a chamada a seu favor

  • Converse com possíveis coordenadores e proponha temas de dissertação alinhados ao plano de impacto do centro.
  • Ofereça habilidade técnica (análise de dados, revisão sistemática, avaliação de políticas) como contrapartida em cartas de apoio.
  • Prepare currículo Lattes atualizado e um resumo de contribuição para anexar à proposta.

Contraexemplo e alternativa: se você busca apenas bolsa e não alinhamento temático, essa chamada pode não ser prioridade; procure antes orientadores com projetos de menor escala.

Como montar um consórcio com ente público?

Conceito em 1 minuto

Consórcio significa parceria formal entre universidade/instituto e ente público (secretaria, órgão), com responsabilidades financeiras e operacionais explicitadas no edital.

Exemplo prático e evidência institucional [F2] [F3]

Pesquisadores e servidores públicos revisando relatórios sobre a mesa, com laptops e papéis organizados

Mostra reunião técnica para alinhar demandas e evidências entre universidade e órgão público.

Editais e comunicados mostram que parcerias bem-sucedidas articulam desde o início o plano de impacto e as contrapartidas, com cartas de apoio firmes por parte do ente público [F2] [F3]. Na prática, secretarias demandam cronograma realista para uso de dados e colaboração técnica.

Passos para fechar a parceria (modelo de 5 etapas)

  1. Identifique secretarias com demanda alinhada ao seu tema.
  2. Agende reunião com gestor para mapear problema público e produto esperado.
  3. Redija minuta de carta de intenção com escopo, prazos e contrapartidas.
  4. Formalize responsabilidades financeiras e de infraestrutura.
  5. Registre tudo via órgãos jurídicos da universidade antes da submissão.

Contraexemplo e alternativa: se o órgão público só aceita cooperação informal, proponha primeiro Acordo de Cooperação Técnica curto para testar colaboração, depois formalize para edital.

Quais documentos e contrapartidas financeiras são necessários?

Conceito em 1 minuto

A proposta pede plano de trabalho, orçamento detalhado, cartas de apoio, CVs/Lattes dos coordenadores e comprovação de contrapartidas da instituição e do ente público, inclusive cofinanciamento quando aplicável.

O que o edital e guias orçamentários indicam [F1] [F2]

O modelo de cofinanciamento costuma ser 1:1 em muitas rubricas e exige demonstração de capacidade financeira da instituição proponente; veja instruções específicas no portal CCD e no comunicado oficial [F2] [F1].

Checklist financeiro para anexar à proposta

Checklist orçamentário sobre prancheta com calculadora e recibos, visão top view

Apresenta itens financeiros essenciais a anexar, como orçamento anual e declaração de contrapartida.

  • Orçamento por ano, por item (pessoal, equipamentos, viagens, consumíveis).
  • Declaração da instituição sobre contrapartida financeira e espaço físico.
  • Carta do ente público descrevendo aportes ou facilitação de acesso a dados/infraestrutura.

Contraexemplo e alternativa: se não houver contrapartida financeira, verifique se contrapartidas em espécie (acesso a bases, dados, pessoal técnico) são aceitas e documente isso claramente.

Como estruturar governança e métricas de avaliação?

Conceito em 1 minuto

Governança precisa definir liderança científica, conselho consultivo, regras para propriedade intelectual e métricas de impacto que conectem pesquisa a resultados em políticas e serviços.

O que a literatura e documentos práticos indicam [F6] [F2]

Pesquisas e relatórios sobre centros aplicados enfatizam a importância de governança clara para mitigar conflitos de interesse e garantir avaliação contínua do impacto, recomendando indicadores quantificáveis e revisões periódicas [F6] e orientações do portal CCD [F2].

Modelo de governança em 6 blocos (para anexar à proposta)

  • Coordenador científico e substituto.
  • Comitê gestor com representantes da universidade e do ente público.
  • Conselho consultivo externo (sociedade civil, setor privado, especialistas).
  • Plano de gestão de dados e propriedade intelectual.
  • Indicadores de curto, médio e longo prazo (ex.: tempo de implementação de produto, número de políticas informadas).
  • Mecanismo de resolução de conflitos e auditoria anual.

Contraexemplo e alternativa: se o órgão parceiro não aceitar cláusulas de PI, proponha regime de licenciamento pré-definido para resultados conjuntos e cláusulas de uso público de evidências.

Quais erros comuns evitar ao submeter propostas?

Conceito em 1 minuto

Erros frequentes: cartas genéricas, orçamento insuficiente, ausência de compromisso do ente público, governança vaga e metas de impacto pouco mensuráveis.

O que os comunicados e estudos mostram [F1] [F6]

Avaliações de chamadas anteriores apontam que propostas com governança frágil e contrapartidas não comprovadas têm menor chance; evidências também sugerem que centros com métricas claras alcançam maior tradução para políticas [F1] [F6].

Checklist de revisão pré-submissão

  • Releia todas as exigências do edital e marque cada item.
  • Peça carta reafirmando contrapartida do ente público em papel timbrado.
  • Valide orçamento com a pró-reitoria e responsável financeiro.
  • Teste coesão entre plano de impacto e indicadores.

Contraexemplo e alternativa: não tente consertar cartas ou orçamentos nos últimos dias; priorize qualidade sobre rapidez e peça adiamento institucional para submissão futura se faltar apoio formal.

Como validamos

Validamos as recomendações a partir do edital e do portal oficiais do CCD da FAPESP, comunicados institucionais da FAPESP e análises acadêmicas sobre centros aplicados, integrando orientações práticas para montagem de consórcios.

Conclusão e próximos passos

Resumo: a chamada é oportunidade relevante para quem busca mestrado com foco aplicado, desde que a instituição proponha um consórcio sólido com ente público, contrapartidas claras e governança definida. Ação imediata: contate a pró-reitoria de pesquisa da sua universidade esta semana e proponha uma reunião para identificar grupos interessados.

Recurso institucional: consulte o portal CCD da FAPESP para textos oficiais e formulário de submissão.

FAQ

Posso, como estudante, participar diretamente da proposta?

Sim: estudantes podem integrar grupos e aparecer em cartas de compromisso quando oferecem contribuição técnica clara. Atualize Lattes e CV e identifique tarefas mensuráveis para anexar à proposta. Próximo passo: prepare um resumo de contribuição de 1 página e busque assinatura do coordenador do grupo.

O prazo é mesmo 03-03-2026?

Sim: a chamada indica submissão até 03-03-2026, mas prazos podem ter janelas internas institucionais. Confirme janelas no portal CCD antes de enviar. Passo acionável: peça prazo interno da sua instituição para revisar a proposta duas semanas antes da data.

E se o ente público pedir mudanças no plano após submissão?

Mudanças pós-submissão são arriscadas e geralmente não aceitas; negocie e formalize termos antes de enviar. Se negociações forem inevitáveis, documente memorando de entendimento. Alternativa prática: submeta versão com cláusulas flexíveis documentadas como apêndice.

Como garanto que minha proposta terá impacto prático?

Defina indicadores mensuráveis, planos de transferência de conhecimento e produtos entregáveis em curto prazo; envolva decisores desde o desenho. Inclua uma meta de política ou serviço público com prazo e responsável. Próximo passo: acrescente um indicador mensurável e um responsável nomeado no plano de impacto.

Preciso ter experiência prévia em gestão de projetos?

Não obrigatoriamente: coordenação forte e apoio institucional são exigidos, mas é aceitável compor equipe com responsáveis administrativos e institucionais. Busque colaboração com pró-reitoria e escritórios de transferência tecnológica. Passo acionável: solicite apoio formal da pró-reitoria para integrar um gestor de projeto ao consórcio.

Elaborado pela Equipe da Dra. Nathalia Cavichiolli.

Dra. Nathalia Cavichiolli — PhD pela USP, com dois pós-doutorados; MBA em Gestão e Docência; experiência internacional na The Ohio State University (EUA); revisora de periódicos científicos pela Springer Nature, com atuação em 37+ revistas, incluindo a Nature; especialista em escrita acadêmica há 15+ anos; pioneira no uso de IA para escrita científica no Brasil; 2.800+ alunos impactados no Brasil e em 15+ países.


Atualizado em 24/09/2025